A = que dizer... os meios de comunicação... é a ... é a dominação... é onde eu digo... a dominação começa onde// nos meios de comunicação... aí eles fala assim... bom... greve é coisa de agitador... de comunista... de não sei o quê... o pessoal guarda isso... falou em greve eles têm a resposta... que nem computador... você dá dados... né? dá dados... e aí brum, brum, brum... vem tudo... E o funcionário explorado não tem direito de... de... reivindicar.
B = greve é sinônimo disso aí, aí na hora de u-a... pessoa desprovida de raciocínio ela fala assim... greve... automaticamente o cérebro joga a resposta...
A = ah isso é baderna...
B = é... assim mesmo.
BERNARDO, Sandra. Foco e ponto de vista na conversa informal. Rio de Janeiro: UFRJ, p. 198.
a) flexão verbal.
b) regência verbal.
c) colocação pronominal.
d) concordância verbal.
e) concordância nominal.
Gabarito: d
2) Assinale a alternativa correta quanto à flexão nominal e verbal.
a) Qualquer que sejam os graus de resistência, eles se torna inviáveis diante dos mecanismos de sedução das redes digitais.
b) Quaisquer que sejam os graus de resistência, eles se tornam inviáveis diante dos mecanismos de sedução das redes digitais.
c) Quaisquer que seja os graus de resistência, eles se tornam inviável diante dos mecanismos de sedução das redes digitais.
d) Qualquer que sejam o grau de resistência, eles se torna inviáveis diante dos mecanismos de sedução das redes digitais.
e) Quaisquer que sejam o grau de resistência, eles se tornam inviável diante dos mecanismos de sedução das redes digitais.
Gabarito: b
3) “Auto da Compadecida, O Juiz de Paz na Roça, A Partilha e O Pagador de Promessas têm casa permanente em teatros de quatro hotéis na avenida principal”. Ocorre, no trecho em destaque:
a) Regência verbal.
b) Flexão de grau.
c) Concordância nominal.
d) Flexão de verbo.
Gabarito: c
Eu resistir o quanto pude, mas acabei sucumbindo no ano passado, por necessidade profissional e também para “conhecer o inimigo”, já que meus filhos inevitavelmente usariam a plataforma.
Logo em um dos primeiros posts, uma provocação aos jovens chamada “Você quer mesmo ser cientista?”, descobri o poder do Facebook: através de compartilhamentos, foram centenas de curtidas em um dia só – e eu me descobrir grudada na tela, acompanhando as curtidas e os comentários que chegavam.
Por que o Facebook tem o poder de transfixar o usuário em sua frente? Um grupo de neurocientistas alemães suspeitou que a resposta estivesse no retorno positivo que a plataforma oferece por meio das curtidas públicas aos posts de usuários.
As curtidas servem como uma indicação reputação social do usuário, e ter boa reputação é algo valioso por aumentar a chance de ser alvo de boa vontade e cooperação dos outros.
Mas nem sequer é preciso pensar a respeito para apreciar o valor da boa reputação: descobrir que gostam da gente ou receber outras formas de avaliação positiva são estímulos fortes para o estriado ventral, estrutura do sistema de recompensa do cérebro que nos premia com uma sensação de prazer quando algo positivo acontece. Mais tarde, a lembrança desse reforço positivo serve como uma motivação para repetir o que deu certo – e assim a causa de boa reputação se afirma.
Os pesquisadores da Universidade Livre de Berlim examinaram a relação entre a intensidade de uso da plataforma e a sensibilidade do cérebro dos usuários a recompensas de dois tipos: monetárias e sociais.
O resultado foi uma correlação clara entre a intensidade com que o estriado ventral de cada voluntário respondia a avaliações sociais positivas de boa reputação, na forma de adjetivos associados à sua pessoa, e a frequência de uso do Facebook por cada voluntário. A sensibilidade a retorno monetário não importa: aqueles que mais usam a plataforma são as pessoas que sentem mais prazer em ser avaliadas positivamente pelos outros.
A descoberta explica por que o Facebook é um sistema tão poderoso quanto um videogame: justamente por que funciona como um videogame, onde você aperta alguns botões e descobre imediatamente, pelas opiniões dos outros, se o resultado foi positivo. Como esse é um videogame de adultos que se leva no bolso, é difícil resistir a “jogar” o tempo todo...
SUZANA HERCULANO-HOUZEL é neurocientista, professora da UFRJ e apresentadora do Programa Cerebrando (cerebrando.net).
(Folha de S. Paulo, 01/04/2017.)
4) Em “Um grupo de neurocientistas alemães suspeitou que a resposta estivesse no retorno positivo que a plataforma oferece por meio de curtidas...” o termo destacado corresponde a uma flexão denominada de:
a) Concordância Nominal.
b) Concordância Verbal.
c) Concordância Pronominal.
d) Regência Nominal.
e) Regência Verbal.
Gabarito: b
LÍNGUAS MUDAM
Por Sírio Possenti. Adaptado de:
http://www.cienciahoje.org.br/noticia/v/ler/id/3089/n/linguas_mudam
Acesso em 13 jan 2017.
Que as línguas mudam é um fato indiscutível. O que interessa aos estudiosos é verificar o que muda, em que lugares uma língua muda, a velocidade e as razões da mudança.
Desde a década de 1960, um fator foi associado sistematicamente à mudança: a variação. Isso quer dizer que, antes que haja mudança de uma forma a outra, há um período de variação, quando as duas (ou mais) ocorrem – inicialmente em espaços ou com falantes diferentes. Aos poucos, a forma nova vai sendo empregada por todos; depois, a antiga desaparece. [...].
Os sociolinguistas, eventualmente, fazem testes para verificar se um caso de variação é ou não candidato à mudança. O teste simula a passagem do tempo verificando qual é a forma adotada pelos falantes mais velhos e pelos mais jovens. Por exemplo: se os mais velhos escrevem ou dizem sistematicamente “para fazer uma tese é preciso que...” e os mais jovens, “para se fazer uma tese...”, este é um indício de que o infinitivo sem sujeito, nesta posição, tende a desaparecer com o desaparecimento dos falantes mais idosos (e “para se fazer” será a forma única, pelo menos durante um tempo).
De vez em quando, há discussões sobre certos casos. Dois exemplos: o pronome ‘cujo’ e a segunda pessoa do plural dos verbos (‘jogai’ etc.). Minha avaliação (bastante informal) é que ‘cujo’ desapareceu. O que quer dizer “desapareceu”? Que não se emprega mais? Não! Quer dizer que não é mais de emprego corrente; só aparece em algumas circunstâncias – tipicamente, em textos muito formais (em geral de autores idosos). E, claro, em textos antigos.
Que apareça em textos antigos é uma evidência de que a forma era / foi empregada. Que apareça cada vez menos é um indício de que tende a desaparecer. Com um detalhe: desaparecer não quer dizer não aparecer nunca mais em lugar nenhum. Quer dizer não ser de uso corrente. Para fazer uma comparação, ‘cujo’ é como a gravata borboleta: só usamos esse item em certas cerimônias, ou seu uso é uma idiossincrasia [...].
Outro caso é a segunda pessoa do plural, em qualquer tempo ou modo. Recentemente, um colunista defendeu a tese de que a forma está viva. Seu argumento: aparece em cartazes de torcedores em estádios de futebol, especialmente do Corinthians, no apelo “jogai por nós”. Mesmo que este seja um fato, a conclusão é fraca. A forma é inspirada numa ladainha de Nossa Senhora, toda muito solene, muito mais do que formal. E é bem antiga, traduzida do latim. [...] A cada invocação, os fiéis respondem “rogai por nós”. “Jogai por nós” é uma fórmula inspirada em outra fórmula, típica desta oração.
Para que se possa sustentar que a segunda pessoa do plural não desapareceu, seria necessário que seu uso fosse regular. Que, por exemplo, os corintianos também gritassem “Recuai, Wendel”, “Não erreis estas bolas fáceis, Vagner Love”, “Tite, fazei Malcolm treinar finalizações” e, quando chateados, gritassem “Como sois burro!”. Espero que nenhum colunista sustente que isso ocorre...
[...] O caso “jogai” me faz lembrar outro, da mesma natureza, de certa forma. Se há um fato consensual em português (do Brasil) é que não se diz naturalmente “ele o/a viu, vou fazê-la sair”. Estas formas pronominais objetivas diretas de terceira pessoa são verdadeiros arcaísmos. Só são parcialmente aprendidas na escola. Os alunos começam a empregá-las depois de alguns anos, um pouco por pressão, um pouco porque se dão conta de que cabem em textos mais monitorados. Mas essas formas nunca aparecem na fala deles (e são muitíssimo raras também na fala de pessoas cultas, como as que aparecem em debates na TV).
Curiosamente, uma das formas de manifestar chateação, com perdão da expressão, é “p*** que o pariu”! Aqui, o pronome oblíquo aparece! Entretanto, ninguém vai dizer que esse é um argumento para sustentar que o pronome oblíquo está vivo. Se disser...
Sírio Possenti
Departamento de Linguística - Universidade Estadual de Campinas
5) Assinale a alternativa em que a flexão nominal esteja correta.
a) Qualquer viagem é ótimo para descansar.
b) Permitida passagem de bicicletas.
c) Maçã é boa para a digestão.
d) Proibida a entrada.
Gabarito: d
6) A frase em que a flexão verbal e a nominal estão em total concordância com o padrão culto escrito é:
a) Sei que ele remoe a ideia de que sua cônjuge possa ter dificuldades durante sua ausência, por isso ele proviu a família do necessário antes de viajar.
b) Se ele não se comprouvesse, seria diferente, mas, como soe acontecer, ele imediatamente se prontificou a organizar a exéquia do soldado morto em ação.
c) Isto constitue verdade inconteste: ele sempre obstrói as negociações, mesmo quando se desenvolvem apoiadas em legítimos abaixo-assinados.
d) Peça-lhe que remedie a falta de conforto que gerou ao distribuir indiscriminadamente os salvo-condutos disponíveis, e, se ele não se dispor a fazê-lo, avise-nos.
e) Se ele antevir os problemas que possam decorrer de sua ousadia, ou se reouver o juízo, certamente não será uma vítima do próprio atrevimento.
Gabarito: e
Nenhum cidadão responsável pode deixar de estar preocupado com os estragos que sofre o meio ambiente. Por isso, seja no governo, seja fora dele, muitos tomam iniciativas para mitigar os desastres. Os governantes passam leis com fé ingênua nos seus efeitos. Almas generosas e bem-intencionadas pregam a defesa do meio ambiente. Economistas só pensam em prêmios e punições financeiras. Olhando os resultados, é um no cravo e outro na ferradura. O pobre caboclo, perdido na floresta amazônica, está longe da lei que impediria suas aventuras com a motosserra. E, se estivesse ao alcance de pregações, não veria razões para segui-las. O mal-educado que joga lixo na sua rua sabe que não será punido, pois, se alguém viu, não vai denunciar. Não há altruísmo que convença os prefeitos a não jogar esgotos in natura nos rios, pois o tratamento é caro, não dá votos e os malefícios só prejudicam o município rio abaixo. Não funcionam as leis que carecem de poder para obrigar o seu cumprimento. Quem confia na impunidade não presta atenção. [...]
Claudio de Moura Castro
Revista Veja - set., 2012 - Com adaptações.7) A respeito de concordância nominal e de concordância verbal no texto, examine as afirmativas a seguir e assinale a CORRETA, conforme a gramática normativa.
a) A flexão de plural em “pregações” justifica a flexão plural em “-las”, no oitavo período.
b) A flexão de singular em “sofre” justifica-se pela flexão de singular em “Nenhum cidadão responsável”, no primeiro período.
c) A flexão de singular em “O pobre caboclo” justifica a flexão de singular da forma verbal “impediria”, no sétimo período.
d) A flexão de plural em “desastres” justifica-se pela flexão de plural em “muitos”, no segundo período.
e) A flexão de plural em “pensam” justifica-se pela flexão de plural em “prêmios e punições financeiras”, no quinto período.
Gabarito: a
Leia o texto a seguir para responder a questão sobre seu conteúdo.
O DESAFIO DE ENSINAR COMPETÊNCIAS
Por: Júlio Furtado. Para: Revista Língua Portuguesa. Adaptado de: http://linguaportuguesa.uol.com.br/o-desafio-de-ensinar-competencias/ Acesso em 28 abr 2017.
O discurso do ensino de habilidades e competências ganhou força a partir de 1998, com a instituição do Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM, que, a princípio, foi criado como mecanismo indutor de mudanças metodológicas nesse segmento. Acreditava-se que a existência de um exame que exigisse dos egressos competências e habilidades capazes de resolver as situações-problemas por ele colocadas iria influenciar na mudança de postura dos professores. Essa necessidade está pautada numa nova cultura que modifica as formas de produção e apropriação dos saberes. Estamos vivendo uma era pragmática em que o saber fazer e o saber agir são os “carros-chefes” para o sucesso.
O saber idealista platônico perdeu lugar nesse mundo. O que importa não são as ideias, as abstrações, mas os resultados, as concretudes, as ações. O mundo vem mudando num ritmo acelerado e “arrastando” consigo novos paradigmas que precisam ser colocados em prática antes de serem refletidos, compreendidos e “digeridos”. O discurso do currículo por habilidades e competências vem ganhando cada vez mais força porque se projetou na escola uma missão social urgente: a de produzir profissionais mais competentes que sejam cidadãos mais conscientes.
Essa missão exige que a escola seja pragmática e utilitarista, abandonando tudo que não leve diretamente ao desenvolvimento de competências. Embora perigosa, essa concepção vem se impondo nos processos de elaboração e planejamento curricular. Outra razão pode ser encontrada nos tipos de exigências que o Mercado e o mundo em geral vêm fazendo às pessoas. Buscam-se pessoas que saibam fazer e que tenham capacidade de planejar e resolver problemas. Todas essas questões apresentaram à escola um aluno que não se interessa por saberes sem sentido ou sem utilidade imediata.
