O livro não morrerá (fragmento)
Jean-Claude Carrière: Na última cúpula de Davos, em 2008, a propósito dos fenômenos que irão abalar a humanidade nos próximos 15 anos, um futurólogo consultado propunha deter-se apenas nos quatro principais, que lhe pareciam inexoráveis. O primeiro é um barril de petróleo a 500 dólares. O segundo diz respeito à água, fadada a tornar-se um produto comercial de troca exatamente como o petróleo. Teremos a cotação da água na Bolsa. A terceira previsão refere-se à África, que se tornará seguramente uma potência econômica nas próximas décadas, o que todos desejamos.
O quarto fenômeno, segundo esse profeta profissional, é o desaparecimento do livro.
Portanto, a questão é saber se a evaporação definitiva do livro, se ele de fato vier a desaparecer, pode ter consequências, para a humanidade, análogas às da escassez da água, por exemplo, ou de um petróleo inacessível.
Umberto Eco: O livro irá desaparecer em virtude do surgimento da Internet? Escrevi sobre o assunto na época, isto é, no momento em que a questão parecia pertinente. Agora, sempre que me pedem para eu me pronunciar, não faço senão reescrever o mesmo texto. Ninguém percebe isso, principalmente porque nada mais inédito do que foi publicado; e, depois, porque a opinião pública (ou pelo menos os jornalistas) tem sempre essa ideia fixa de que o livro vai desaparecer (ou então esses jornalistas que acham que seus leitores têm essa ideia fixa) e cada um formula incansavelmente a mesma indagação.
Na realidade, há muito pouca coisa a dizer sobre o assunto. Com a Internet, voltamos à era alfabética. Se um dia acreditamos ter entrado na civilização das imagens, eis que o computador nos reintroduz na galáxia de Gutemberg, e doravante todo mundo vê-se obrigado a ler. Para ler, é preciso um suporte. Esse suporte não pode ser apenas o computador, e seus olhos viram bolas de tênis. Tenho em casa óculos polaróides que protegem meus olhos contra os dados de uma leitura contínua na tela. A propósito, o computador depende da eletricidade e não pode ser lido numa banheira, tampouco deitado na cama. Logo, o livro se apresenta como uma ferramenta mais flexível.
Das duas, uma: ou o livro permanecerá o suporte da leitura, ou existirá alguma coisa similar ao que o livro nunca deixou de ser, mesmo antes da invenção da tipografia. As variações em torno do objeto livro não modificaram sua função, nem sua sintaxe, em mais de quinhentos anos. O livro é como a colher, o martelo, a roda ou a tesoura. Uma vez invetados, não podem ser aprimorados. Você não pode fazer uma colher melhor que uma colher. Designers tentam melhorar, por exemplo, o saca-rolhas, com sucessos bem modestos, e, por sinal a maioria nem funciona direito. Philippe Starck tentou inovar do lado dos espremedores de limão, mas o dele (para salvaguardar certa pureza estética) deixa passar os caroços.
O livro venceu seus desafios e não vemos como, para o mesmo uso, poderíamos fazer algo melhor que o próprio livro. Talvez ele evolua em seus componentes, talvez as páginas não sejam mais de papel. Mas ele permanecerá o que é.
(CARRIÈRE, Jean-Claude & ECO, Umberto. (trad. André Telles). Não contem com o fim do livro. Rio de Janeiro: Record, 2010, páginas 07-09)
Em relação à expressão "bolas de tênis" é correto afirmar que:
a) foi empregada em sentido denotativo, sem qualquer uso estilístico;
b) foi empregada em sentido conotativo, uma vez que foi empregado o sentido figurado.
c) foi empregada em sentido denotativo;
d) foi empregada em sentido conotativo, ou seja, em seu sentido próprio;
e) não foi empregada em nenhum sentido especial.
Gabarito: b
3) 1 Quando o filósofo Clément Rosset afirma, a respeito de Nietzsche, que “a alegria é a força maior”, ele deseja mostrar que a alegria não é um sentimento dentre outros, mas a força motriz que nos impele à vida, uma espécie de grande “sim” à existência em todas as suas facetas. Afinal, este sentimento envolve todos os nossos sentidos e nos fortalece de tal maneira que, uma vez alegres, nada mais parece pesar em nós. É que a alegria, quando vivida em profundidade, não deixa espaço para mais nada − razão pela qual Leibniz a defendia como um sentimento totalizante que, estando presente, domina todos os demais. Totalizante ou apenas dominante, a alegria, para Nietzsche, é a força que nos coloca em movimento, é aquilo que nos faz agir, é o que nos faz querer viver.
2 É claro que nem todos entendem a alegria desse modo. Para muitos, ela é apenas um ímpeto passageiro, uma sensação fugaz de contentamento e júbilo, algo que apenas contrasta com a dor, geralmente considerada mais permanente e profunda. Porém, para filósofos como Nietzsche e, sobretudo, Espinosa, ela é um sentimento vital, afirmativo, que se confunde com a própria potência de existir. Neste caso, ela pode ser definida como uma disposição favorável com relação à vida. Eis porque o homem alegre é sempre alegre, mesmo quando está triste (ao contrário do homem angustiado, que sempre é angustiado mesmo quando tem motivos para estar alegre).
3 Em poucas palavras, é preciso que se entenda que sem alegrias o corpo vai adoecendo e a paralisia das ações torna-se inexorável. É a ocasião certa para a angústia se instalar e afunilar nossa percepção da vida. Porque é isto exatamente a angústia: uma sensação ou sentimento de vazio, de incompletude, de insignificância, uma espécie de afunilamento, de perda de perspectiva, de indisposição com a vida. É quando o niilismo se instala no âmago do ser e a própria vida é vista como nada.
4 Espinosa usa o conceito de “conatus” para definir esta força de existir inerente a cada ser (que aumenta e diminui ao longo da existência em função dos encontros alegres ou tristes que fazemos). É por isso que Nietzsche afirma que os pessimistas e niilistas, ao julgarem a vida má e pesada, nada mais fazem do que revelar sua própria impotência e fraqueza diante dela.
(SCHöPKE, Regina. O Globo: 04/09/2010.)
