Geografia Brasileira

ESPAÇO AGRÁRIO

  • Pecuária: é um importante setor da economia brasileira. Características: é um dos principais itens do agronegócio nacional; é responsável pela emissão de gases do efeito estufa; é um dos mais importantes itens da pauta de exportação do país; é um dos vetores do desmatamento da Amazônia.

POPULAÇÃO BRASILEIRA
  • País Populoso: De acordo com o Censo Demográfico de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil alcançou uma população de 190.755.799 pessoas, totalizando 22.4 habitantes por km². 
  • Distribuição: A população brasileira, apesar dos esforços praticados pelo governo para uma melhor ocupação do território ao longo do século XX, ainda está presente no território de forma bastante concentrada na região Sudeste. Devido aos fatores: colonização concentrada em algumas faixas do território; atividades econômicas mal distribuídas pelo espaço; industrialização realizada primordialmente nos centros econômicos e de poder; estabelecimento de oligarquias regionais que comandavam o território durante vários períodos da história brasileira.
  • Crescimento Vegetativo:1940 a 2010: Diminuição da Taxa de Fecundidade, de 6,16 para 1,90. Consequência: redução do crescimento vegetativo.
  • População Economicamente Ativa (PEA): Em países como o Brasil, grande parte da população ativa está ocupada no mercado de trabalho informal ou desempregada, em decorrência também do fato de que a mecanização da agricultura libera um contingente de mão-de-obra que não é inteiramente absorvido pelas atividades urbanas do setor formal. O fenômeno econômico relacionado com o caráter concentrador das atividades econômicas da população brasileira é a terceirização da economia. Dados de 2007: 20,5% Setor Primário, 21,4% Setor Secundário e 58, 1 Setor Terciário (17,8% Comércio e 40,3% Serviços)
  • Transição Demográfica: Processo de transição demográfica ainda em curso, resultante do desenvolvimento alcançado pelo país nas últimas décadas.
  • Problemas Sociais: Alta inflação, dívida externa elevada, estagnação econômica, concentração de riquezas, desemprego, dificuldade na manutenção do regime democrático. As características demográficas de um país são dinâmicas e alteram-se ao longo da história, segundo diferentes contextos socioeconômicos. Recentemente, o IBGE identificou algumas mudanças no perfil da população brasileira, entre as quais, a diminuição da população masculina em relação à feminina nas regiões metropolitanas e, por outro lado, o aumento da população masculina em relação à feminina em alguns estados das Regiões Norte e Centro-Oeste, além de um envelhecimento geral da população. A violência nas regiões metropolitanas envolve mais a população masculina, o que ajuda a explicar a diminuição proporcional dessa população em relação à feminina nessas regiões.
  • Migração: Principais grupos étnicos formadores da população brasileira:  indígenas, africanos e europeus.
INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA
  • Governo Getúlio Vargas: O processo de industrialização no Brasil foi iniciado de maneira mais consolidada pelo Governo Vargas, graças aos efeitos sentidos pelo país frente à crise de 1929. Até a década de 1930, não se desenvolveu uma política de industrialização, pois as atenções estavam voltadas para o setor agrário-exportador. A partir de 1930, começa um importante projeto de criação de infraestrutura para o desenvolvimento do parque industrial. No governo de Getúlio Vargas, no período do Estado Novo, a preocupação estatal foi com a indústria de base, com enfoque na produção de energia e setor de transportes. Durante o Estado Novo (1937-1945), foram criadas as bases necessárias para o desenvolvimento industrial brasileiro a partir dos anos 50. O Estado tornou-se o grande investidor na indústria de base, criando empresas que foram fundamentais para o surto industrial posterior. Entre essas empresas, destacamos a Companhia Siderúrgica Nacional. Após 1950, o desenvolvimento se fez com grande participação de capitais estrangeiros, iniciando-se a internacionalização da economia do país.
  • Governo Jucelino Kubstchek:  No governo de Juscelino Kubitschek, o setor automobilístico teve a atenção maior. JK assumiu a presidência do Brasil em 31 de janeiro de 1956. Seu governo foi marcado pela ênfase na necessidade de promover o desenvolvimento econômico sem criar o risco de perturbar a ordem social, embalado pelo otimismo do lema “cinquenta anos em cinco”. A política econômica do governo JK, voltada para os transportes, a educação, a produção de alimentos, o desenvolvimento da indústria de base e a construção de Brasília, foi definida em um documento que sintetizava 31 objetivos,  definição de uma política denominada Plano de Metas e incentivo à industrialização. O período comumente denominado de “anos dourados” marcou uma etapa da recente história brasileira associada ao desenvolvimentismo (abertura de rodovias, expansão da rede hidrelétrica, implantação da indústria automobilística, descentralização da capital) e à atmosfera cultural marcada pelo surgimento da Bossa Nova.
  • Governos Militares: A partir de 1964, amplia-se o parque industrial para atender à demanda da modernização da agricultura.
  • Governo Médici:  o Brasil assistiu a um vigoroso desenvolvimento que as manifestações ufanistas patrocinadas pelo governo batizaram de “milagre econômico”. Enquanto o PIB subia a taxas em torno de 10% ao ano, ocorreu, paradoxalmente, um aumento da concentração de renda e da pobreza.
  • Deseconomias de aglomeração | Desconcentração Industrial: Pós Segunda Guerra Mundial, investimentos estrangeiros e desconcentração industrial. Trata-se de um processo de desconcentração industrial que acarreta a progressiva desmetropolização do país. Propicia, assim, a diminuição do crescimento populacional das grandes metrópoles em razão da migração da força de trabalho em direção às cidades médias. A industrialização brasileira – felizmente ou não – vem passando por essa etapa do desenvolvimento industrial.
ESPAÇO URBANO
  • Urbanização: na atividade açucareira, prevaleciam o latifúndio e a ruralização, a mineração favorecia a urbanização e a expansão do mercado interno.
REGIÃO SUDESTE
  • Concentração Industrial no Sudeste: O desenvolvimento industrial brasileiro ocorreu de forma desigual nas diferentes regiões do Brasil, pois houve uma concentração da atividade industrial, particularmente, nos Municípios de São Paulo e Rio de Janeiro, devido ao domínio da cafeicultura no Sudeste, a consequente acumulação de capital e a imigração estrangeira que se dirigiu para essa região.  O crescimento da exploração do café no século XIX no Brasil coincide com uma fase de vitalidade e expansão dos mercados europeus e com o desenvolvimento dos Estados Unidos. Todavia, a Primeira Guerra Mundial levou o Brasil a diminuir as importações e a aumentar as exportações, tendo crescido bastante no eixo Rio-São Paulo o número de estabelecimentos industriais. Herança das infraestruturas geradas pelo café na política industrial do Brasil durante o século XX, o Sudeste afirmou-se como pólo da industrialização brasileira, sobretudo graças à infra-estrutura urbana e de transportes desenvolvida em função da cafeicultura, devido à chegada do imigrante e pela concentração de consumidores urbanos.

REGIÃO NORTE
  • Indústria no Norte: A desconcentração industrial verificada no Brasil, na última década, decorre, entre outros fatores, da ação do Estado, por meio de políticas de desenvolvimento regional, a exemplo da Zona Franca de Manaus.
REGIÃO NORDESTE
  • Indústria no Nordeste: Dois estados são responsáveis pela produção industrial na região: Bahia e Pernambuco. No estado da Bahia destacam-se as indústrias petroquímicas que utilizam o petróleo extraído do Recôncavo Baiano.

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