Eis aqui outro perigo: render-se ao utilitarismo do aluno. [...] Tudo isso contribuiu para que se acreditasse piamente que organizar o currículo escolar por habilidades e competências forma um aluno mais preparado para enfrentar o mundo [...].
Outra questão fundamental que se coloca necessária é termos clareza sobre o conceito de habilidade e de competência, conceitos muito utilizados e pouco refletidos. Os conceitos de habilidade e de competência causam muita confusão e não são poucas as tentativas de diferenciá-los. Podemos dizer, de forma simplista, que habilidades podem ser desenvolvidas através de treinamento enquanto que competências exigem muito mais do que treinamento em seu processo de desenvolvimento. Tomemos o exemplo de falar em público. É treinável, embora requeira conhecimento, experiência e atitude, logo, é uma habilidade. Da mesma forma, podemos classificar o ato de ler um texto, de resolver uma equação ou de andar de bicicleta.
[...] A escola que realmente quiser implantar um currículo estruturado por competências precisará exorcizar alguns velhos hábitos que inviabilizam tal proposta. O primeiro deles é o hábito de apresentar o conteúdo na sua forma mais sistematizada. Esse hábito é difícil de ser exorcizado porque alunos e professores concordam e usufruem de benefícios trazidos por ele. Ao apresentar o conteúdo de forma organizada e sistematizada, com o argumento de que o aluno “entende melhor”, o professor está “poupando” o aluno de encarar e resolver situações-problemas. O aluno, por sua vez, recebe de muito bom grado o conteúdo “mastigadinho” e atribui todo o trabalho de compreensão do conteúdo à habilidade de “explicar” do professor. Não é raro ouvirmos de alunos que ele não aprendeu porque o professor não explicou direito.
8) Assinale a alternativa em que flexão verbal esteja INCORRETA.
a) Terás mais benefícios se refizeres o plano.
b) Se ele se manifestar logo, eu também me manifestarei.
c) Eu manteria a calma, desde que todos também a mantessem.
d) Pagaremos o que devemos se reouvermos o que nos foi cobrado indevidamente.
Gabarito: c
Leia o texto a seguir para responder as questões sobre seu conteúdo.
A RBS DESENHA SEU CAMINHO
21/12/2015 Revista Amanhã. Por André D´Angelo. Adaptado de: http://www.amanha.com.br/posts/view/1594/a-rbs-desenha-seu-caminho#sthash.PjikvSIU.dpuf Acesso em 12 mar 2017.
O Grupo RBS anunciou sua nova configuração organizacional. Criou a figura do CEO para suas duas grandes unidades de negócios, mídia e internet, e transformou seu atual presidente, Eduardo Melzer, em um “CEO acima dos CEOs”, pronto a se envolver tanto com o presente dos negócios do Grupo (rádio, TV e jornal) quanto com seu futuro (e-commerce, aplicativos, mobile).
Na prática, a decisão entrega a Claudio Toigo Filho, o comandante da unidade de mídia, a missão de retardar o declínio das receitas dos negócios tradicionais da companhia, extraindo deles os recursos necessários para financiar parte de sua expansão no novíssimo mercado digital – aos quais Melzer parece conceder mais atenção, energia e preocupação.
Dos quadros internos de que a RBS dispunha, Claudio Toigo é, provavelmente, o mais talhado para a tarefa. Conhece a casa (tem 20 anos de empresa), responde pelas finanças do Grupo já há alguns anos (o que o proporciona uma visão do todo) e, principalmente, é respeitado e benquisto por seus pares e subordinados. Para uma empresa que andou conflagrada por demissões em série, manifestações públicas infelizes e um semnúmero de boatos, uma figura serena e pacificadora como a de Toigo vem em boa hora.
Seu histórico é o de um executivo equilibrado, pouco afeito a rompantes e quase nada personalista; um típico músico de orquestra, e não um solista. Um profissional com o perfil de promover evoluções, e não revoluções, menos ainda as radicais ou repentinas. Sua pouca aptidão para as questões editoriais – que, de resto, também pouco interessavam a Melzer – será suficientemente compensada pela criação da vice-presidência editorial, na qual Marcelo Rech fará o papel de porta-voz da família controladora.
Entregue o navio mídia a um comandante de confiança, presume-se que Melzer sinta-se mais à vontade, a partir de agora, para perscrutar o futuro da RBS. E este passa, em um primeiro momento, pelo universo digital, por natureza, menos sujeito às limitações geográficas dos negócios tradicionais de comunicação. Não por acaso a e.Bricks, braço de internet do Grupo, tem sede em São Paulo; e, menos casual ainda, é que Melzer tenha passado tanto tempo lá quanto cá desde que assumiu a presidência corporativa, dois ou três anos atrás. Sabe o executivo que o cenário que se avizinha é pouco alvissareiro para a mídia tradicional; à perda de audiência dos veículos seguir-se-á a de receita e, claro, a de poder político. Por mais que se invista em bons produtos editoriais digitais, estes enfrentam um ambiente bastante diferente do das mídias convencionais: atenção do público hiperdispersa, baixas barreiras de entrada a concorrentes e capacidade de monetização da audiência e do engajamento ainda nebulosa. [...].
Para além da internet, a existência da diretoria de “desenvolvimento de novos negócios” (que, como o nome indica, não conta com um perímetro específico a delimitar seu radar) respondendo diretamente a Melzer sugere que eventuais novos empreendimentos possam ser apoiados pelo Grupo, mesmo que não contenham o DNA digital. Com isso, o organograma da RBS fica um tanto esquisito, é verdade – a um presidente-executivo (Melzer) respondem dois CEOS, um vice-presidente e uma diretora –, algo que está longe de ser uma novidade na história do Grupo e que, sinceramente, constitui o menor dos problemas em uma empresa em pleno processo de reinvenção. [...].
9) Assinale a alternativa correta quanto à flexão nominal.
a) Há bastante dificuldades a serem enfrentadas.
b) As empresas detêm boas perspectiva, administração e controle.
c) A empresa estava quites com o pagamento dos impostos.
d) Maçã é bom para a saúde estomacal.
Gabarito: d
10) No tocante à concordância, está correta a flexão verbal na seguinte frase:
a) Deveriam haver mecanismos mais rigorosos para controle do respeito às leis.
b) Os peregrinos amanheceram na vigília diante da basílica.
c) No relógio bateu cinco horas, revelando um dia de sol
d) No passado, os Estados Unidos realizou limpeza étnica, dizimando muitos índios.
Gabarito: b
As narrativas mais comuns da trajetória dos Beatles levam a crer que a parceria Lennon e McCartney aconteceu apenas na fase inicial do conjunto. Trata-se de um engano. Mesmo quando escreviam separados, John e Paul o faziam um para o outro. Pensavam, sentiam e criavam obcecados com a presença (ou ausência) do parceiro e rival.
Lennon era um purista musical, apegado a suas raízes. Quem embarcou na vanguarda musical dos anos 60 foi Paul McCartney, um perfeccionista dado a experimentos e delírios orquestrais. Em contrapartida, sem o olhar crítico de Lennon, sem sua verve, os mais conhecidos padrões de McCartney teriam sofrido perdas poéticas. Lennon sabia reprimir o banal e fomentar o sublime.
Como a dialética é uma via de mão dupla, também o lado suave de Lennon se nutria da presença benfazeja de Paul. Gemas preciosas como Julia têm as impressões digitais do parceiro, embora escritas na mais monástica solidão.
Nietzsche atribui caráter dionisíaco aos impulsos rebeldes, subjetivos, irracionais; forças do transe, que questionam e subvertem a ordem vigente. Em contrapartida, designa como apolíneas as tendências ordenadoras, objetivas, racionais, solares; forças do sonho e da profecia, que promovem e aprimoram o ordenamento do mundo. Ao se unirem, tais forças teriam criado, a seu ver, a mais nobre forma de arte que jamais existiu.
Como criadores, tanto o metódico Paul McCartney como o irrequieto John Lennon expressavam à perfeição a dualidade proposta por Nietzsche. Lennon punha o mundo abaixo; McCartney construía novos monumentos. Lennon abria mentes; McCartney aquecia corações. Lennon trazia vigor e energia; McCartney impunha senso estético e coesão.
Quando os Beatles se separaram, essa magia se rompeu. John e Paul se tornaram compositores com altos e baixos. Fizeram coisas boas. Mas raramente se aproximaram da perfeição alcançada pelo quarteto. Sem a presença instigante de Lennon, Paul começou a patinar em letras anódinas. Não se tornou um compositor ruim. Mas os Beatles faziam melhor. Ironicamente, o grande disco dos ex-Beatles acabou sendo o álbum triplo em que George Harrison deglutiu os antigos companheiros de banda, abrindo as comportas de sua produção represada durante uma década à sombra de John e Paul. E foi assim, por estranhos caminhos antropofágicos, que a dialética de Lennon e McCartney brilhou pela última vez.
(Adaptado de: DANTAS, Marcelo O. Revista Piauí. Disponível em: http://revistapiaui.estadao.com.br/materia/beatles. Acesso em: 20/02/16)
11) O elemento que justifica a flexão verbal da frase está sublinhado em:
a) Gemas preciosas como Julia têm as impressões digitais do parceiro... (4°parágrafo)
b) ... também o lado suave de Lennon se nutria da presença benfazeja de Paul. (4° parágrafo)
c) Em contrapartida, sem o olhar crítico de Lennon, sem sua verve, os mais conhecidos padrões de McCartney teriam sofrido perdas poéticas. (3°parágrafo)
d) A força propulsora desse mecanismo era a interação dialética de John Lennon e Paul McCartney. (1° parágrafo)
e) ... tais forças teriam criado, a seu ver, a mais nobre forma de arte... (5°parágrafo)
Gabarito: e
12) Uma das frases abaixo contém um desvio quanto à flexão verbal. Qual?
a) Algumas mulheres se maqueiam em apenas cinco minutos.
b) Nós interviemos na questão para evitar um desfecho pior.
c) Não queremos que nossos líderes abdiquem de sua autoridade.
d) Espero que os jogadores das duas equipes não se agridam de novo.
e) Ainda que tu quisesses ir ao cinema, não obterias sucesso nessa empreitada
Gabarito: a
13) Uma das frases abaixo contém um desvio quanto à flexão verbal. Qual?
a) Se tu viestes à minha casa para me aborrecer, é melhor eu te expulsar.
b) Digam o que disserem, eu não vou abrir mão das minhas férias.
c) Ele é um profeta que não trouxe apenas mensagens apocalípticas.
d) Enquanto ele se mantiver nervoso assim, nada poderá ser resolvido.
e) Para que ele tivesse intervindo, seria necessário pedir permissão ao juiz.
Gabarito: a
Nessas populações, as redes operavam por meio de conversas face a face, em volta de uma fogueira. Mais tarde, nas cidades, havia discussões em praça pública, conversas nos mercados e discursos de políticos. Foram essas redes sociais que moldaram o pensamento e as ações das civilizações antigas e das nações modernas.
Mas na última década surgiu a comunicação digital e parte das interações sociais adquiriu um caráter virtual, a partir de sistemas como o Facebook, o Twitter e outros, que nada mais são do que as velhas redes sociais, agora na forma digital.
Muitos cientistas se perguntam qual o seu poder real. Exemplos recentes, como a Primavera Árabe, sugerem que as novas redes sociais influenciam comportamentos e crenças, mas é difícil definir e medir separadamente a contribuição das redes tradicionais e a das redes digitais para esse processo. Como teria sido a Primavera Árabe sem e-mail, Twitter e Facebook?
(Adaptado de Fernando Reinach. Disponível em http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,facebook-e-indu cao-ao-voto-,939893,0.htm)
14) O verbo que pode ser corretamente flexionado no plural está grifado em:
a) ...na última década surgiu a comunicação digital...
b) ...e parte das interações sociais adquiriu um caráter virtual...
c) ...é difícil definir e medir separadamente a contribuição...
d) Mais tarde, nas cidades, havia discussões em praça pública...
e) Como teria sido a Primavera Árabe sem e-mail, Twitter e Facebook?
Gabarito: b
Nada superará a beleza, nem todos os ângulos retos da razão. Assim pensava o maior arquiteto e mais invocado sonhador do Brasil. Morto em 5 de dezembro de insuficiência respiratória, a dez dias de completar com uma festa, no Rio de Janeiro onde morava, 105 anos de idade, Oscar Niemeyer propusera sua própria revolução arquitetônica baseado em uma interpretação do corpo da mulher.
Filho de fazendeiros, fora o único ateu e comunista da família, tendo ingressado no partido por inspiração de Luiz Carlos Prestes, em 1945. Como a agremiação partidária não correspondera a seu sonho, descolara-se dela, na companhia de seu líder, em 1990. “O comunismo resolve o problema da vida”, acreditou até o fim. “Ele faz com que a vida seja mais justa. E isso é fundamental. Mas o ser humano, este continua desprotegido, entregue à sorte que o destino lhe impõe.”
E desprotegido talvez pudesse se sentir um observador diante da monumentalidade que ele próprio idealizara para Brasília a partir do plano-piloto de Lucio Costa. Quem sabe seus museus, prédios governamentais e catedrais não tivessem mesmo sido construídos para ilustrar essa perplexidade? Ele acreditava incutir o ardor em quem experimentava suas construções.
Bem disse Le Corbusier que Niemeyer tinha “as montanhas do Rio dentro dos olhos”, aquelas que um observador pode vislumbrar a partir do Museu de Arte Contemporânea de Niterói, um entre cerca de 500 projetos seus. Brasília, em que pese o sonho necessário, resultara em alguma decepção.
Niemeyer vira a possibilidade de construir ali a imagem moderna do País. E como dizer que a cidade, ao fim, deixara de corresponder à modernidade empenhada? Houve um sonho monumental, e ele foi devidamente traduzido por Niemeyer. No Planalto Central, construíra a identidade escultural do Brasil.