29) Leia os provérbios (itens A e B) e a citação (item C) abaixo.
A. “A palavra é prata, o silêncio é ouro.”
B. “Os sábios não dizem o que sabem, os tolos não sabem o que dizem.”
C. “Há coisas que melhor se dizem calando.” (Machado de Assis)
Com base na leitura acima, assinale a(s) V paras a verdadeiras e F para as falsas
( ) Em cada um dos provérbios observa-se um paralelismo sintático, que ajuda a conferir ritmo ao provérbio e favorece sua memorização.
( ) No provérbio (A) ocorrem duas metáforas.
( ) No provérbio (B) as orações “o que sabem” e “o que dizem” funcionam como adjetivos que caracterizam, respectivamente, os sábios e os tolos.
( ) Tanto o item A quanto o item C funcionam como elogios à discrição.
( ) A frase de Machado de Assis contém um pleonasmo, porque é um exagero dizer que se pode falar calado.
( ) No provérbio (B) temos a figura de linguagem paradoxo, porque é absurdo que os sábios tenham que se calar para que os tolos falem.
Gabarito: V, V, F, V, F, F
As proposições corretas são:
Em cada um dos provérbios observa-se um paralelismo sintático, que ajuda a conferir ritmo ao provérbio e favorece sua memorização.
No provérbio (A) ocorrem duas metáforas.
Tanto o item A quanto o item C funcionam como elogios à discrição.
34) Na frase "O fio da ideia cresceu, engrossou e partiu-se" ocorre processo de gradação. Não há gradação em:
a) O carro arrancou, ganhou velocidade e capotou.
b) O avião decolou, ganhou altura e caiu.
c) O balão inflou, começou a subir e apagou.
d) A inspiração surgiu, tomou conta de sua mente e frustrou-se.
e) João pegou de um livro, ouviu um disco e saiu.
Gabarito: e
35) As figuras de linguagem são usadas como recursos estilísticos para dar maior valor expressivo à linguagem.
No seguinte trecho “Tu és a chuva e eu sou a terra [...]” predomina a figura, denominada:
a) onomatopeia
b) hipérbole
c) metáfora
d) catacrese
e) sinestesia
Gabarito: c
36)
Morro da Babilônia
À noite, do morro
descem vozes que criam o terror
(terror urbano, cinquenta por cento de cinema,
e o resto que veio de Luanda ou se perdeu na língua
Geral).
Quando houve revolução, os soldados
espalharam no morro,
o quartel pegou fogo, eles não voltaram.
Alguns, chumbados, morreram.
O morro ficou mais encantado.
Mas as vozes do morro
não são propriamente lúgubres.
Há mesmo um cavaquinho bem afinado
que domina os ruídos da pedra e da folhagem
e desce até nós, modesto e recreativo,
como uma gentileza do morro.
(Carlos Drummond de Andrade, Sentimento do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2012, p.19.)
No poema “Morro da Babilônia”, de Carlos Drummond de Andrade,
a) a menção à cidade do Rio de Janeiro é feita de modo indireto, metonimicamente, pela referência ao Morro da Babilônia.
b) o sentimento do mundo é representado pela percepção particular sobre a cidade do Rio de Janeiro, aludida pela metáfora do Morro da Babilônia.
c) o tratamento dado ao Morro da Babilônia assemelha-se ao que é dado a uma pessoa, o que caracteriza a figura de estilo denominada paronomásia.
d) a referência ao Morro da Babilônia produz, no percurso figurativo do poema, um oxímoro: a relação entre terror e gentileza no espaço urbano.
Gabarito: a
37)
POÇAS D’ÁGUA
As poças d´água são um mundo mágico
Um céu quebrado no chão
Onde em vez de tristes estrelas
Brilham os letreiros de gás Néon.
(Mario Quintana, Preparativos de viagem, São Paulo, Globo, 1994.)
Levando-se em conta o texto como um todo, é correto afirmar que a metáfora presente no primeiro verso se justifica porque as poças
a) estimulam a imaginação.
b) permitem ver as estrelas.
c) são iluminadas pelo Néon.
d) se opõem à tristeza das estrelas.
e) revelam a realidade como espelhos.
Gabarito: a
38) Responda à questão com base na tirinha abaixo.
Tirinha do Chico Bento
O humor da tirinha foi conferido, sobretudo, pela não compreensão por parte da personagem Chico Bento da figura de linguagem utilizada por seu interlocutor. A essa referida figura de linguagem dá-se o nome de
a) anáfora
b) metonímia
c) perífrase
d) hipérbole
e) aliteração
Gabarito: b
39)
A namorada
Havia um muro alto entre nossas casas.
1Difícil de mandar recado para ela.
Não havia e-mail.
2O pai era uma onça.
A gente amarrava o bilhete numa pedra presa por
um cordão
E pinchava a pedra no quintal da casa dela.
Se a namorada respondesse pela mesma pedra
Era uma glória!
Mas por vezes o bilhete enganchava nos galhos da
goiabeira
E então era agonia.
No tempo do onça era assim.
(Manoel de Barros
Poesia completa. São Paulo: Leya, 2010.)
O pai era uma onça (ref. 2). Nesse verso, a palavra onça está empregada em um sentido que se define como:
a) enfático
b) antitético
c) metafórico
d) metonímico
Gabarito: c
40) Assinale a alternativa que indica a correta sequência das figuras encontradas nas frases abaixo.
O bom rapaz buscava, no fim do dia, negociar com os traficantes de drogas.
Naquele dia, o presidente entregou a alma a Deus.
Os operários sofriam, naquela mina, pelo frio em julho e pelo calor em dezembro.
A população deste bairro corre grande risco de ser soterrada por esta montanha de lixo.
A neve convidava os turistas que, receosos, a olhavam de longe.
a) Ironia, eufemismo, antítese, hipérbole, prosopopeia
b) Reticências, retificação, gradação, apóstrofe, ironia
c) Antítese, hipérbole, personificação, ironia, eufemismo
d) Gradação, apóstrofe, personificação, reticências, retificação
e) Ironia, eufemismo, antítese, apóstrofe, gradação
Gabarito: a
41) Em uma grande concessionária de São Paulo leu-se a seguinte chamada: “Queima total de seminovos”. A mesma estratégia foi utilizada em uma chamada de um grande hipermercado, em que se podia ler: “Grande queima de colchões”. Acerca dos sentidos criados por essas chamadas, é apropriado afirmar que
a) em ambas há uma utilização da linguagem em seu sentido estritamente literal.
b) apenas em uma delas a linguagem foi utilizada em seu sentido estritamente literal.
c) em ambas o sentido é metafórico e é apreendido pela associação com o contexto.
d) em ambas o sentido é metafórico e é apreendido apenas pelas regras gramaticais.
e) em ambas o sentido é metafórico e não pode ser apreendido porque é incoerente.
Gabarito: c
42)
Maria Bofetão
A surra que Maria Clara aplicou na vilã Laura levantou a audiência da novela Celebridade.
Na segunda-feira passada, 28 tabefes bem aplicados pela heroína Maria Clara (Malu Mader) derrubaram a ignóbil Laura (Cláudia Abreu) e levantaram a audiência de Celebridade, a novela das 8 da Globo. (…)
Tanto a mocinha quanto a vilã ganharam nova dimensão nos últimos tempos. Maria Clara, depois de perder sua fortuna, deixou de ser apenas uma patricinha magnânima e insossa, a aborrecida Maria Chata. Ela ganhou fibra e mostrou que não tem sangue de barata. Quanto à Laura, ficou claro que sua maldade tem proporções oceânicas: continuou com suas perfídias mesmo depois de conquistar a fama e o dinheiro que almejava. Por tripudiar tanto assim sobre a inimiga, atraiu o ódio dos noveleiros. (Veja, 05.05.2004.)
Em “Quanto à Laura, ficou claro que sua maldade tem proporções oceânicas”, a figura de linguagem presente é
a) uma metáfora, já que compara a maldade com o oceano.
b) uma hipérbole, pois expressa a ideia de uma maldade exagerada.
c) um eufemismo, já que não afirma diretamente o quanto há de maldade.
d) uma ironia, pois se reconhece a maldade, mas ficam pressupostos outros sentidos.
e) um pleonasmo, já que entre maldade e oceânicas há uma repetição de sentido.
Gabarito: b
43) Quando você afirma que enterrou “no dedo um alfinete”, que embarcou “no trem” e que serrou “os pés da mesa”, recorre a um tipo de figura de linguagem denominada:
a) metonímia
b) antítese
c) paródia
d) alegoria
e) catacrese
Gabarito: e
44)
Tenho fases
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua…
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.
Fases que vão e que vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.
E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não encontro com ninguém
(tenho fases, como a lua…)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua…
E, quando chega esse dia,
outro desapareceu…
(Lua Adversa – Cecília Meireles)
Indique a alternativa que não contenha a mesma figura de linguagem presente nesse verso do poema:
a) A tristeza é um barco imenso, perdido no oceano.
b) “O meu olhar é nítido como um girassol” (Alberto Caeiro)
c) “Meu amor me ensinou a ser simples como um largo de igreja” (Oswald de Andrade)
d) A casa dela é escura como a noite.
e) Ele é lerdo como uma lesma.
Gabarito: a
45) Assinale a alternativa em que o autor NÃO utiliza prosopopeia.
a) “Quando essa não-palavra morde a isca, alguma coisa se escreveu.” (Clarice Lispector)
b) “As palavras não nascem amarradas, elas saltam, se beijam, se dissolvem…” (Drummond)
c) “A poesia vai à esquina comprar jornal”. (Ferreira Gullar)
d) “A luminosidade sorria no ar: exatamente isto. Era um suspiro do mundo.” (Clarice Lispector)
e) “Meu nome é Severino, Não tenho outro de pia”. (João Cabral de Melo Neto)
Gabarito: e
46) Nos enunciados abaixo, a palavra destacada NÃO tem sentido conotativo em:
a) A comissão técnica está dissolvida. Do goleiro ao ponta-esquerda.
b) Indispensável à boa forma, o exercício físico detona músculos e ossos, se mal praticado.
c) O melhor tenista brasileiro perde o jogo, a cabeça e o prestígio em Roland Garros.
d) Sob a mira da Justiça, os sorteios via 0900 engordam o caixa das principais emissoras.
e) Alta nos juros atropela sonhos da classe média.
Gabarito: b
47) Indique qual resposta não possui coerência:
a) Em "Tinha cinco bocas para alimentar", indica-se a parte pelo todo.
b) Em "Dê-me dois maços", pede-se o continente (maço) pelo conteúdo (cigarro).
c) Em "Comprei um Portinari", há uma troca do autor pela obra.
d) Em "O homem ficou sem teto", indica-se a causa pela consequência.
e) Em "Tomavam um Porto", tem-se o lugar pelo produto.
Gabarito: d Explicação do 47 ao 65 pelo Nirvana Atômico
48) Na frase abaixo, identifica-se qual figura?
"Em matemática, Maria é uma cobra."
a) Metáfora
b) Metonímia
c) Catacrese
d) Antonomásia
e) Onomatopeia
Gabarito: a Explicação do 47 ao 65 pelo Nirvana Atômico
49) Que figura de linguagem encontramos em "Choram as ondas"?
a) Catacrese
b) Metonímia
c) Hipérbole
d) Prosopopeia
e) Metáfora
Gabarito: d Explicação do 47 ao 65 pelo Nirvana Atômico
50) Na oração "Ele trazia na cabeleira a neve dos anos" temos qual figura de linguagem?
a) Catacrese
b) Metonímia
c) Zeugma
d) Hipérbole
e) Metáfora
Gabarito: b Explicação do 47 ao 65 pelo Nirvana Atômico
51) No verso, "A poesia - é uma luz - e a alma - uma ave..." ocorrem:
a) prosopopeia e hipérbato
b) metonímia e antítese
c) hipérbole e eufemismo
d) pleonasmo e silepse
e) metáfora e zeugma
Gabarito: e Explicação do 47 ao 65 pelo Nirvana Atômico
52) Na frase "Sois Anjos, que me tenta, e não me guarda", temos aqui a seguinte figura de linguagem, típica do Barroco:
a) Antítese
b) Pleonasmo
c) Elipse
d) Hipérbole
Gabarito: a Explicação do 47 ao 65 pelo Nirvana Atômico
53)
" Vozes veladas, veludas vozes
Volúpias dos vilões, vozes veladas
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventos, vivos, vãs, vulcanizadas."