(Adaptado de Rosane Pavam. CartaCapital, 07/12/2012, www.cartacapital.com.br/sociedade/a-visao-monumental-2/)
15) Substituindo-se o segmento em destaque pelo colocado entre parênteses ao final da frase, o verbo que deverá manter-se no singular está em:
a) Houve um sonho monumental... (sonhos monumentais).
b) Bem disse Le Corbusier que Niemeyer... (os que mais conheciam a sua obra).
c) Assim pensava o maior arquiteto... (grandes arquitetos como Niemeyer).
d) O comunismo resolve o problema da vida... (As revoluções vitoriosas da esquerda).
e) Niemeyer vira a possibilidade... (Os arquitetos da geração de Niemeyer).
Gabarito: a
16) Assinale a alternativa que emprega uma flexão verbal inadequada para os padrões da língua.
a) Ainda bem que a maioria reouve seus pertences.
b) Quando ele vir o preço do chuchu, vai levar um susto.
c) As verbas do governo apenas remedeiam os prejuízos.
d) É preciso que eu me precavenha contra o mosquito.
e) Você acreditou, mas eu não cri em nenhuma palavra
Gabarito: d
Seres humanos são capazes de colaborar uns com os outros numa escala desconhecida no reino animal, porque viver em grupo foi essencial à adaptação de nossa espécie. Agrupar-se foi a necessidade mais premente para escapar de predadores, obter alimentos e construir abrigos seguros para criar os filhos.
A própria complexidade do cérebro humano evoluiu, pelo menos em parte, em resposta às licitações da vida comunitária.
Pertencer a um agrupamento social, no entanto, muitas vezes significou destruir outros. Quando grupos antagônicos competem por território e bens materiais, a habilidade para formar coalizões confere vantagens logísticas capazes de assegurar maior probabilidade de sobrevivência aos descendentes dos vencedores.
A contrapartida do altruísmo em relação aos "nossos" é a crueldade dirigida contra os "outros". Na violência intergrupal do passado remoto estão fincadas as raízes dos preconceitos atuais. Para nos defendermos, criamos fronteiras que agrupam alguns e separam outros em obediência a critérios de cor da pele, religião, nacionalidade, convicções políticas e até times de futebol.
Demarcada a linha divisória entre "nós" e "eles", discriminamos os que estão do lado de lá. Às vezes, com violência.
(Drauzio Varella. Folha de S. Paulo, E12 Ilustrada, 30 de junho de 2012, com adaptações)
17) Com as alterações propostas no final da frase para o segmento grifado, o verbo que deverá ir para o plural está em:
a) porque viver em grupo foi essencial à adaptação de nossa espécie. (a vida em diferentes grupos).
b) Pertencer a um agrupamento social (...) significou destruir outros. (A vivência em agrupamentos sociais).
c) A própria complexidade do cérebro humano evoluiu (...) em resposta (dos cérebros humanos).
d) Nos últimos 40 anos surgiu vasta literatura científica (diversos estudos).
e) a habilidade (...) confere vantagens logísticas (a negociação entre indivíduos).
Gabarito: d
Rodolfo produziu muito, mas não é sua atividade pessoal como autor e comerciante de folhetos que o torna tão importante para o movimento cordelista. Tampouco seu trabalho na indústria do cordel, que já estava bem firmada quando ele apareceu. Nunca, aliás, possuiu impressora própria. Sempre mandou fazer seus folhetos.
Sua ação foi a favor da classe sofrida dos folheteiros, que, em grande número, viviam − e vivem − em feiras, mercados, praças e locais de peregrinação a escrever e vender seus folhetos, para ganhar a vida e sustentar, às vezes, família numerosa. Quando Rodolfo surgiu, os cordelistas, considerados
como camelôs, eram escorraçados, presos e maltratados.
Publicando artigos de jornal, fazendo contatos com as autoridades, organizando congressos, fundando associações e agremiações de classe, Rodolfo conseguiu modificar tal situação, dando dignidade e representatividade aos cordelistas.
Não foi por acaso que a Academia Brasileira de Literatura de Cordel no Rio de Janeiro acolheu-o como patrono.
(Adaptado de Eno Theodoro Wanke. Introdução. Rodolfo Coelho Cavalcante. S. Paulo: Hedra, 2000. p. 34-5)
18) Todas as formas verbais estão corretamente flexionadas em:
a) Enquanto não se disporem a considerar o cordel sem preconceitos, as pessoas não serão capazes de fruir dessas criações poéticas tão originais.
b) Ainda que nem sempre detenha o mesmo status atribuído à arte erudita, o cordel vem sendo estudado hoje nas melhores universidades do país.
c) Rodolfo Coelho Cavalcante deve ter percebido que a situação dos cordelistas não mudaria a não ser que eles mesmos requizessem o respeito que faziam por merecer.
d) Se não proveem do preconceito, a desvalorização e a pouca visibilidade dessa arte popular tão rica só pode ser resultado do puro e simples desconhecimento.
e) Rodolfo Coelho Cavalcante entreveu que os problemas dos cordelistas estavam diretamente ligados à falta de representatividade.
Gabarito: b
Ao velar para que o compromisso com os valores que nos definem como sociedade se traduza em atuação diplomática, o Brasil trabalha sempre pelo fortalecimento do multilateralismo e, em particular, das Nações Unidas.
A ONU constitui o foro privilegiado para a tomada de decisões de alcance global, sobretudo aquelas relativas à paz e à segurança internacionais e a ações coercitivas, que englobam sanções e uso da força.
A relação entre a promoção da paz e segurança internacionais e a proteção de direitos individuais evoluiu de forma significativa ao longo das últimas décadas, a partir da constituição das Nações Unidas, em 1945.
Desde a adoção da Carta da ONU, a relação entre promover direitos humanos e assegurar a paz internacional passou por várias etapas. Em meados da década de 90 surgiram vozes que, motivadas pelo justo objetivo de impedir que a inação da comunidade internacional permitisse episódios sangrentos como os da Bósnia, forjaram o conceito de "responsabilidade de proteger".
A Carta da ONU, como se sabe, prevê a possibilidade do recurso à ação coercitiva, com base em procedimentos que incluem o poder de veto dos atuais cinco membros permanentes no Conselho de Segurança − órgão dotado de competência primordial e intransferível pela manutenção da paz e da segurança internacionais.
O acolhimento da responsabilidade de proteger teria de passar, dessa maneira, pela caracterização de que, em determinada situação específica, violações de direitos humanos implicam ameaça à paz e à segurança.
Para o Brasil, o fundamental é que, ao exercer a responsabilidade de proteger pela via militar, a comunidade internacional, além de contar com o correspondente mandato multilateral, observe outro preceito: o da responsabilidade ao proteger.
O uso da força só pode ser contemplado como último recurso.
Queimar etapas e precipitar o recurso à coerção atenta contra os princípios do direito internacional e da Carta da ONU.
Se nossos objetivos maiores incluem a decidida defesa dos direitos humanos em sua universalidade e indivisibilidade, como consagrado na Conferência de Viena de 1993, a atuação brasileira deve ser definida caso a caso, em análise rigorosa das circunstâncias e dos meios mais efetivos para tratar cada situação específica.
Devemos evitar, especialmente, posturas que venham a contribuir − ainda que indiretamente − para o estabelecimento de elo automático entre a coerção e a promoção da democracia e dos direitos humanos. Não podemos correr o risco de regredir a um estado em que a força militar se transforme no árbitro da justiça e da promoção da paz.
(Adaptado de Antonio de Aguiar Patriota. “Direitos humanos e ação diplomática”. Artigo publicado na Folha de S. Paulo, em 01/09/2011, e disponível em: http://www.itamaraty.gov.br/sala-de- imprensa/discursos-artigos-entrevistas-e-outras-comunicacoes/- ministro-estado-relacoes-exteriores/direitos-humanos-e-acaodiplo-matica-folha-de-s.paulo-01-09-2011).
19) O verbo flexionado no singular que também pode ser corretamente flexionado no plural, sem que nenhuma outra alteração seja feita na frase, está destacado em:
a) Para promover os direitos humanos, a consolidação da democracia em todos os países é extremamente necessária.
b) Cada um dos países do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) há de zelar pela manutenção dos Direitos Humanos.
c) A comunidade internacional trata os direitos humanos de forma global, justa e equitativa, em pé de igualdade e com a mesma ênfase.
d) A maior parte dos países compreende que o direito ao trabalho é de vital importância para o desenvolvimento de povos e nações.
e) A declaração de Direitos Humanos de Viena, de 1993, reconhece uma série de direitos fundamentais, como o direito ao desenvolvimento.
Gabarito: d
Intolerância religiosa
Sou ateu e mereço o mesmo respeito que tenho pelos religiosos.
A humanidade inteira segue uma religião ou crê em algum ser ou fenômeno transcendental que dê sentido à existência. Os que não sentem necessidade de teorias para explicar a que viemos e para onde iremos são tão poucos que parecem extraterrestres. Dono de um cérebro com capacidade de processamento de dados incomparável na escala animal, ao que tudo indica só o homem faz conjecturas sobre o destino depois da morte. A possibilidade de que a última batida do coração decrete o fim do espetáculo é aterradora. Do medo e do inconformismo gerado por ela, nasce a tendência a acreditar que somos eternos, caso único entre os seres vivos.
Todos os povos que deixaram registros manifestaram a crença de que sobreviveriam à decomposição de seus corpos.
Para atender esse desejo, o imaginário humano criou uma infinidade de deuses e paraísos celestiais. Jamais faltaram, entretanto, mulheres e homens avessos a interferências mágicas em assuntos terrenos. Perseguidos e assassinados no passado, para eles a vida eterna não faz sentido.
Não se trata de opção ideológica: o ateu não acredita simplesmente porque não consegue. O mesmo mecanismo intelectual que leva alguém a crer leva outro a desacreditar. Os religiosos que têm dificuldade para entender como alguém pode discordar de sua cosmovisão devem pensar que eles também são ateus quando confrontados com crenças alheias.
O ateu desperta a ira dos fanáticos, porque aceitá-lo como ser pensante obriga-os a questionar suas próprias convicções. Não é outra a razão que os fez apropriar-se indevidamente das melhores qualidades humanas e atribuir as demais às tentações do Diabo. Generosidade, solidariedade, compaixão e amor ao próximo constituem reserva de mercado dos tementes a Deus, embora em nome Dele sejam cometidas as piores atrocidades.
Fui educado para respeitar as crenças de todos, por mais bizarras que a mim pareçam. Se a religião ajuda uma pessoa a enfrentar suas contradições existenciais, seja bem-vinda, desde que não a torne intolerante, autoritária ou violenta.
Quanto aos religiosos, leitor, não os considero iluminados nem crédulos, superiores ou inferiores, os anos me ensinaram a julgar os homens por suas ações, não pelas convicções que apregoam.
(Drauzio Varella, Folha de S. Paulo, 21/04/2012)
20) A flexão de todas as formas verbais está plenamente adequada na frase:
a) Os que virem a desrespeitar quem não tem fé deverão merecer o repúdio público de todos os homens de bem.
b) Deixar de professar uma fé não constitue delito algum, ao contrário do que julgam os fanáticos de sempre.
c) Ninguém quererá condenar um ateu que se imbui do valor da ética e da moral no convívio com seus semelhantes.
d) Se não nos dispormos a praticar a tolerância, que razão teremos para nos vangloriarmos de nossa fé religiosa.
e) Quem requiser respeito para a fé que professa deve dispor-se a respeitar quem não adotou uma religião.
Gabarito: c
Traços americanos
Para o engenheiro, para o inventor, para o arquiteto, para todo economizador de tempo e trabalho, para quem admira acima de tudo o gênio industrial deste século, os melhoramentos que ele tem introduzido na ferramenta humana, os Estados Unidos são de uma extremidade a outra um país para
se visitar e conhecer. É ele, talvez, o país onde melhor se pode estudar a civilização material, onde o poder dinâmico ao serviço do homem parece maior e ao alcance de qualquer um. Em certo sentido, pode-se dizer dele que é uma torre de Babel bem-sucedida. Na ordem intelectual e moral, porém, os Estados Unidos não têm o que mostrar, e certa ordem de cultura, quase toda cultura superior não precisa, para ser perfeita e completa, de adquirir nenhum contingente americano.
Da política, a impressão geral que tive e conservo é a de uma luta sem o desinteresse, a elevação de patriotismo e a honestidade de processos que tornam na Inglaterra, por exemplo, a carreira política aceitável e mesmo simpática aos espíritos mais distintos. O que caracteriza essa luta é a crueza da publicidade a que todos os que entram nela estão expostos.
Para a reportagem não existe linha divisória entre a vida pública e a privada. O adversário está sujeito a uma investigação sem limites e sem escrúpulos. Se um candidato à Presidência tiver tido na mocidade a menor aventura, terá o desgosto de vê-la fotografada, apregoada nas ruas, colorida em cartazes, cantada nos musicais.
O efeito de tal sistema pode ser moralizar a vida privada, pelo menos a dos que pretendem entrar para a política, se há moralidade no terror causado por uma dessas formidáveis denúncias, que os franceses chamam de chantagem. A vida política, porém, ele não tem moralizado. A consciência pública americana é muito inferior à privada, a moral do Estado é muito inferior à moral da família. As investigações da vida privada encontram em toda parte a unidade do sentimento e da educação religiosa do país para ecoá-las.