No texto de Cruz e Souza temos exemplo de
a) paralelismo
b) versos brancos
c) eufemismo
d) aliteração
e) hipérbole
Gabarito: d Explicação do 47 ao 65 pelo Nirvana Atômico
54) Indique a alternativa em que o exemplo dado não corresponde à figura de linguagem pedida:
a) Metonímia: Ele gosta de ler Jorge Amado.
b) Assíndeto: Vim, vi, venci.
c) Metáfora: "Meu verso é sangue" (Manuel Bandeira)
d) Antonomásia: Estou morrendo de sede!
e) Onomatopeia: "... não se ouvia mais o plic-plic-plic-plic da agulha no pano" (Machado de Assis)
Gabarito: c Explicação do 47 ao 65 pelo Nirvana Atômico
55) "E eu morro, ó Deus! Na aurora da existência (Castro Alves)
Indique a alternativa que apresenta a correta classificação de duas figuras que parecem no verso:
a) hipérbole - anáfora
b) apóstrofe - antítese
c) eufemismo - catacrese
d) gradação - antonomásia
e) perífrase - pleonasmo
Gabarito: b Explicação do 47 ao 65 pelo Nirvana Atômico
56) Em "Meu coração não aprendeu nada", a figura de linguagem é:
a) gradação
b) hipérbole
c) catacrese
d) prosopopeia
e) eufemismo
Gabarito: d Explicação do 47 ao 65 pelo Nirvana Atômico
57) Mas seu Juveniano foi vitorioso porque, de um jeito ou de outro, pôs um diploma na mão de cada filho."
A oração destacada assinala o emprego de:
a) metonímia
b) metáfora
c) silepse
d) hipérbole
e) pleonasmo
Gabarito: a Explicação do 47 ao 65 pelo Nirvana Atômico
58) Quando você diz que enterrou os pés na areia; que embarcou num ônibus; que chumbou o taco na parede, você recorre a uma figura de linguagem denominada:
a) metonímia
b) antítese
c) hipérbole
d) catacrese
e) metáfora
Gabarito: d Explicação do 47 ao 65 pelo Nirvana Atômico
59) Relacione as duas colunas, classificando as figuras de linguagem de acordo com a seguinte indicação, assinale a alternativa correta:
(1) Faltaram braços para se conduzir a obra.
(2) Não havia em casa um dente de alho seque.
(3) A madrugada vem sorrindo atrás das mentes.
(4) O carro era um foguete passando por mim.
( ) metáfora
( ) prosopopeia
( ) catacrese
( ) metonímia
a) 3, 2, 1, 4
b) 2, 1, 3, 4
c) 4, 3, 2, 1
d) 3, 4, 1, 3
e) 3, 1, 4, 2
Gabarito: c Explicação do 47 ao 65 pelo Nirvana Atômico
60) Observe as letras destacadas nos versos:
"O vento voa
a noite toda se atordoa..."
Na repetição das consoantes você vê:
a) aliteração
b) assonância
c) eco
d) rima
e) onomatopeia
Gabarito: a Explicação do 47 ao 65 pelo Nirvana Atômico
61) Em "muitos adormecem para sempre", há:
a) perífrase
b) metonímia
c) eufemismo
d) apóstrofe
e) n.d.a.
Gabarito: d Explicação do 47 ao 65 pelo Nirvana Atômico
62) Identifique a alternativa que contém a figura de linguagem predominante em: "Partimos todos os alunos"
a) pleonasmo
b) silepse
c) metáfora
d) metonímia
e) perífrase
Gabarito: b Explicação do 47 ao 65 pelo Nirvana Atômico
63)
"O cafezal é a Soldadesca verde
que salta morros na distância iluminada
um dois, um dois, de batalhão em batalhão
na sua arremetida acelerada contra o sertão."
O primeiro verso do poema apresenta o emprego da:
a) metonímia
b) catacrese
c) comparação
d) metáfora
e) onomatopeia
Gabarito: d Explicação do 47 ao 65 pelo Nirvana Atômico
64)
"O cafezal é a Soldadesca verde
que salta morros na distância iluminada
um dois, um dois, de batalhão em batalhão
na sua arremetida acelerada contra o sertão."
65) Indique a frase em que h´um anacoluto:
a) Não sei se eles viajarão, aqueles preguiçosos.
b) A caçulinha, que tanto amava seu pai, doeu-lhe muito a separação.
c) O governo brasileiro, diante desta situação, não poderá deixar de se manisfestar.
d) Vocês, que se dizem corajosos, por acaso se ofenderam para participar do salvamento?
e) Quando visita uma casa velha, penso nos que a deixaram para sempre.
Gabarito: b Explicação do 47 ao 65 pelo Nirvana Atômico
66) "Aquela personagem da novela é complicada: ela chora, e grita, e sofre, e teima, e perde, e ganha, e casa, e separa. Nunca vi igual.". O trecho exemplifica qual figura de linguagem?
a) Assíndeto
b) Hipérbole
c) Polissíndeto
d) Anáfora
Gabarito: c
A repetição de "e" caracteriza o polissíndeto desta frase.
Fontes: Prefeitura de Teresópolis - 2011 - BioRio | Prefeitura da São Gonçalo - 2012 - Coseac UFF | Brasil Escola | Racha Cuca | Toda Matéria | Nirvana Atômico
Jean-Claude Carrière: Na última cúpula de Davos, em 2008, a propósito dos fenômenos que irão abalar a humanidade nos próximos 15 anos, um futurólogo consultado propunha deter-se apenas nos quatro principais, que lhe pareciam inexoráveis. O primeiro é um barril de petróleo a 500 dólares. O segundo diz respeito à água, fadada a tornar-se um produto comercial de troca exatamente como o petróleo. Teremos a cotação da água na Bolsa. A terceira previsão refere-se à África, que se tornará seguramente uma potência econômica nas próximas décadas, o que todos desejamos.
O quarto fenômeno, segundo esse profeta profissional, é o desaparecimento do livro.
Portanto, a questão é saber se a evaporação definitiva do livro, se ele de fato vier a desaparecer, pode ter consequências, para a humanidade, análogas às da escassez da água, por exemplo, ou de um petróleo inacessível.
Umberto Eco: O livro irá desaparecer em virtude do surgimento da Internet? Escrevi sobre o assunto na época, isto é, no momento em que a questão parecia pertinente. Agora, sempre que me pedem para eu me pronunciar, não faço senão reescrever o mesmo texto. Ninguém percebe isso, principalmente porque nada mais inédito do que foi publicado; e, depois, porque a opinião pública (ou pelo menos os jornalistas) tem sempre essa ideia fixa de que o livro vai desaparecer (ou então esses jornalistas que acham que seus leitores têm essa ideia fixa) e cada um formula incansavelmente a mesma indagação.
Na realidade, há muito pouca coisa a dizer sobre o assunto. Com a Internet, voltamos à era alfabética. Se um dia acreditamos ter entrado na civilização das imagens, eis que o computador nos reintroduz na galáxia de Gutemberg, e doravante todo mundo vê-se obrigado a ler. Para ler, é preciso um suporte. Esse suporte não pode ser apenas o computador, e seus olhos viram bolas de tênis. Tenho em casa óculos polaróides que protegem meus olhos contra os dados de uma leitura contínua na tela. A propósito, o computador depende da eletricidade e não pode ser lido numa banheira, tampouco deitado na cama. Logo, o livro se apresenta como uma ferramenta mais flexível.
Das duas, uma: ou o livro permanecerá o suporte da leitura, ou existirá alguma coisa similar ao que o livro nunca deixou de ser, mesmo antes da invenção da tipografia. As variações em torno do objeto livro não modificaram sua função, nem sua sintaxe, em mais de quinhentos anos. O livro é como a colher, o martelo, a roda ou a tesoura. Uma vez invetados, não podem ser aprimorados. Você não pode fazer uma colher melhor que uma colher. Designers tentam melhorar, por exemplo, o saca-rolhas, com sucessos bem modestos, e, por sinal a maioria nem funciona direito. Philippe Starck tentou inovar do lado dos espremedores de limão, mas o dele (para salvaguardar certa pureza estética) deixa passar os caroços.
O livro venceu seus desafios e não vemos como, para o mesmo uso, poderíamos fazer algo melhor que o próprio livro. Talvez ele evolua em seus componentes, talvez as páginas não sejam mais de papel. Mas ele permanecerá o que é.
(CARRIÈRE, Jean-Claude & ECO, Umberto. (trad. André Telles). Não contem com o fim do livro. Rio de Janeiro: Record, 2010, páginas 07-09)
2) Observe o fragmento abaixo destacado:
Passe duas horas lendo um romance em seu computador, e seus olhos viram bolas de tênis (5º parágrafo)
Em relação à expressão "bolas de tênis" é correto afirmar que:
a) foi empregada em sentido denotativo, sem qualquer uso estilístico;
b) foi empregada em sentido conotativo, uma vez que foi empregado o sentido figurado.
c) foi empregada em sentido denotativo;
d) foi empregada em sentido conotativo, ou seja, em seu sentido próprio;
e) não foi empregada em nenhum sentido especial.
Gabarito: b
3) 1 Quando o filósofo Clément Rosset afirma, a respeito de Nietzsche, que “a alegria é a força maior”, ele deseja mostrar que a alegria não é um sentimento dentre outros, mas a força motriz que nos impele à vida, uma espécie de grande “sim” à existência em todas as suas facetas. Afinal, este sentimento envolve todos os nossos sentidos e nos fortalece de tal maneira que, uma vez alegres, nada mais parece pesar em nós. É que a alegria, quando vivida em profundidade, não deixa espaço para mais nada − razão pela qual Leibniz a defendia como um sentimento totalizante que, estando presente, domina todos os demais. Totalizante ou apenas dominante, a alegria, para Nietzsche, é a força que nos coloca em movimento, é aquilo que nos faz agir, é o que nos faz querer viver.
2 É claro que nem todos entendem a alegria desse modo. Para muitos, ela é apenas um ímpeto passageiro, uma sensação fugaz de contentamento e júbilo, algo que apenas contrasta com a dor, geralmente considerada mais permanente e profunda. Porém, para filósofos como Nietzsche e, sobretudo, Espinosa, ela é um sentimento vital, afirmativo, que se confunde com a própria potência de existir. Neste caso, ela pode ser definida como uma disposição favorável com relação à vida. Eis porque o homem alegre é sempre alegre, mesmo quando está triste (ao contrário do homem angustiado, que sempre é angustiado mesmo quando tem motivos para estar alegre).
3 Em poucas palavras, é preciso que se entenda que sem alegrias o corpo vai adoecendo e a paralisia das ações torna-se inexorável. É a ocasião certa para a angústia se instalar e afunilar nossa percepção da vida. Porque é isto exatamente a angústia: uma sensação ou sentimento de vazio, de incompletude, de insignificância, uma espécie de afunilamento, de perda de perspectiva, de indisposição com a vida. É quando o niilismo se instala no âmago do ser e a própria vida é vista como nada.
4 Espinosa usa o conceito de “conatus” para definir esta força de existir inerente a cada ser (que aumenta e diminui ao longo da existência em função dos encontros alegres ou tristes que fazemos). É por isso que Nietzsche afirma que os pessimistas e niilistas, ao julgarem a vida má e pesada, nada mais fazem do que revelar sua própria impotência e fraqueza diante dela.
(SCHöPKE, Regina. O Globo: 04/09/2010.)
3) . Para enfatizar argumento usado no texto, a autora recorre a figura de sintaxe em:
a) “a alegria, para Nietzsche, é a força que nos coloca em movimento, é aquilo que nos faz agir, é o que nos faz querer viver” (parágrafo 1).
b) “ela é um sentimento vital, afirmativo, que se confunde com a própria potência de existir” (parágrafo 2).
c) “ela pode ser definida como uma disposição favorável com relação à vida” (parágrafo 2).
d) “sem alegrias o corpo vai adoecendo e a paralisia das ações torna-se inexorável” (parágrafo 3).
e) “os pessimistas e niilistas, ao julgarem a vida má e pesada, nada mais fazem do que revelar sua própria impotência e fraqueza diante dela” (parágrafo 4).