Ao texto seguinte, que trata das impressões recolhidas, em 1900, pelo político, diplomata e historiador brasileiro Joaquim Nabuco, acerca de uma viagem que acabara de fazer aos Estados Unidos. (Joaquim Nabuco, Minha formação)
21) Está correta a flexão de todas as formas verbais em:
a) Se não deterem a escalada da censura moralista, os Estados Unidos tornar-se-ão um país cada vez mais problemático em sua falsa ortodoxia de valores.
b) Quando todos convirmos em que é necessária uma linha divisória entre a moral pública e a privada, nossos valores terão maior legitimidade.
c) Toda promessa hipócrita que advir de uma falsa moralidade deverá ser denunciada pelos eleito- res, para que se eleve o nível das campanhas eleitorais.
d) Os candidatos sempre se entreteram com os números das campanhas, sem atinar com a qualidade das teses e a possibilidade de cumprimento das promessas.
e) Quando revirmos os valores morais que sempre costumamos defender, dar-nos-emos conta de quantos deles não deveriam merecer nosso crédito.
Gabarito: e
22) O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do plural para preencher corretamente a lacuna da frase:
a) Não ...... (interessar) aos americanos, segundo o autor, estabelecer clara linha divisória entre a moral pública e a privada.
b) Aos adversários políticos, nas eleições americanas, ...... (competir) enfrentar dura troca de acusações no âmbito da vida privada.
c) Cada um dos eleitores americanos pautará sua escolha com base nas informações pessoais que lhes ...... (estender) a imprensa do país.
d) Os mínimos incidentes amorosos da juventude de um candidato podem constituir uma pecha que ...... (vir) a afastar os eleitores.
e) Na opinião de Joaquim Nabuco, ...... (constituir) os Estados Unidos o país em que melhor se pode estudar a civilização material.
Gabarito: e
Após décadas de trabalho pela conservação ambiental, por que a Amazônia ainda enfrenta ameaças?
Poderíamos alegar que todos os recursos e esforços já investidos em atividades de conservação deveriam ter posto um fim à destruição da floresta tropical úmida e à perda da vida silvestre. Mas não é assim tão fácil. Existem uma mudança e evolução constantes nos fatores que levam a esse resultado. As soluções para essas questões mutáveis também precisam ser constantemente adaptadas. Os problemas atuais não são os mesmos de uma ou duas décadas atrás. Então os desafios para a conservação também estão sempre se transformando. Por trás da destruição e da degradação ambiental da Amazônia está uma série de problemas de ordem política, social e econômica.
As atividades dos seres humanos interferem cada vez mais na Amazônia. As forças de mercado, a pressão populacional e o avanço da infraestrutura causam impactos em grandes áreas da floresta. À medida que se intensificam as pressões sobre a região, fica mais claro que o preço a ser pago por nossa interferência na mata não é apenas a perda da biodiversidade e do hábitat, mas também a perda da qualidade de vida para nós, humanos.
O desenvolvimento econômico, em muitos casos, é sobreposto a outras preocupações com o meio ambiente. Com isso, a meta de se construir um modelo de desenvolvimento socialmente justo, ambientalmente adequado e economicamente sustentável vem sendo deixada de lado. Alguns programas de iniciativa dos governos, tanto federal quanto estaduais, se voltam para um desenvolvimento constante e, muitas vezes, acabam incentivando direta ou indiretamente o desmatamento em favor da pecuária, da produção de soja, da exploração de recursos minerais. Essas atividades econômicas são importantes, mas ampliam a demanda por recursos naturais, que são sempre limitados.
(Disponível em http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/areas_prioritarias/amazonia1/ameacas_riscos_ama... . Acesso em 3 de dezembro de 2011)
23) O verbo que deverá permanecer no singular, caso o segmento grifado seja substituído pelo proposto entre parênteses no final da frase, está em:
a) Mas não é assim tão fácil. (Mas nenhum desses esforços).
b) Por trás da destruição e da degradação ambiental da Amazônia está uma série de problemas de ordem política, social e econômica. (vários problemas).
c) ... por que a Amazônia ainda enfrenta ameaças? (as áreas de floresta).
d) O desenvolvimento econômico, em muitos casos, é sobreposto a outras preocupações com o meio ambiente. (As vantagens do desenvolvimento econômico).
e) ... a meta (...) vem sendo deixada de lado. (os propósitos).
Gabarito: a
Em 2007 e 2008, e novamente em 2010 e 2011, mudanças relativamente pequenas nos mercados de alimentos desencadearam fortes altas nos preços. Isso deve ser compreendido como uma resposta a, digamos, um aumento na demanda de China e Índia. Mas, como apontou Shenggen Fan, do International Food Policy Research Institute (IFPRI), esses gigantes não importam muitos alimentos. Ao contrário, os preços dispararam em resposta a fatores temporários, como a queda do dólar, o embargo às exportações e os surtos de compras motivados pelo pânico.
Preços mais altos proporcionam aos agricultores incentivos para produzir mais, o que torna mais fácil a tarefa de alimentar o mundo. Mas eles também impõem custos aos consumidores, aumentando a pobreza e o descontentamento. Se modas passageiras como as barreiras comerciais podem quase dobrar os preços mundiais dos alimentos duas vezes em quatro anos, imagine o que um tropeço nos esforços para aumentar a produtividade pode causar. Considerando as tensões e as ramificações políticas dos alimentos, os esforços para alimentar 20 9 bilhões de pessoas vão acentuar conflitos geopolíticos e acelerar mudanças que já estão ocorrendo de qualquer forma.
(Tradução de Ed. Sêda do “The Economist”. CartaCapital, 23 de março de 2011, p. 56, com adaptações)
24) ... imagine o que um tropeço nos esforços para aumentar a produtividade pode causar. (2o parágrafo)
O verbo flexionado de modo idêntico ao do grifado acima está também grifado em:
a) Devemos reconhecer que as limitações de terras e de água trarão problemas para a produção mundial de alimentos.
b) Vejamos, neste mapa, onde se encontram as terras mais férteis para garantir uma safra recorde na colheita de grãos.
c) Podem ser compreensíveis as decisões de alguns governantes de subsidiar a produção agrícola, para controlar o preço dos alimentos.
d) A produção de alimentos precisa tornar-se suficiente para cobrir a demanda, com investimentos em tecnologia.
e) A rentabilidade na produção de alimentos passou a ser fundamental para evitar escassez nas próximas décadas.
Gabarito: b
Certamente porque não é fácil compreender certas questões, as pessoas tendem a aceitar algumas afirmações como verdades indiscutíveis. É natural que isso aconteça, quando mais não seja porque as certezas nos dão segurança e tranquilidade. Pô-las em questão equivale a tirar o chão de sob nossos pés.
Todavia, com o desenvolvimento do pensamento objetivo e da ciência, certezas tidas como inquestionáveis no pas sado distante foram colocadas em xeque, dando lugar a um novo modo de lidar com as certezas e os valores.
Questioná-los, reavaliá-los, negá-los, propor mudanças às vezes radicais tornou-se frequente e inevitável, dando-se início a uma nova época da sociedade humana. Introduziu-se o conceito não só de evolução como de revolução.
A certa altura desse processo, os defensores das mudanças acreditavam-se senhores de novas verdades, mais consistentes porque eram fundadas no conhecimento objetivo das leis que governam o mundo material e social.
Mas esse conhecimento era ainda precário e limitado.
Basta dizer que, até começos do século XX, ignorava-se a existência de microrganismos − como vírus e bactérias −, o que inviabilizava o tratamento de doenças como a tuberculose.
Esses fatos − que são apenas uns poucos exemplos do que tem ocorrido − tornam indiscutível a tese de que a mudança é inerente à realidade tanto material quanto espiritual, e que, portanto, o conceito de imutabilidade é destituído de fundamento.
(Adaptado de Ferreira Gullar. Folha de S.Paulo, Ilustrada, 06/05/2012)
25) O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se em uma forma do singular para preencher corretamente a lacuna da frase:
a) A descoberta dos vírus e bactérias ...... (possibilitar) a produção de antibióticos, o que representou um enorme avanço na cura de doenças.
b) Antes da descoberta da vacina, as complicações do sarampo ...... (provocar) a morte de milhões de crianças por ano.
c) Em grandes aglomerações humanas, como as previstas durante as Olimpíadas de Londres, os especialistas ...... (recomendar) a vacinação.
d) Ao contrário do que se imagina, países da Europa, em que a maioria da população conta com serviços de saúde, .... (enfrentar) uma epidemia de sarampo.
e) À medida que certas enfermidades se ...... (tornar) mais raras, muitos passaram a subestimar o risco de contraí-las.
Gabarito: a
Entre 1639 e 1643 funcionou no telhado do casarão em Recife em que residia o conde Maurício de Nassau, governador do Brasil holandês, um observatório astronômico inspirado no da famosa Universidade de Leiden e dotado da melhor instrumentação da época, inclusive de uma luneta. O alemão George Marcgrave (1610-1644), um dos naturalistas trazidos para cá por Nassau, foi o responsável pela abertura dessa janela para os céus em terras tropicais e seu único usuário. O livro O observatório no telhado, de Oscar T. Matsuura, reconta a história dessa empreitada científica e dos estudos feitos por Marcgrave nesse campo específico do conhecimento.
Mais conhecido por seus trabalhos em história natural e cartografia feitos durante sua estada no Brasil, entre 1638 e 1643, Marcgrave é pouco lembrado por suas observações astronômicas. No livro, Matsuura enfoca justamente esse lado B do alemão, normalmente ofuscado por ele ter sido coautor do clássico Historia naturalis brasiliae. Tendo estudado em Leiden antes de vir para o Novo Mundo, ele foi um dos pioneiros no uso da luneta para observações astronômicas sistemáticas.
Da sede do poder no Brasil holandês, Marcgrave acompanhou e anotou, sempre sozinho, alguns fenômenos celestes, sobretudo eclipses lunares e solares.
Astrônomo de formação, Matsuura comenta tecnicamente cada observação feita por Marcgrave em solo brasileiro e também discute a polêmica histórica em torno da localização exata do observatório no telhado.
(Adaptado de Marcos Pivetta. Um telhado para as estrelas. Pesquisa FAPESP, fev. 2012. p. 93)
26) Substituindo-se o segmento grifado pelo que se encontra entre parênteses ao final da transcrição, o verbo que NÃO poderá permanecer no singular está em:
a) Da sede do poder no Brasil holandês, Marcgrave acompanhou alguns fenômenos celestes (um dos naturalistas trazidos por Nassau).
b) O livro O observatório no telhado, de Oscar T. Matsuura, reconta a história (A maior parte dos capítulos do livro O observatório no telhado).
c) telhado do casarão em Recife em que residia o conde Maurício de Nassau (o conde Maurício de Nassau e seus familiares).
d) Entre 1639 e 1643 funcionou no telhado do casarão em Recife um observatório astronômico (um observatório astronômico com os melhores instrumentos da época).
e) No livro, Matsuura enfoca justamente esse lado B (o autor e alguns de seus colaboradores).
Gabarito: e
Fora com a dignidade
Acho ótimo que a Igreja Católica tenha escolhido a saúde pública como tema de sua campanha da fraternidade deste ano. Todas as burocracias – e o SUS não é uma exceção – têm a tendência de acomodar-se e, se não as sacudirmos de vez em quando, caem na abulia. É bom que a Igreja use seu
poder de mobilização para cobrar melhorias.
Tenho dúvidas, porém, de que o foco das ações deva ser o combate ao que dom Odilo Scherer, numa entrevista, chamou de terceirização e comercialização da saúde. É verdade que colocar um preço em procedimentos médicos nem sempre leva ao melhor dos desfechos, mas é igualmente claro que
consultas, cirurgias e drogas têm custos que precisam ser gerenciados. Ignorar as leis de mercado, como parece sugerir dom Odilo, provavelmente levaria o sistema ao colapso, prejudicando ainda mais os pobres.
Para o religioso, é “a dignidade do ser humano” que deve servir como critério moral na tomada de decisões relativas a vida e morte. O problema com a “dignidade” é que ela é subjetiva demais. A pluralidade de crenças e preferências do ser humano é tamanha que o termo pode significar qualquer coisa, desde noções banais, como não humilhar desnecessariamente o paciente (forçando-o, por exemplo, a usar aqueles horríveis aventais vazados atrás), até a adesão profunda a um dogma religioso (há confissões que não admitem transfusões de sangue).
Numa sociedade democrática não podemos simplesmente apanhar uma dessas concepções e elevá-la a valor universal. E, se é para operar com todas as noções possíveis, então já não estamos falando de dignidade, mas, sim, de respeito à autonomia do paciente, conceito que a substitui sem perdas.
(Hélio Schwartsman. Folha de S. Paulo, março/2012)
27) O verbo indicado entre parênteses deve flexionar-se no plural para preencher corretamente a lacu
na da seguinte frase:
a) Nenhuma das concepções de dignidade, postuladas por diferentes crenças, ...... (alcançar) uma validade efetivamente universal.
b) Não se ...... (atribuir) às burocracias, nesse texto, o mérito de tomar a iniciativa de atender aos interesses públicos.
c) A terceirização e a comercialização da saúde, para dom Odilo Scherer, ...... (constituir) um profundo desrespeito aos mais pobres.
d) Raramente se ...... (dispensar) aos mais pobres o mesmo cuidado médico das clínicas particulares.
e) Quantas vezes já se ...... (aplicar) aos burocratas dos serviços essenciais alguma sanção por sua negligente abulia?.
Gabarito: c
28) O que seria a morte?
Tive o prazer de entrevistar o cineasta português Manoel de Oliveira, com seus 102 anos de idade. Eis um trecho da entrevista, quando indagado a respeito da morte:
“Sabe, há aquela narrativa do Tolstói, em que um nobre está moribundo. E pergunta a si próprio: que coisa é a morte? Relanceia os olhos pelo quarto e vê a porta. E pensa: ah, a morte é uma porta. Esta
ideia me ficou marcada. Do lado, digamos, materialista, não existe a mínima dúvida: a porta dá para o cemitério. Mas, do lado espiritual, há sempre a questão: para onde dá a porta? Existe um Além ou não?
Um poeta português fala que o espírito é como o ar que se respira. Quando exalamos o último suspiro, o espírito se solta. Enquanto ele está no indivíduo, contém todo o mal e todo o bem da condição humana. Mas, quando se liberta, vai limpo e puro, funde-se com o universo, com o Absoluto, que é Deus.
Quando fui para o Colégio dos Jesuítas, começaram a me ensinar sobre a alma. Que quando morremos a alma vai para o Céu, ou para o Purgatório, ou para o Inferno. Vai pra cá, vai pra lá... Assim tipo bolinha de gude. Era muito jovem e pensei, atônito: caramba, o mundo é uma fábrica de almas!
Mas depois descobri esta imagem muito bonita, de uma mitologia indígena sobre os rios, que têm um destino, marcado pelo seu próprio curso. Cada rio é um rio único, individualizado. Porém, quando
deságua no mar, deixa de ser o rio tal ou tal: a sua água se mistura ao Absoluto. Mas o rio perdeu a sua individualidade. E depois vem o calor, a evaporação, a chuva. A chuva renova as fontes, e o rio continua.”
Despedindo-me dele, lembrei-me de uma frase de Epicuro:
“Não tenho medo nenhum da morte. Pois onde ela está, não estou. E onde eu estou, ela não está.”
(Adaptado de Paulo Nogueira, revista Piauí, n. 57. junho/2011)
28) Estão corretamente flexionadas as formas verbais da frase:
a) Ah, se à morte sobrevisse a certeza de um alívio, não haveria por que temê-la.
b) Até a sabedoria de Epicuro interviu no texto, como tentativa de esclarecimento desse nosso maior mistério.
c) Enquanto o espírito conter em si mesmo todo o bem e o mal da condição humana nada saberemos da libertação absoluta.
d) Não conviria ao autor levar consigo as duras lições recebidas no Colégio dos Jesuítas.
e) Se retêssemos conosco apenas as alegrias vividas, adiaríamos ao máximo nossa passagem pela porta da morte.
Gabarito: d
29) Indique a alternativa que completa corretamente as lacunas das frases:
I - Se nos ....... a fazer um esforço conjunto, teremos um país sério.
II - .......o televisor ligado, para te informares dos últimos acontecimentos.
III - Não havia programa que .......o povo, após o último noticiário.
a) propormos - Mantenha - entretesse
b) propusermos - Mantém - entretesse
c) propormos - Mantém - entretivesse
d) propormos - Mantém - entretesse
e) propusermos - Mantém – entretivesse
Gabarito: e
Na primeira oração, o verbo deve ser conjugado no futuro do modo subjuntivo, portanto, se nos propusermos. Na segunda oração, o verbo manter deve concordar com o pronome tu, portanto, deve ser conjugado na segunda pessoa do singular. Na terceira oração, o verbo entreter deve ser conjugado no pretérito imperfeito do modo subjuntivo, concordando assim com o substantivo programa e com o tempo verbal determinado pela oração.
30) Imagine a situação em que uma professora responda a seu aluno e que nessa resposta denote-se erro do emprego verbal. Identifique-o:
Professora, eu preciso fazer a lição de casa?
a) É preciso que você faça a lição.
b) Se você fizer a lição, tirará suas dúvidas sobre a aula.
c) Convém que você faça a lição.
d) Faça a lição sempre que solicitada.
e) É bom que você faz a lição de casa.
Gabarito: e Explicação pelo Professor Noslen
Na alternativa e, o verbo fazer deve ser conjugado no presente do modo subjuntivo, concordando assim com o pronome você. É bom que você faça a lição de casa.
31) Assinale a alternativa em que estão devidamente classificadas as seguintes formas verbais:
“Chegando do trabalho, espero que já tenha terminado a lição de casa”.
a) futuro do subjuntivo, presente do subjuntivo
b) infinitivo, pretérito imperfeito do subjuntivo
c) infinitivo, presente do subjuntivo
d) gerúndio, pretérito perfeito do subjuntivo.
e) futuro do subjuntivo, pretérito perfeito do subjuntivo.
Gabarito d
O verbo chegando está conjugado no gerúndio, e a forma verbal tenha terminado está conjugada no pretérito perfeito do subjuntivo.
32) Na Língua Portuguesa, às vezes, verbos diferentes assumem a mesma forma verbal. Isso NÃO ocorre em:
a) FUI, pretérito perfeito do indicativo de IR e de SER.
b) VIEMOS, pretérito perfeito do indicativo de VIR e presente do indicativo de VER.
c) VIMOS, pretérito perfeito do indicativo de VER e presente do indicativo de VIR.
d) FOR, futuro do subjuntivo de IR e de SER.
e) FORA, pretérito mais-que-perfeito do indicativo de IR e de SER.
Gabarito: a
A primeira pessoa do singular do verbo IR conjugado pretérito perfeito do indicativo é VIM.
33) Complete (no presente do indicativo): “Às vezes, as ideias não ___, ou ___ muito numerosas. Todos ___ as necessidades locais, poucos ___ auxiliar.”
a) Veem; vêm; vêm; veem;
b) Vêm; vêm; veem; vêm.
c) Vêm; vêm; vêm; vêm.
d) Veem; veem; veem; vêem.
e) Vêm; veem; veem; vêm.
Gabarito: b
Na ordem: verbo "vir" (3ª pessoa do plural), verbo "vir" (3ª pessoa do plural), verbo "ver" (3ª pessoa do plural), e verbo "vir" (3ª pessoa do plural). É importante notar que de acordo com o novo acordo ortográfico, o correto é "veem" e não "veêm".
34) "(...) que PARECIA suave anjo de voz tranquila." O verbo de mesmo tempo e modo em que se encontra o verbo grifado acima está na frase:
a) (...) em que se AMARRAVA cachorro com linguiça
b) Só num único e mesmo jornal PERMANECI mais de vinte anos.
c) Algumas figuras se TORNARAM sombras (...)
d) (...) MORREU nas masmorras do Chile (...)
e) (...) que LARGOU o jornalismo (...)
Gabarito: a
O verbo "parecia" e "amarrava" estão ambos conjugados no pretérito imperfeito do indicativo, enquanto os outros verbos estão conjugados no pretérito perfeito do indicativo.
35) "Há quem DIGA que isso não é urbano..." O verbo empregado no mesmo tempo e modo que os do verbo indicado anteriormente está na frase:
a) (...) que eu CRIEI em 1985 (...)
b) (...) em que a ocupação da Amazônia FOI uma prioridade.
c) (...) a população IA para os núcleos urbanos.
d) Alguns colegas não GOSTAM dessa abordagem (...)
e) (...) que nossa urbanização SEJA igual à da Europa (...)
Gabarito: e
Tanto o verbo "diga" quanto o verbo "seja" estão no presente do subjuntivo. As demais formas verbais estão, respectivamente, no: pretérito perfeito do indicativo,pretérito perfeito do indicativo,pretérito imperfeito do indicativo e presente do indicativo.
36) Complete: ___ vaias a presidente da república, após a sua aparição em público.
a) Chovia
b) Choviam
Gabarito: b
O verbo "chover" concorda com "vaias".
37) Dos verbos assinalados, só está corretamente empregado o que aparece na frase:
a) A atual administração quer CRESCER a arrecadação do IPTU em 40%.
b) A economia latino-americana se modernizou sem que a estrutura de renda da região ACOMPANHOU as transformações.
c) Se FAZER previsões sobre a situação econômica já era difícil antes das eleições, agora ficou ainda mais complicado.
d) A indústria ficará satisfeita só quando vender metade do estoque e TRANSPOR o obstáculo dos juros.
e) Por mais que os leitores se APROPRIAM de um livro, no final, livro e leitor tornam-se uma só coisa.
Gabarito: c
O verbo "fazer", na alternativa C, não é regido pela conjunção se. O "se" introduz a oração “já era difícil”, cujo sujeito é a oração infinitiva “fazer previsões sobre a situação econômica”.
38) Assinale a alternativa em que os verbos PREVER, INTERVIR, PROPOR e MANTER estão corretamente conjugados.
a) Previu / interviu / propuser / mantesse.
b) Prevesse / intervisse / proposse / mantesse.
c) Previu / interveio / propusesse / mantera.
d) Preveu / intervim / propuser / mantivesse.
e) Previsse / intervier / propusesse / mantinha.
Gabarito: e
Conjugações erradas: prevesse, preveu, interviu, intervisse, proposse, propuser, mantesse e mantera.
39) Assinale a alternativa em que os verbos IMPREGNAR, OPTAR, SUAR e ESTREAR preenchem corretamente as lacunas das frases a seguir. Esse tipo de tinta ___ de cheiro acre a roupa da loja. / O coronel sempre ___ pelo praça de maior destreza para dirigir a viatura. / Nos dias de calor, ele ___ demais; por isso o ar condicionado do carro. / O cantor ___ no teatro da Barra ontem, à noite. Um sucesso!
a) Impreguina, opta, sua, estreiou.
b) Impregna, opta, soa, estreiou.
c) Impregna, opta, sua, estreou.
d) Impreguina, opita, soa, estreiou.
e) Impregna, opita, sua, estreiou.
Gabarito: c
”impregna” e “opta” mantêm os radicais dos respectivos infinitivos; Não confundir "soa" (do verbo "soar") com "sua" (do verbo "suar"); os verbos terminados em "-ear" não desenvolvem ditongo nas formas arrizotônicas.
40) Não há erro de conjugação verbal na alternativa:
a) Os ambientalistas vêm com bons olhos as causas indígenas.
b) Por falta de oportunidade, o funcionário não interviu nos comentários do consultor.
c) Se a testemunha depor a favor do réu, certamente ele será absolvido.
d) Eles reaveram tudo o que tinham perdido.
e) Se eu dispusesse de algum dinheiro, poderia ajudá-lo.
Gabarito: e
Na alternativa A, o correto seria "veem" (presente do indicativo). Na alternativa B, "interveio" (pretérito perfeito do indicativo). Na alternativa C, "depuser" (futuro do subjuntivo). Na alternativa D, "reouveram" (pretérito perfeito do indicativo).
41) Indique a frase em que o verbo (indicado entre parênteses) esteja conjugado INCORRETAMENTE.
a) Poderia haver acordo se eles repusessem a quantia gasta indevidamente. (REPOR)
b) Queria pedir-lhe que revisse minha última questão da prova. (REVER)
c) Se eles intervissem com mais calma, não teria ocorrido o tumulto. (INTERVIR)
d) Poderíamos ter ido todos juntos, se coubéssemos no meu carro. (CABER)
e) Se eles sempre nos contradissessem, já esperaríamos seu indeferimento ao projeto, mas nunca houve discordâncias entre nós. (CONTRADIZER)
Gabarito: c
O correto seria "se eles interviessem", pois trata-se do pretérito imperfeito do subjuntivo.
42) Assinale os períodos cujos verbos destacados estão no modo subjuntivo:
I. Entenda que é preciso preservar os recursos naturais para as gerações futuras;
II. É necessário que nos preocupemos com camadas sociais menos favorecidas;
III. Nem todos sabem sobre a importância da ação do homem sobre a natureza;
IV. O voo fará duas escalas antes de chegar ao Brasil;
V. Ela poderá brincar caso termine a tarefa antes do anoitecer.
Estão corretas:
a) Todas as alternativas.
b) Apenas III e IV.
c) I, II e V.
d) II, III e V.
e) Apenas II e V.
Gabarito: c
Estão conjugados no modo subjuntivo os verbos entender, preocupar e terminar, expressando, assim, ideia de condição ou possibilidade.
43) Assinale os períodos cujos verbos destacados estão no modo indicativo:
I. Os alunos entendem a importância da preservação dos recursos naturais para as gerações futuras.
II. Nós nos preocupávamos com a desigualdade social no país.
III. É importante que todos saibam sobre a importância da ação do homem sobre a natureza.
IV. O voo fez duas escalas antes de chegar ao Brasil.
V. Só poderei brincar quando eu terminar a tarefa.
Estão corretas:
a) Apenas V.
b) Apenas I e II.
c) Apenas IV.
d) I, II e IV.
e) I, III e V.
Gabarito: d
Os verbos entender, preocupar e terminar estão conjugados no modo indicativo, expressando, assim, uma certeza ou um fato.
44) "Assim eu quereria a minha última crônica: que fosse pura como este sorriso." (Fernando Sabino).
Assinale a série em que estão devidamente classificadas as formas verbais em destaque:
a) futuro do pretérito, presente do subjuntivo.
b) pretérito mais-que-perfeito, pretérito imperfeito do subjuntivo.
c) pretérito mais-que-perfeito, presente do subjuntivo.
d) futuro do pretérito, pretérito imperfeito do subjuntivo.
e) pretérito perfeito, futuro do pretérito.
Gabarito: d
A forma verbal “quereria” está conjugada no futuro do pretérito, que é o tempo responsável pelas hipóteses e possibilidades. A forma verbal “fosse” está conjugada no pretérito imperfeito do subjuntivo, que é a forma verbal responsável por expressar um fato passado, mas posterior a outro já ocorrido.
45) Sobre o modo subjuntivo, é correto afirmar:
a) Normalmente ocorre nas orações independentes optativas, nas imperativas negativas e afirmativas, nas dubitativas com o advérbio talvez e nas subordinadas em que o fato é considerado incerto, duvidoso ou pouco provável de se concretizar.
b) Normalmente aparece nas orações independentes e nas dependentes que sugerem um fato real, concretizado.
c) Tempo de ações prolongadas ou repetidas com limites imprecisos, não informando assim nem o término e nem o início dessas.
d) Normalmente ocorre nas orações que expressam uma ordem, pedido ou conselho.
e) Normalmente é empregado nas ações que nos transportam mentalmente a uma época passada e nessa época passada descrevemos então o que era presente.