Gabarito: a
29) Leia os provérbios (itens A e B) e a citação (item C) abaixo.
A. “A palavra é prata, o silêncio é ouro.”
B. “Os sábios não dizem o que sabem, os tolos não sabem o que dizem.”
C. “Há coisas que melhor se dizem calando.” (Machado de Assis)
Com base na leitura acima, assinale a(s) V paras a verdadeiras e F para as falsas
( ) Em cada um dos provérbios observa-se um paralelismo sintático, que ajuda a conferir ritmo ao provérbio e favorece sua memorização.
( ) No provérbio (A) ocorrem duas metáforas.
( ) No provérbio (B) as orações “o que sabem” e “o que dizem” funcionam como adjetivos que caracterizam, respectivamente, os sábios e os tolos.
( ) Tanto o item A quanto o item C funcionam como elogios à discrição.
( ) A frase de Machado de Assis contém um pleonasmo, porque é um exagero dizer que se pode falar calado.
( ) No provérbio (B) temos a figura de linguagem paradoxo, porque é absurdo que os sábios tenham que se calar para que os tolos falem.
Gabarito: V, V, F, V, F, F
As proposições corretas são:
Em cada um dos provérbios observa-se um paralelismo sintático, que ajuda a conferir ritmo ao provérbio e favorece sua memorização.
No provérbio (A) ocorrem duas metáforas.
Tanto o item A quanto o item C funcionam como elogios à discrição.
34) Na frase "O fio da ideia cresceu, engrossou e partiu-se" ocorre processo de gradação. Não há gradação em:
a) O carro arrancou, ganhou velocidade e capotou.
b) O avião decolou, ganhou altura e caiu.
c) O balão inflou, começou a subir e apagou.
d) A inspiração surgiu, tomou conta de sua mente e frustrou-se.
e) João pegou de um livro, ouviu um disco e saiu.
Gabarito: e
35) As figuras de linguagem são usadas como recursos estilísticos para dar maior valor expressivo à linguagem.
No seguinte trecho “Tu és a chuva e eu sou a terra [...]” predomina a figura, denominada:
a) onomatopeia
b) hipérbole
c) metáfora
d) catacrese
e) sinestesia
Gabarito: c
36)
Morro da Babilônia
À noite, do morro
descem vozes que criam o terror
(terror urbano, cinquenta por cento de cinema,
e o resto que veio de Luanda ou se perdeu na língua
Geral).
Quando houve revolução, os soldados
espalharam no morro,
o quartel pegou fogo, eles não voltaram.
Alguns, chumbados, morreram.
O morro ficou mais encantado.
Mas as vozes do morro
não são propriamente lúgubres.
Há mesmo um cavaquinho bem afinado
que domina os ruídos da pedra e da folhagem
e desce até nós, modesto e recreativo,
como uma gentileza do morro.
(Carlos Drummond de Andrade, Sentimento do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2012, p.19.)
No poema “Morro da Babilônia”, de Carlos Drummond de Andrade,
a) a menção à cidade do Rio de Janeiro é feita de modo indireto, metonimicamente, pela referência ao Morro da Babilônia.
b) o sentimento do mundo é representado pela percepção particular sobre a cidade do Rio de Janeiro, aludida pela metáfora do Morro da Babilônia.
c) o tratamento dado ao Morro da Babilônia assemelha-se ao que é dado a uma pessoa, o que caracteriza a figura de estilo denominada paronomásia.
d) a referência ao Morro da Babilônia produz, no percurso figurativo do poema, um oxímoro: a relação entre terror e gentileza no espaço urbano.
Gabarito: a
37)
POÇAS D’ÁGUA
As poças d´água são um mundo mágico
Um céu quebrado no chão
Onde em vez de tristes estrelas
Brilham os letreiros de gás Néon.
(Mario Quintana, Preparativos de viagem, São Paulo, Globo, 1994.)
Levando-se em conta o texto como um todo, é correto afirmar que a metáfora presente no primeiro verso se justifica porque as poças
a) estimulam a imaginação.
b) permitem ver as estrelas.
c) são iluminadas pelo Néon.
d) se opõem à tristeza das estrelas.
e) revelam a realidade como espelhos.
Gabarito: a
38) Responda à questão com base na tirinha abaixo.
Tirinha do Chico Bento
O humor da tirinha foi conferido, sobretudo, pela não compreensão por parte da personagem Chico Bento da figura de linguagem utilizada por seu interlocutor. A essa referida figura de linguagem dá-se o nome de
a) anáfora
b) metonímia
c) perífrase
d) hipérbole
e) aliteração
Gabarito: b
39)
A namorada
Havia um muro alto entre nossas casas.
1Difícil de mandar recado para ela.
Não havia e-mail.
2O pai era uma onça.
A gente amarrava o bilhete numa pedra presa por
um cordão
E pinchava a pedra no quintal da casa dela.
Se a namorada respondesse pela mesma pedra
Era uma glória!
Mas por vezes o bilhete enganchava nos galhos da
goiabeira
E então era agonia.
No tempo do onça era assim.
(Manoel de Barros
Poesia completa. São Paulo: Leya, 2010.)
O pai era uma onça (ref. 2). Nesse verso, a palavra onça está empregada em um sentido que se define como:
a) enfático
b) antitético
c) metafórico
d) metonímico
Gabarito: c
40) Assinale a alternativa que indica a correta sequência das figuras encontradas nas frases abaixo.
O bom rapaz buscava, no fim do dia, negociar com os traficantes de drogas.
Naquele dia, o presidente entregou a alma a Deus.
Os operários sofriam, naquela mina, pelo frio em julho e pelo calor em dezembro.
A população deste bairro corre grande risco de ser soterrada por esta montanha de lixo.
A neve convidava os turistas que, receosos, a olhavam de longe.
a) Ironia, eufemismo, antítese, hipérbole, prosopopeia
b) Reticências, retificação, gradação, apóstrofe, ironia
c) Antítese, hipérbole, personificação, ironia, eufemismo
d) Gradação, apóstrofe, personificação, reticências, retificação
e) Ironia, eufemismo, antítese, apóstrofe, gradação
Gabarito: a
41) Em uma grande concessionária de São Paulo leu-se a seguinte chamada: “Queima total de seminovos”. A mesma estratégia foi utilizada em uma chamada de um grande hipermercado, em que se podia ler: “Grande queima de colchões”. Acerca dos sentidos criados por essas chamadas, é apropriado afirmar que
a) em ambas há uma utilização da linguagem em seu sentido estritamente literal.
b) apenas em uma delas a linguagem foi utilizada em seu sentido estritamente literal.
c) em ambas o sentido é metafórico e é apreendido pela associação com o contexto.
d) em ambas o sentido é metafórico e é apreendido apenas pelas regras gramaticais.
e) em ambas o sentido é metafórico e não pode ser apreendido porque é incoerente.
Gabarito: c
42)
Maria Bofetão
A surra que Maria Clara aplicou na vilã Laura levantou a audiência da novela Celebridade.
Na segunda-feira passada, 28 tabefes bem aplicados pela heroína Maria Clara (Malu Mader) derrubaram a ignóbil Laura (Cláudia Abreu) e levantaram a audiência de Celebridade, a novela das 8 da Globo. (…)
Tanto a mocinha quanto a vilã ganharam nova dimensão nos últimos tempos. Maria Clara, depois de perder sua fortuna, deixou de ser apenas uma patricinha magnânima e insossa, a aborrecida Maria Chata. Ela ganhou fibra e mostrou que não tem sangue de barata. Quanto à Laura, ficou claro que sua maldade tem proporções oceânicas: continuou com suas perfídias mesmo depois de conquistar a fama e o dinheiro que almejava. Por tripudiar tanto assim sobre a inimiga, atraiu o ódio dos noveleiros. (Veja, 05.05.2004.)
Em “Quanto à Laura, ficou claro que sua maldade tem proporções oceânicas”, a figura de linguagem presente é
a) uma metáfora, já que compara a maldade com o oceano.
b) uma hipérbole, pois expressa a ideia de uma maldade exagerada.
c) um eufemismo, já que não afirma diretamente o quanto há de maldade.
d) uma ironia, pois se reconhece a maldade, mas ficam pressupostos outros sentidos.
e) um pleonasmo, já que entre maldade e oceânicas há uma repetição de sentido.
Gabarito: b
43) Quando você afirma que enterrou “no dedo um alfinete”, que embarcou “no trem” e que serrou “os pés da mesa”, recorre a um tipo de figura de linguagem denominada:
a) metonímia
b) antítese
c) paródia
d) alegoria
e) catacrese
Gabarito: e
44)
Tenho fases
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua…
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.
Fases que vão e que vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.
E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não encontro com ninguém
(tenho fases, como a lua…)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua…
E, quando chega esse dia,
outro desapareceu…
(Lua Adversa – Cecília Meireles)
Indique a alternativa que não contenha a mesma figura de linguagem presente nesse verso do poema:
a) A tristeza é um barco imenso, perdido no oceano.
b) “O meu olhar é nítido como um girassol” (Alberto Caeiro)
c) “Meu amor me ensinou a ser simples como um largo de igreja” (Oswald de Andrade)
d) A casa dela é escura como a noite.
e) Ele é lerdo como uma lesma.
Gabarito: a
45) Assinale a alternativa em que o autor NÃO utiliza prosopopeia.
a) “Quando essa não-palavra morde a isca, alguma coisa se escreveu.” (Clarice Lispector)
b) “As palavras não nascem amarradas, elas saltam, se beijam, se dissolvem…” (Drummond)
c) “A poesia vai à esquina comprar jornal”. (Ferreira Gullar)
d) “A luminosidade sorria no ar: exatamente isto. Era um suspiro do mundo.” (Clarice Lispector)
e) “Meu nome é Severino, Não tenho outro de pia”. (João Cabral de Melo Neto)
Gabarito: e
46) Nos enunciados abaixo, a palavra destacada NÃO tem sentido conotativo em:
a) A comissão técnica está dissolvida. Do goleiro ao ponta-esquerda.
b) Indispensável à boa forma, o exercício físico detona músculos e ossos, se mal praticado.
c) O melhor tenista brasileiro perde o jogo, a cabeça e o prestígio em Roland Garros.
d) Sob a mira da Justiça, os sorteios via 0900 engordam o caixa das principais emissoras.
e) Alta nos juros atropela sonhos da classe média.
Gabarito: b
47) Indique qual resposta não possui coerência:
a) Em "Tinha cinco bocas para alimentar", indica-se a parte pelo todo.
b) Em "Dê-me dois maços", pede-se o continente (maço) pelo conteúdo (cigarro).
c) Em "Comprei um Portinari", há uma troca do autor pela obra.
d) Em "O homem ficou sem teto", indica-se a causa pela consequência.
e) Em "Tomavam um Porto", tem-se o lugar pelo produto.
Gabarito: d Explicação do 47 ao 65 pelo Nirvana Atômico
48) Na frase abaixo, identifica-se qual figura?
"Em matemática, Maria é uma cobra."
a) Metáfora
b) Metonímia
c) Catacrese
d) Antonomásia
e) Onomatopeia
Gabarito: a Explicação do 47 ao 65 pelo Nirvana Atômico
49) Que figura de linguagem encontramos em "Choram as ondas"?
a) Catacrese
b) Metonímia
c) Hipérbole
d) Prosopopeia
e) Metáfora
Gabarito: d Explicação do 47 ao 65 pelo Nirvana Atômico
50) Na oração "Ele trazia na cabeleira a neve dos anos" temos qual figura de linguagem?
a) Catacrese
b) Metonímia
c) Zeugma
d) Hipérbole
e) Metáfora
Gabarito: b Explicação do 47 ao 65 pelo Nirvana Atômico
51) No verso, "A poesia - é uma luz - e a alma - uma ave..." ocorrem:
a) prosopopeia e hipérbato
b) metonímia e antítese
c) hipérbole e eufemismo
d) pleonasmo e silepse
e) metáfora e zeugma
Gabarito: e Explicação do 47 ao 65 pelo Nirvana Atômico
52) Na frase "Sois Anjos, que me tenta, e não me guarda", temos aqui a seguinte figura de linguagem, típica do Barroco:
a) Antítese
b) Pleonasmo
c) Elipse
d) Hipérbole
Gabarito: a Explicação do 47 ao 65 pelo Nirvana Atômico
53)
" Vozes veladas, veludas vozes
Volúpias dos vilões, vozes veladas
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventos, vivos, vãs, vulcanizadas."