Gabarito: a
46) Alguns tempos do modo indicativo podem ser utilizados com valor imperativo. Está neste caso o verbo sublinhado na seguinte alternativa:
a) Faça logo esse serviço!
b) Não matarás, diz a Bíblia.
c) Saiam logo depois do sinal.
d) Prestem atenção ao que foi dito.
e) Não desçam correndo a escada.
Gabarito: b
A forma verbal “matarás”, apesar de estar conjugada no futuro do indicativo, está sendo utilizada com valor imperativo, pois expressa um pedido ou um conselho.
47) Quanto à concordância verbal, assinale a alternativa incorreta:
a) Tu e ele fizestes a tarefa
b) Você ou seu irmão conseguirão resolver essa questão.
c) Pânico e medo nos envolveu naquele momento.
d) Os gritos, o choro, a angústia, nada disso mudaram a sua opinião.
Gabarito: d Explicação 47 ao 58 pelo Nirvana Atômico
48) Quanto à concordância nominal, assinale a alternativa incorreta:
a) A mãe está meio nervosa.
b) É proibida a entrada.
c) Segue a foto anexa ao bilhete.
d) Comi bastante maçãs.
Gabarito: d Explicação 47 ao 58 pelo Nirvana Atômico
49) Em relação à concordância nominal:
a) a sentença um está correta pelo uso da preposição DE antes do substantivo estranhos.
b) As duas sentenças estão incorretas pelo quanto ao uso do termo proibido(a).
c) Somente o primeiro anúncio está correto, pois não há necessidade de empregar o artigo em frases informativas.
d) Tanto o primeiro quanto o segundo anúncio estão de acordo com a norma culta padrão.
e) Somente o anúncio dois está correto pela presença do artigo A antes do substantivo entrada.
Gabarito: d Explicação 47 ao 58 pelo Nirvana Atômico
50) Leia as frases e assinale a alternativa que apresenta a informação correta:
I - Um grupo de pesquisadores prefere viajar para o interior do país.
II - Um grupo de pesquisadores preferem viajar para o interior do país.
III - Um por cento dos professores concordam com a administração.
A concordância verbal:
a) Está correta somente em II.
b) Está correta somente em I.
c) Está correta somente nas frases I e II.
d) Está correta somente nas frases II e III,
e) Está correta em todas as frases acima.
Gabarito: e Explicação 47 ao 58 pelo Nirvana Atômico
51) Cuidado com o "sal a gosto"
Quase todas as receitas trazem no final dos ingredientes um "sal a gosto". Mas "sal a gosto" não quer dizer "sal liberado"! O recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) são cinco gramas de sal por dia, no máximo. Mas... atenção: pelo menos __________ gramas já estão presentes naturalmente nos alimentos. O resto é que vem do sal adicionado à comida.
O brasileiro, no entanto, consome cerca de 12 gramas de sal por dia, o que equivale a 2,5 vezes a mais do que o recomendado.
Estudos da Sociedade Brasileira de Cardiologia e da Pesquisa de Orçamentos Familiares apontam que a maior parte do sódio consumido diariamente vem do sal de cozinha. E um quarto deste sal é adicionado à comida durante o preparo.
O excesso de sódio, principal componente do sal de cozinha, pode aumentar os riscos de doenças cardiovasculares, como acidente vascular cerebral (AVC) e hipertensão arterial. Mais de 30 milhões de brasileiros __________ pressão arterial elevada.
Então, o melhor a se fazer é tirar o saleiro da mesa e acostumar o paladar, afirmam os nutricionistas.
Fonte: clicrbs, lado natureba
Considerando-se a concordância dos termos, assinalar a alternativa que preenche as lacunas do texto corretamente.
a) duas - tem
b) duas - têm
c) dois - tem
e) dois - têm
Gabarito: e Explicação 47 ao 58 pelo Nirvana Atômico
a) Ela tem se comportado meia esquisita.
b) Fiquem alertas para o chamado!
c) Todos eles estão quite com o serviço eleitoral.
d) Esse fato já aconteceu bastantes vezes na história.
Gabarito: d Explicação 47 ao 58 pelo Nirvana Atômico
a) Muito antes de haver história, já existia seres humanos.
b) Animais bastante similares aos seres humanos modernos podiam ser encontrado por volta de 2,5 milhões de anos atrás.
c) Na África Oriental de 2 milhões de anos atrás, certas características humanas familiares poderiam ser muito bem observadas.
d) Esses humanos arcaicos competiam por status e poder, assim como ocorriam com os chimpanzés, os babuínos e os elefantes.
e) Eles próprios não havia de suspeitar que seus descendentes um dia viajariam à Lua.
Gabarito: c Explicação 47 ao 58 pelo Nirvana Atômico
__________ anos, estudiosos __________ acerca da contribuição que o conhecimento dos buracos negros podem trazer __________ nossas vidas.
a) Há ... têm questionado-se ... a
b) Há ... têm se questionado .... a
c) Há ... têm se questionado ... à
d) A ... têm questionado-se ... a
e) A ... têm se questionado ... à
Gabarito: c Explicação 47 ao 58 pelo Nirvana Atômico
a) O verbo fica no singular quando concorda com o pronome indefinido "ninguém"
b) O verbo fica no singular quando concorda com o pronome de tratamento "ninguém"
c) O verbo aceita ou plural ou singular quando concorda com o pronome indefinido "ninguém"
d) Nenhuma das alternativas.
Gabarito: a Explicação 47 ao 58 pelo Nirvana Atômico
Para __________, é muito difícil falar sobre isso. O homem tinha uma __________ quantia a ser paga a seus credores.
Como era __________, sabia que tinha muito a aprender.
a) eu - vultuosa - incipiente.
b) eu - vultosa - incipiente.
c) mim - vultuosa - insipiente.
d) mim - vultosa - insipiente.
Gabarito: d Explicação 47 ao 58 pelo Nirvana Atômico
a) Qualquer viagem é ótimo para para descansar.
b) Maçã é boa para a digestão.
c) Proibida a entrada.
d) Permitida passagem de bicicletas.
Gabarito: c Explicação 47 ao 58 pelo Nirvana Atômico
__________ em promover a igualdade de gênero e etnias, os episódios de "Jornada nas Estrelas" retratavam o empenho e a coragem __________ da tripulação que, conjuntamente, agia para superar todas as adversidades.
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas das frases devem ser preenchidas, correta e respectivamente, por:
a) interessada ... contínuas
b) interessada ... contínuos
c) interessado ... contínuos
d) interessados .... contínuos
e) interessados .... contínuas.
Gabarito: d Explicação 47 ao 58 pelo Nirvana Atômico
59) Identifique a frase em que há erro na concordância verbal:
a) Procedeu-se aos interrogatórios.
b) Arrependeram-se de tudo.
c) Fizeram-se nomeações.
d) Conserta-se pneus.
e) N.D.A.
Gabarito: d
pois o verbo consertar é V.T.D. e o sujeito é pneus, portanto deve concordar com o verbo. O correto é consertam-se pneus, ou pneus são consertados.
I - Ficarei muito satisfeito se, ao envelhecer, me __________ espiritualmente jovem.
II - Ontem os economistas __________ soluções para os problemas financeiros.
As formas verbais que preenchem corretamente as frases acima são:
a) manter - proporam
b) mantiver - propuseram
c) mantiver - propuserem
d) mantesse - propusessem
e) mantiver - proporam
Gabarito: b Explicação pelo Professor Fábio Alves
61) Analise a afirmativa em que estão devidamente classificadas as seguintes formas verbais: "Chegando do trabalho, espero que já tenha terminado a lição de casa."
a) futuro do subjuntivo, presente do subjuntivo.
b) infinitivo, pretérito imperfeito do subjuntivo.
c) infinitivo, presente do subjuntivo.
d) gerúndio, pretérito perfeito do subjuntivo.
e) futuro do subjuntivo, pretérito perfeito do subjuntivo.
62) Assinale a alternativa que completa corretamente os espaços
A entrada para o cinema foi __________, mas o filme o desenho __________ compensaram pois saímos todos __________.
a) cara - apresentada - alegre
b) cara - apresentado - alegre
c) caro - apresentados - alegres
d) cara - apresentados - alegres
e) cara - apresentados - alegre
Gabarito: d Explicação 62 ao 64 pelo Professor Noslen
63) Considerando a concordância nominal, assinale a frase correta:
a) Ela mesmo confirmou a realização do encontro.
b) Foi muito criticado pelos jornais a reedição da obra,
c) Ela ficou meia preocupada com a notícia.
d) Muito obrigada, querido, falou-me emocionada.
e) Anexos, remeto-lhes nossas últimas fotografias.
Gabarito: d Explicação 62 ao 64 pelo Professor Noslen
64) Há concordância nominal inadequada em:
a) Clima e terras desconhecidas.
b) Clima e terras desconhecidos.
c) Terras e clima desconhecidas.
d) Terras e clima desconhecido.
e) Terras e clima desconhecidos.
Gabarito: c Explicação 62 ao 64 pelo Professor Noslen
65) Se trocarmos o verbo haver pelo ter em "... há muito pouca coisa a dizer sobre o assunto.", a correta concordância verbal é a seguinte:
a) têm muito pouca coisa a dizer sobre o assunto.
b) tem muito pouca coisa a dizer sobre o assunto.
c) tiveram muito pouca coisa a dizer sobre o assunto.
d) terão muito pouca coisa a dizer sobre o assunto.
e) teriam tido muito pouca coisa a dizer sobre o assunto.
Gabarito: b
O livro não morrerá (fragmento)
Jean-Claude Carrière: Na última cúpula de Davos, em 2008, a propósito dos fenômenos que irão abalar a humanidade nos próximos 15 anos, um futurólogo consultado propunha deter-se apenas nos quatro principais, que lhe pareciam inexoráveis. O primeiro é um barril de petróleo a 500 dólares. O segundo diz respeito à água, fadada a tornar-se um produto comercial de troca exatamente como o petróleo. Teremos a cotação da água na Bolsa. A terceira previsão refere-se à África, que se tornará seguramente uma potência econômica nas próximas décadas, o que todos desejamos.
O quarto fenômeno, segundo esse profeta profissional, é o desaparecimento do livro.
Portanto, a questão é saber se a evaporação definitiva do livro, se ele de fato vier a desaparecer, pode ter consequências, para a humanidade, análogas às da escassez da água, por exemplo, ou de um petróleo inacessível.
Umberto Eco: O livro irá desaparecer em virtude do surgimento da Internet? Escrevi sobre o assunto na época, isto é, no momento em que a questão parecia pertinente. Agora, sempre que me pedem para eu me pronunciar, não faço senão reescrever o mesmo texto. Ninguém percebe isso, principalmente porque nada mais inédito do que foi publicado; e, depois, porque a opinião pública (ou pelo menos os jornalistas) tem sempre essa ideia fixa de que o livro vai desaparecer (ou então esses jornalistas que acham que seus leitores têm essa ideia fixa) e cada um formula incansavelmente a mesma indagação.
Na realidade, há muito pouca coisa a dizer sobre o assunto. Com a Internet, voltamos à era alfabética. Se um dia acreditamos ter entrado na civilização das imagens, eis que o computador nos reintroduz na galáxia de Gutemberg, e doravante todo mundo vê-se obrigado a ler. Para ler, é preciso um suporte. Esse suporte não pode ser apenas o computador, e seus olhos viram bolas de tênis. Tenho em casa óculos polaróides que protegem meus olhos contra os dados de uma leitura contínua na tela. A propósito, o computador depende da eletricidade e não pode ser lido numa banheira, tampouco deitado na cama. Logo, o livro se apresenta como uma ferramenta mais flexível.
Das duas, uma: ou o livro permanecerá o suporte da leitura, ou existirá alguma coisa similar ao que o livro nunca deixou de ser, mesmo antes da invenção da tipografia. As variações em torno do objeto livro não modificaram sua função, nem sua sintaxe, em mais de quinhentos anos. O livro é como a colher, o martelo, a roda ou a tesoura. Uma vez invetados, não podem ser aprimorados. Você não pode fazer uma colher melhor que uma colher. Designers tentam melhorar, por exemplo, o saca-rolhas, com sucessos bem modestos, e, por sinal a maioria nem funciona direito. Philippe Starck tentou inovar do lado dos espremedores de limão, mas o dele (para salvaguardar certa pureza estética) deixa passar os caroços.
O livro venceu seus desafios e não vemos como, para o mesmo uso, poderíamos fazer algo melhor que o próprio livro. Talvez ele evolua em seus componentes, talvez as páginas não sejam mais de papel. Mas ele permanecerá o que é.
(CARRIÈRE, Jean-Claude & ECO, Umberto. (trad. André Telles). Não contem com o fim do livro. Rio de Janeiro: Record, 2010, páginas 07-09)
c) o uso do masculino plural nos dois vocábulos se justifica apenas por ser uma tradição desse emprego mais generalizante da língua;
d) o uso do masculino plural nos dois vocábulos não se justifica por nenhum aspecto, o autor cometeu um erro;
e) também é lícito, nesse caso, fazer a concordância apenas no masculino singular.
Gabarito: a
67) Observando as grandes migrações na América Latinam fica evidente que __________ apesar de todos __________.
Assinale a alternativa cujas informações preenchem, correta e respectivamente, as lacunas da frase, de acordo com a norma-padrão.
a) ainda está presente a discriminação e a falta de solidariedade ... ser herdeiro dos mesmos processos do colonizador.
b) a discriminação e a falta de solidariedade ainda estão presente ... sermos herdeiros dos mesmos processos colonizadores.
c) a discriminação e a falta de solidariedade ainda estão presentes ... sermos herdeiros dos mesmos processos colonizadores.
d) a discriminação e a falta de solidariedade ainda está presente ... sermos herdeiro dos mesmos processos colonizadores.
e) ainda estão presentes a discriminação e a falta de solidariedade ... ser herdeiros dos mesmos processo colonizador.
Gabarito: c 67 ao 85 Explicação pela Professora Goreti Rocha *Veja também a lista de Morfologia
68) Assinale a alternativa quanto à concordância nominal e verbal, de acordo com a norma-padrão.
a) Ainda que se viva tão espremido nos centros urbanos, existem muita gente isolada, pois, cada vez menos, se faz contatos humanos.
b) Ainda que se vivam tão espremidas nos centros urbanos, existem muitas pessoas isoladas, pois, cada vez menos, ocorrem contatos humanos.
c) Ainda que se viva tão espremida nos centros urbanos, se vê muitas pessoas isoladas; pois, cada vez menos, acontece contatos humanos.
d) Ainda que se vivam tão espremidas nos centros urbanos, há muita gente isolada, pois, cada vez menos, tem contatos humanos.
e) Ainda que vivam tão espremidas nos centros urbanos, existe muitas pessoas isoladas, pois, cada vez menos, se estabelecem contatos humanos.
Gabarito: b 67 ao 85 Explicação pela Professora Goreti Rocha
69) Ao empregar no plural o termo destacado na frase - Não haverá mágico que consiga mudar essa realidade. -, a redação correta, conforme a norma-padrão, será:
a) Não haverá mágicos que consigam mudar essa realidade.
b) Não haverá mágicos que consiga mudar essa realidade.
c) Não haverão mágicos que consigam mudar essa realidade.
d) Não haverão mágicos que consiga mudar essa realidade.
e) Não haverão mágicos que consigam mudarem essa realidade.
Gabarito: a 67 ao 85 Explicação pela Professora Goreti Rocha
70) Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal
a) A mudança de direção da economia fazem com que se altere o tamanho das jornadas de trabalho, por exemplo.
b) Existe indivíduos que, sem carteira de trabalho assinada, enfrentam grande dificuldade para obter novos recursos.
c) Os investimentos realizados e os custos trabalhistas fizeram com que muitas empresas optassem por manter seus funcionários.
d) São as dívidas que faz com que grande número dos consumidores não estejam em dia com suas obrigações.
e) Dados recentes da Associação Nacional dos Birôs de crédito mostra que 59 milhões de consumidores não pode obter novos créditos.
Gabarito: c 67 ao 85 Explicação pela Professora Goreti Rocha
71) Assinale a alternativa que preenche as lacunas do texto, segundo a norma-padrão de concordância e emprego do sinal de crase
Quando ___________ os benefícios de acesso __________ bibliotecas digitais, de imediato, como entrave, surge referência __________ Lei do Direito Autoral. Mudanças tecnológicas __________ do que os legisladores em aprovar leis e normas __________.
a) se comenta - a - a - surgem mais rápido - aplicáveis a elas.
b) é considerado - à - à - tem surgido mais rápidas - aplicável à elas.
c) se observam - à - a - vem sendo mais rápidas - aplicáveis aquelas.
d) são avaliados - a - a - surgem mais rápido - aplicável a elas.
e) se mencionam - a - à - têm sido mais rápidas - aplicáveis àquelas.
Gabarito: e 67 ao 85 Explicação pela Professora Goreti Rocha
72) De acordo com a norma padrão da língua portuguesa, a concordância verbal e nominal está correto em:
a) Nessa locadora existe à disposição dos clientes filmes policiais renomados, tanto nacionais como estrangeiros.
b) À porta do hotel, havia repórteres aguardando a entrevista com o ator escolhido para ser James Blond nos próximos filmes da série.
c) Depois de ouvida atentamente as reprimendas do delegado, o velhinho justificou-se dizendo que importunava a vizinha apenas para divertir-se um pouco.
d) A senhora indignou-se com as pedras que sujavam seu varal e, embora idosa, resolveu ela mesma ir à delegacia.
e) Graças à intervenção do delegado, o caso foi encerrado de forma que todos estivessem quite com a justiça.
Gabarito: b 67 ao 85 Explicação pela Professora Goreti Rocha
73) Lobo diz que há negociações com três dessas cooperativas para possível parceria.
A forma verbal em destaque está substituída corretamente, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, por:
a) existe
b) têm sido realizado
c) se realiza
d) têm ocorrido
e) acontece
Gabarito: d 67 ao 85 Explicação pela Professora Goreti Rocha
74) Muitos anos se __________ desde que o primeiro corredor de ônibus foi inaugurado em São Paulo. Quando estavam sendo implantados, __________ muitas pessoas que desconfiavam da sua utilidade. Mas, de maneira geral, esses corredores se tornaram bem __________ pela população. O desafio agora é fazer o público aceitar a ideia de que as ciclofaixas atualmente são necessárias, bem como é necessária a implantação de novas __________.
Considerando-se as regras de concordância verbal e nominal, as lacunas do texto devem ser preenchidas, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, com:
a) passou ... havia ... aceito ... existente.
b) passaram .. havia ... aceitos ... existentes.
c) passou ... haviam .. aceitos ... existentes.
d) passaram ... havia ... aceito ... existente.
e) passaram ... haviam ... aceitos ... existente.
Gabarito: b 67 ao 85 Explicação pela Professora Goreti Rocha
75) Considerando-se a norma-padrão da língua portuguesa, assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do texto:
As contratações públicas sustentáveis são aquelas em que __________ as aquisições de bens com especificações ou critérios mais sustentáveis ou eficientes, como o caso dos condicionadores de ar classe A. Para os casos de sistemas de ar condicionado mais eficientes, já __________ critérios, podem ser adotados para torná-las mais __________.
a) se prioriza ... existe ... sustentáveis
b) se priorizam .... existem .... sustentável
c) é priorizado ... existem ... sustentável
d) são priorizadas ... existe ... sustentáveis
e) são priorizadas ... existem ... sustentáveis
Gabarito: e 67 ao 85 Explicação pela Professora Goreti Rocha
76) Há seis anos, a cidade de Recife começou a enfrentar o problema.
Nessa frase, substituindo o verbo haver pelo verbo fazer conjugado no pretérito imperfeito do indicativo, obtém-se
a) Fazia seis anos
b) Faz seis anos
c) Fazem seis anos
d) Faziam seis anos
e) Fez seis anos
Gabarito: a 67 ao 85 Explicação pela Professora Goreti Rocha
77) Assinale a alternativa cujos verbos substituem, correta, respectivamente e sem prejuízo para o sentido do texto, os termos em destaque:
Há vários modelos de e-bikes disponíveis no mercado e há meses que algumas metrópoles já vêm se adaptando a esse novo meio de transporte.
a) Tem .... fazem
b) Existem ... fazem
c) Existem ... faz
d) Existe ... faz
e) Existem ... têm
Gabarito: c 67 ao 85 Explicação pela Professora Goreti Rocha
78) Assinale a alternativa correta quanto à concordância das formas verbais em destaque:
a) Haviam mais de mil pessoas participando do evento sobre energia renovável.
b) Devem ser duas da tarde e a palestra do pesquisador inglês começará em instantes.
c) Apareceu muitos convidados ilustres para ouvirem o especialista falar.
d) Pode existir muitas máquinas capazes de substituir os homens e algumas funções.
e) Vão fazer anos que a informática deixou de ser usada apenas em situações de trabalho.
Gabarito: b 67 ao 85 Explicação pela Professora Goreti Rocha
79) Assinale a alternativa que reescreve passagem do texto, apresentando concordância de acordo com a norma-padrão.
a) Fazem quase cem anos que o colégio dos jesuítas decidiram expulsar um adolescente mineiro.
b) Passou-se muitos anos, e a expulsão daquele adolescente acabou fazendo parte das distinções que compõem sua biografia.
c) Não haviam motivos para o estudante se sentir obrigado a rezar o Padre Nosso, dado sua condição de ateu.
d) Acabou ficando notório ambas as expulsões, tanto a de Drumond quanto a de Ciel: a teimosia dos dois os aproximaram.
e) Foram de apoio à atitude do estudante ateu as reações do caso, não se vislumbraram motivos para exigir de alguém contrariar seus princípios.
Gabarito: e 67 ao 85 Explicação pela Professora Goreti Rocha
80) Assinale a opção cujo período apresente erro na sintaxe ou morfologia das formas verbais
a) Haviam, entre os meses de outubro e dezembro, o corrido pancadas de chuva tão violentas que as estradas estavam em péssimas condições.
b) Se houver desistências, as vagas poderão ser preenchidas por candidatos sem habilitação legal.
c) Embora muitas dificuldades houvessem surgido, os trabalhos foram concluídos em tempo hábil.
d) Todas as opiniões que houvesse entre os participantes do encontro seriam debatidas democraticamente.
e) Ninguém sabe se vão haver ou não novas inscrições para o concurso anunciado há duas semanas.
Gabarito: e 67 ao 85 Explicação pela Professora Goreti Rocha
81) Em - Existirão outras maneiras. - substituindo-se o verbo existir pela locução deve haver, mantendo-se o mesmo tempo verbal, obtém-se, segundo as regras de concordância verbal.
a) Deviam haver outras maneiras.
b) Devia haverem outras maneiras.
c) Deverá haver outras maneiras.
d) Devem haver outras maneiras.
e) Deverão haver outras maneiras.
Gabarito: c 67 ao 85 Explicação pela Professora Goreti Rocha
82) Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal e nominal.
a) Esperando pelo diretor, haviam muitos candidatos ao cargo de gerente.
b) Faltou alguns dados para que o consultor pudesse avaliar adequadamente a situação.
c) Em 2012, fará cinco anos que a empresa iniciou suas exportações.
d) Entusiasmado, apesar dos contratempos, os sócios inauguraram a terceira filial da loja.
e) Os funcionários, vestido com muita elegância, representaram bem a instituição em uma feira internacional.
Gabarito: c 67 ao 85 Explicação pela Professora Goreti Rocha
85) Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas de acordo com a norma-padrão escrita da língua portuguesa.
__________ melhorias nos indicadores socioeconômicos, o que __________ na percepção que os moradores de favela têm do lugar que __________.
a) Houveram ... repercutiu ... habita
b) Houve ... repercutiram ... habita
c) Houveram ... repercutiram ... habitam
d) Houve ... repercutiu ... habitam
e) Houve ... repercutiram ... habitam
Gabarito: d 67 ao 85 Explicação pela Professora Goreti Rocha
86) Indique a alternativa cujos verbos preenchem adequadamente as lacunas abaixo:
"Assim que forem __________ os documentos e __________ os problemas, será __________ a razão das grandes despesas em nossa repartição.
a) lidos, resolvidos, discutida
b) lidos, resolvidos, discutido
c) lidos, resolvida, discutidas
d) lido, resolvido, discutida
Gabarito: a
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a) têm muito pouca coisa a dizer sobre o assunto.
b) tem muito pouca coisa a dizer sobre o assunto.
c) tiveram muito pouca coisa a dizer sobre o assunto.
d) terão muito pouca coisa a dizer sobre o assunto.
e) teriam tido muito pouca coisa a dizer sobre o assunto.
Gabarito: b
O livro não morrerá (fragmento)
Jean-Claude Carrière: Na última cúpula de Davos, em 2008, a propósito dos fenômenos que irão abalar a humanidade nos próximos 15 anos, um futurólogo consultado propunha deter-se apenas nos quatro principais, que lhe pareciam inexoráveis. O primeiro é um barril de petróleo a 500 dólares. O segundo diz respeito à água, fadada a tornar-se um produto comercial de troca exatamente como o petróleo. Teremos a cotação da água na Bolsa. A terceira previsão refere-se à África, que se tornará seguramente uma potência econômica nas próximas décadas, o que todos desejamos.
O quarto fenômeno, segundo esse profeta profissional, é o desaparecimento do livro.
Portanto, a questão é saber se a evaporação definitiva do livro, se ele de fato vier a desaparecer, pode ter consequências, para a humanidade, análogas às da escassez da água, por exemplo, ou de um petróleo inacessível.
Umberto Eco: O livro irá desaparecer em virtude do surgimento da Internet? Escrevi sobre o assunto na época, isto é, no momento em que a questão parecia pertinente. Agora, sempre que me pedem para eu me pronunciar, não faço senão reescrever o mesmo texto. Ninguém percebe isso, principalmente porque nada mais inédito do que foi publicado; e, depois, porque a opinião pública (ou pelo menos os jornalistas) tem sempre essa ideia fixa de que o livro vai desaparecer (ou então esses jornalistas que acham que seus leitores têm essa ideia fixa) e cada um formula incansavelmente a mesma indagação.
Na realidade, há muito pouca coisa a dizer sobre o assunto. Com a Internet, voltamos à era alfabética. Se um dia acreditamos ter entrado na civilização das imagens, eis que o computador nos reintroduz na galáxia de Gutemberg, e doravante todo mundo vê-se obrigado a ler. Para ler, é preciso um suporte. Esse suporte não pode ser apenas o computador, e seus olhos viram bolas de tênis. Tenho em casa óculos polaróides que protegem meus olhos contra os dados de uma leitura contínua na tela. A propósito, o computador depende da eletricidade e não pode ser lido numa banheira, tampouco deitado na cama. Logo, o livro se apresenta como uma ferramenta mais flexível.
Das duas, uma: ou o livro permanecerá o suporte da leitura, ou existirá alguma coisa similar ao que o livro nunca deixou de ser, mesmo antes da invenção da tipografia. As variações em torno do objeto livro não modificaram sua função, nem sua sintaxe, em mais de quinhentos anos. O livro é como a colher, o martelo, a roda ou a tesoura. Uma vez invetados, não podem ser aprimorados. Você não pode fazer uma colher melhor que uma colher. Designers tentam melhorar, por exemplo, o saca-rolhas, com sucessos bem modestos, e, por sinal a maioria nem funciona direito. Philippe Starck tentou inovar do lado dos espremedores de limão, mas o dele (para salvaguardar certa pureza estética) deixa passar os caroços.
O livro venceu seus desafios e não vemos como, para o mesmo uso, poderíamos fazer algo melhor que o próprio livro. Talvez ele evolua em seus componentes, talvez as páginas não sejam mais de papel. Mas ele permanecerá o que é.