No texto de Cruz e Souza temos exemplo de
a) paralelismo
b) versos brancos
c) eufemismo
d) aliteração
e) hipérbole
Gabarito: d Explicação do 47 ao 65 pelo Nirvana Atômico
54) Indique a alternativa em que o exemplo dado não corresponde à figura de linguagem pedida:
a) Metonímia: Ele gosta de ler Jorge Amado.
b) Assíndeto: Vim, vi, venci.
c) Metáfora: "Meu verso é sangue" (Manuel Bandeira)
d) Antonomásia: Estou morrendo de sede!
e) Onomatopeia: "... não se ouvia mais o plic-plic-plic-plic da agulha no pano" (Machado de Assis)
Gabarito: c Explicação do 47 ao 65 pelo Nirvana Atômico
55) "E eu morro, ó Deus! Na aurora da existência (Castro Alves)
Indique a alternativa que apresenta a correta classificação de duas figuras que parecem no verso:
a) hipérbole - anáfora
b) apóstrofe - antítese
c) eufemismo - catacrese
d) gradação - antonomásia
e) perífrase - pleonasmo
Gabarito: b Explicação do 47 ao 65 pelo Nirvana Atômico
56) Em "Meu coração não aprendeu nada", a figura de linguagem é:
a) gradação
b) hipérbole
c) catacrese
d) prosopopeia
e) eufemismo
Gabarito: d Explicação do 47 ao 65 pelo Nirvana Atômico
57) Mas seu Juveniano foi vitorioso porque, de um jeito ou de outro, pôs um diploma na mão de cada filho."
A oração destacada assinala o emprego de:
a) metonímia
b) metáfora
c) silepse
d) hipérbole
e) pleonasmo
Gabarito: a Explicação do 47 ao 65 pelo Nirvana Atômico
58) Quando você diz que enterrou os pés na areia; que embarcou num ônibus; que chumbou o taco na parede, você recorre a uma figura de linguagem denominada:
a) metonímia
b) antítese
c) hipérbole
d) catacrese
e) metáfora
Gabarito: d Explicação do 47 ao 65 pelo Nirvana Atômico
59) Relacione as duas colunas, classificando as figuras de linguagem de acordo com a seguinte indicação, assinale a alternativa correta:
(1) Faltaram braços para se conduzir a obra.
(2) Não havia em casa um dente de alho seque.
(3) A madrugada vem sorrindo atrás das mentes.
(4) O carro era um foguete passando por mim.
( ) metáfora
( ) prosopopeia
( ) catacrese
( ) metonímia
a) 3, 2, 1, 4
b) 2, 1, 3, 4
c) 4, 3, 2, 1
d) 3, 4, 1, 3
e) 3, 1, 4, 2
Gabarito: c Explicação do 47 ao 65 pelo Nirvana Atômico
60) Observe as letras destacadas nos versos:
"O vento voa
a noite toda se atordoa..."
Na repetição das consoantes você vê:
a) aliteração
b) assonância
c) eco
d) rima
e) onomatopeia
Gabarito: a Explicação do 47 ao 65 pelo Nirvana Atômico
61) Em "muitos adormecem para sempre", há:
a) perífrase
b) metonímia
c) eufemismo
d) apóstrofe
e) n.d.a.
Gabarito: d Explicação do 47 ao 65 pelo Nirvana Atômico
62) Identifique a alternativa que contém a figura de linguagem predominante em: "Partimos todos os alunos"
a) pleonasmo
b) silepse
c) metáfora
d) metonímia
e) perífrase
Gabarito: b Explicação do 47 ao 65 pelo Nirvana Atômico
63)
"O cafezal é a Soldadesca verde
que salta morros na distância iluminada
um dois, um dois, de batalhão em batalhão
na sua arremetida acelerada contra o sertão."
O primeiro verso do poema apresenta o emprego da:
a) metonímia
b) catacrese
c) comparação
d) metáfora
e) onomatopeia
Gabarito: d Explicação do 47 ao 65 pelo Nirvana Atômico
"O cafezal é a Soldadesca verde
que salta morros na distância iluminada
um dois, um dois, de batalhão em batalhão
na sua arremetida acelerada contra o sertão."
"que salta morros na distância iluminada". A figura de linguagem destacada no verso é:
a) prosopopeia
b) onomatopeia
c) metáfora
d) metonímia
e) eufemismo
Gabarito: a Explicação do 47 ao 65 pelo Nirvana Atômico
65) Indique a frase em que h´um anacoluto:
a) Não sei se eles viajarão, aqueles preguiçosos.
b) A caçulinha, que tanto amava seu pai, doeu-lhe muito a separação.
c) O governo brasileiro, diante desta situação, não poderá deixar de se manisfestar.
d) Vocês, que se dizem corajosos, por acaso se ofenderam para participar do salvamento?
e) Quando visita uma casa velha, penso nos que a deixaram para sempre.
Gabarito: b Explicação do 47 ao 65 pelo Nirvana Atômico
66) "Aquela personagem da novela é complicada: ela chora, e grita, e sofre, e teima, e perde, e ganha, e casa, e separa. Nunca vi igual.". O trecho exemplifica qual figura de linguagem?
a) Assíndeto
b) Hipérbole
c) Polissíndeto
d) Anáfora
Gabarito: c
A repetição de "e" caracteriza o polissíndeto desta frase.
Fontes: Prefeitura de Teresópolis - 2011 - BioRio | Prefeitura da São Gonçalo - 2012 - Coseac UFF | Brasil Escola | Racha Cuca | Toda Matéria | Nirvana Atômico
EXCELENTES EXERCÍCIOS!!!
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