(CARRIÈRE, Jean-Claude & ECO, Umberto. (trad. André Telles). Não contem com o fim do livro. Rio de Janeiro: Record, 2010, páginas 07-09)
66) A correta apreciação da concordância nominal efetuada em "Uma vez inventados, não podem ser aprimorados" (6º parágrafo) é a seguinte:
a) o uso do masculino plural nos dois vocábulos se justifica porque todos eles concordam com a sequência de substantivos mencionados anteriormente: a colher, o martelo, a roda ou a tesoura;
b) o uso do masculino plural nos dois vocábulos não se justifica porque nem todos eles concordam com a sequência de substantivos mencionados anteriormente: a colher, o martelo, a roda ou a tesoura;c) o uso do masculino plural nos dois vocábulos se justifica apenas por ser uma tradição desse emprego mais generalizante da língua;
d) o uso do masculino plural nos dois vocábulos não se justifica por nenhum aspecto, o autor cometeu um erro;
e) também é lícito, nesse caso, fazer a concordância apenas no masculino singular.
Gabarito: a
67) Observando as grandes migrações na América Latinam fica evidente que __________ apesar de todos __________.
Assinale a alternativa cujas informações preenchem, correta e respectivamente, as lacunas da frase, de acordo com a norma-padrão.
a) ainda está presente a discriminação e a falta de solidariedade ... ser herdeiro dos mesmos processos do colonizador.
b) a discriminação e a falta de solidariedade ainda estão presente ... sermos herdeiros dos mesmos processos colonizadores.
c) a discriminação e a falta de solidariedade ainda estão presentes ... sermos herdeiros dos mesmos processos colonizadores.
d) a discriminação e a falta de solidariedade ainda está presente ... sermos herdeiro dos mesmos processos colonizadores.
e) ainda estão presentes a discriminação e a falta de solidariedade ... ser herdeiros dos mesmos processo colonizador.
Gabarito: c 67 ao 85 Explicação pela Professora Goreti Rocha *Veja também a lista de Morfologia
68) Assinale a alternativa quanto à concordância nominal e verbal, de acordo com a norma-padrão.
a) Ainda que se viva tão espremido nos centros urbanos, existem muita gente isolada, pois, cada vez menos, se faz contatos humanos.
b) Ainda que se vivam tão espremidas nos centros urbanos, existem muitas pessoas isoladas, pois, cada vez menos, ocorrem contatos humanos.
c) Ainda que se viva tão espremida nos centros urbanos, se vê muitas pessoas isoladas; pois, cada vez menos, acontece contatos humanos.
d) Ainda que se vivam tão espremidas nos centros urbanos, há muita gente isolada, pois, cada vez menos, tem contatos humanos.
e) Ainda que vivam tão espremidas nos centros urbanos, existe muitas pessoas isoladas, pois, cada vez menos, se estabelecem contatos humanos.
Gabarito: b 67 ao 85 Explicação pela Professora Goreti Rocha
69) Ao empregar no plural o termo destacado na frase - Não haverá mágico que consiga mudar essa realidade. -, a redação correta, conforme a norma-padrão, será:
a) Não haverá mágicos que consigam mudar essa realidade.
b) Não haverá mágicos que consiga mudar essa realidade.
c) Não haverão mágicos que consigam mudar essa realidade.
d) Não haverão mágicos que consiga mudar essa realidade.
e) Não haverão mágicos que consigam mudarem essa realidade.
Gabarito: a 67 ao 85 Explicação pela Professora Goreti Rocha
70) Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal
a) A mudança de direção da economia fazem com que se altere o tamanho das jornadas de trabalho, por exemplo.
b) Existe indivíduos que, sem carteira de trabalho assinada, enfrentam grande dificuldade para obter novos recursos.
c) Os investimentos realizados e os custos trabalhistas fizeram com que muitas empresas optassem por manter seus funcionários.
d) São as dívidas que faz com que grande número dos consumidores não estejam em dia com suas obrigações.
e) Dados recentes da Associação Nacional dos Birôs de crédito mostra que 59 milhões de consumidores não pode obter novos créditos.
Gabarito: c 67 ao 85 Explicação pela Professora Goreti Rocha
71) Assinale a alternativa que preenche as lacunas do texto, segundo a norma-padrão de concordância e emprego do sinal de crase
Quando ___________ os benefícios de acesso __________ bibliotecas digitais, de imediato, como entrave, surge referência __________ Lei do Direito Autoral. Mudanças tecnológicas __________ do que os legisladores em aprovar leis e normas __________.
a) se comenta - a - a - surgem mais rápido - aplicáveis a elas.
b) é considerado - à - à - tem surgido mais rápidas - aplicável à elas.
c) se observam - à - a - vem sendo mais rápidas - aplicáveis aquelas.
d) são avaliados - a - a - surgem mais rápido - aplicável a elas.
e) se mencionam - a - à - têm sido mais rápidas - aplicáveis àquelas.
Gabarito: e 67 ao 85 Explicação pela Professora Goreti Rocha
72) De acordo com a norma padrão da língua portuguesa, a concordância verbal e nominal está correto em:
a) Nessa locadora existe à disposição dos clientes filmes policiais renomados, tanto nacionais como estrangeiros.
b) À porta do hotel, havia repórteres aguardando a entrevista com o ator escolhido para ser James Blond nos próximos filmes da série.
c) Depois de ouvida atentamente as reprimendas do delegado, o velhinho justificou-se dizendo que importunava a vizinha apenas para divertir-se um pouco.
d) A senhora indignou-se com as pedras que sujavam seu varal e, embora idosa, resolveu ela mesma ir à delegacia.
e) Graças à intervenção do delegado, o caso foi encerrado de forma que todos estivessem quite com a justiça.
Gabarito: b 67 ao 85 Explicação pela Professora Goreti Rocha
73) Lobo diz que há negociações com três dessas cooperativas para possível parceria.
A forma verbal em destaque está substituída corretamente, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, por:
a) existe
b) têm sido realizado
c) se realiza
d) têm ocorrido
e) acontece
Gabarito: d 67 ao 85 Explicação pela Professora Goreti Rocha
74) Muitos anos se __________ desde que o primeiro corredor de ônibus foi inaugurado em São Paulo. Quando estavam sendo implantados, __________ muitas pessoas que desconfiavam da sua utilidade. Mas, de maneira geral, esses corredores se tornaram bem __________ pela população. O desafio agora é fazer o público aceitar a ideia de que as ciclofaixas atualmente são necessárias, bem como é necessária a implantação de novas __________.
Considerando-se as regras de concordância verbal e nominal, as lacunas do texto devem ser preenchidas, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, com:
a) passou ... havia ... aceito ... existente.
b) passaram .. havia ... aceitos ... existentes.
c) passou ... haviam .. aceitos ... existentes.
d) passaram ... havia ... aceito ... existente.
e) passaram ... haviam ... aceitos ... existente.
Gabarito: b 67 ao 85 Explicação pela Professora Goreti Rocha
75) Considerando-se a norma-padrão da língua portuguesa, assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do texto:
As contratações públicas sustentáveis são aquelas em que __________ as aquisições de bens com especificações ou critérios mais sustentáveis ou eficientes, como o caso dos condicionadores de ar classe A. Para os casos de sistemas de ar condicionado mais eficientes, já __________ critérios, podem ser adotados para torná-las mais __________.
a) se prioriza ... existe ... sustentáveis
b) se priorizam .... existem .... sustentável
c) é priorizado ... existem ... sustentável
d) são priorizadas ... existe ... sustentáveis
e) são priorizadas ... existem ... sustentáveis
Gabarito: e 67 ao 85 Explicação pela Professora Goreti Rocha
76) Há seis anos, a cidade de Recife começou a enfrentar o problema.
Nessa frase, substituindo o verbo haver pelo verbo fazer conjugado no pretérito imperfeito do indicativo, obtém-se
a) Fazia seis anos
b) Faz seis anos
c) Fazem seis anos
d) Faziam seis anos
e) Fez seis anos
Gabarito: a 67 ao 85 Explicação pela Professora Goreti Rocha
77) Assinale a alternativa cujos verbos substituem, correta, respectivamente e sem prejuízo para o sentido do texto, os termos em destaque:
Há vários modelos de e-bikes disponíveis no mercado e há meses que algumas metrópoles já vêm se adaptando a esse novo meio de transporte.
a) Tem .... fazem
b) Existem ... fazem
c) Existem ... faz
d) Existe ... faz
e) Existem ... têm
Gabarito: c 67 ao 85 Explicação pela Professora Goreti Rocha
78) Assinale a alternativa correta quanto à concordância das formas verbais em destaque:
a) Haviam mais de mil pessoas participando do evento sobre energia renovável.
b) Devem ser duas da tarde e a palestra do pesquisador inglês começará em instantes.
c) Apareceu muitos convidados ilustres para ouvirem o especialista falar.
d) Pode existir muitas máquinas capazes de substituir os homens e algumas funções.
e) Vão fazer anos que a informática deixou de ser usada apenas em situações de trabalho.
Gabarito: b 67 ao 85 Explicação pela Professora Goreti Rocha
79) Assinale a alternativa que reescreve passagem do texto, apresentando concordância de acordo com a norma-padrão.
a) Fazem quase cem anos que o colégio dos jesuítas decidiram expulsar um adolescente mineiro.
b) Passou-se muitos anos, e a expulsão daquele adolescente acabou fazendo parte das distinções que compõem sua biografia.
c) Não haviam motivos para o estudante se sentir obrigado a rezar o Padre Nosso, dado sua condição de ateu.
d) Acabou ficando notório ambas as expulsões, tanto a de Drumond quanto a de Ciel: a teimosia dos dois os aproximaram.
e) Foram de apoio à atitude do estudante ateu as reações do caso, não se vislumbraram motivos para exigir de alguém contrariar seus princípios.
Gabarito: e 67 ao 85 Explicação pela Professora Goreti Rocha
80) Assinale a opção cujo período apresente erro na sintaxe ou morfologia das formas verbais
a) Haviam, entre os meses de outubro e dezembro, o corrido pancadas de chuva tão violentas que as estradas estavam em péssimas condições.
b) Se houver desistências, as vagas poderão ser preenchidas por candidatos sem habilitação legal.
c) Embora muitas dificuldades houvessem surgido, os trabalhos foram concluídos em tempo hábil.
d) Todas as opiniões que houvesse entre os participantes do encontro seriam debatidas democraticamente.
e) Ninguém sabe se vão haver ou não novas inscrições para o concurso anunciado há duas semanas.
Gabarito: e 67 ao 85 Explicação pela Professora Goreti Rocha
81) Em - Existirão outras maneiras. - substituindo-se o verbo existir pela locução deve haver, mantendo-se o mesmo tempo verbal, obtém-se, segundo as regras de concordância verbal.
a) Deviam haver outras maneiras.
b) Devia haverem outras maneiras.
c) Deverá haver outras maneiras.
d) Devem haver outras maneiras.
e) Deverão haver outras maneiras.
Gabarito: c 67 ao 85 Explicação pela Professora Goreti Rocha
82) Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal e nominal.
a) Esperando pelo diretor, haviam muitos candidatos ao cargo de gerente.
b) Faltou alguns dados para que o consultor pudesse avaliar adequadamente a situação.
c) Em 2012, fará cinco anos que a empresa iniciou suas exportações.
d) Entusiasmado, apesar dos contratempos, os sócios inauguraram a terceira filial da loja.
e) Os funcionários, vestido com muita elegância, representaram bem a instituição em uma feira internacional.
Gabarito: c 67 ao 85 Explicação pela Professora Goreti Rocha
83) Leia as frases a seguir:
Havia onze pessoas jogando pedras e pedaços de madeira no animal.
Existiam muitos ferimentos no boi.
Havia muita gente assustando o boi numa avenida movimentada.
Substituindo-se o verbo haver pelo verbo existir e este pelo verbo haver, nas três frases, têm-se, respectivamente.
a) Existia - Haviam - Existiam
b) Existiam - Havia - Existiam
c) Existiam - Haviam - Existiam
d) Existiam - Havia - Existia
e) Existia - Havia - Existia
Gabarito: d 67 ao 85 Explicação pela Professora Goreti Rocha
84) Quantas árvores __________ em São Paulo? É provável que você não saiba. Nem o poder público da cidade de 459 anos. O prefeito Fernando Haddad e sua equipe se __________ a resolver o mistério: anunciavam __________ duas semanas que realizarão, em dois anos, o inédito censo verde paulistano.
Assinale a alternativa cujos termos preenchem, corretamente e respectivamente, as lacunas do trecho adaptado.
a) existe ... comprometeu ... têm
b) hajam ... comprometeram ... fazem
c) existem ... comprometeram ... faz
d) existem.... comprometerão ... fazem
e) hajam ... comprometeram ... tem
Gabarito: c 67 ao 85 Explicação pela Professora Goreti Rocha
85) Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas de acordo com a norma-padrão escrita da língua portuguesa.
__________ melhorias nos indicadores socioeconômicos, o que __________ na percepção que os moradores de favela têm do lugar que __________.
a) Houveram ... repercutiu ... habita
b) Houve ... repercutiram ... habita
c) Houveram ... repercutiram ... habitam
d) Houve ... repercutiu ... habitam
e) Houve ... repercutiram ... habitam
Gabarito: d 67 ao 85 Explicação pela Professora Goreti Rocha
86) Indique a alternativa cujos verbos preenchem adequadamente as lacunas abaixo:
"Assim que forem __________ os documentos e __________ os problemas, será __________ a razão das grandes despesas em nossa repartição.
a) lidos, resolvidos, discutida
b) lidos, resolvidos, discutido
c) lidos, resolvida, discutidas
d) lido, resolvido, discutida
Gabarito: a
https://www.youtube.com/watch?v=WTcVMUQR264
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