1 Quando o filósofo Clément Rosset afirma, a respeito de Nietzsche, que “a alegria é a força maior”, ele deseja mostrar que a alegria não é um sentimento dentre outros, mas a força motriz que nos impele à vida, uma espécie de grande “sim” à existência em todas as suas facetas. Afinal, este sentimento envolve todos os nossos sentidos e nos fortalece de tal maneira que, uma vez alegres, nada mais parece pesar em nós. É que a alegria, quando vivida em profundidade, não deixa espaço para mais nada − razão pela qual Leibniz a defendia como um sentimento totalizante que, estando presente, domina todos os demais. Totalizante ou apenas dominante, a alegria, para Nietzsche, é a força que nos coloca em movimento, é aquilo que nos faz agir, é o que nos faz querer viver.
2 É claro que nem todos entendem a alegria desse modo. Para muitos, ela é apenas um ímpeto passageiro, uma sensação fugaz de contentamento e júbilo, algo que apenas contrasta com a dor, geralmente considerada mais permanente e profunda. Porém, para filósofos como Nietzsche e, sobretudo, Espinosa, ela é um sentimento vital, afirmativo, que se confunde com a própria potência de existir. Neste caso, ela pode ser definida como uma disposição favorável com relação à vida. Eis porque o homem alegre é sempre alegre, mesmo quando está triste (ao contrário do homem angustiado, que sempre é angustiado mesmo quando tem motivos para estar alegre).
3 Em poucas palavras, é preciso que se entenda que sem alegrias o corpo vai adoecendo e a paralisia das ações torna-se inexorável. É a ocasião certa para a angústia se instalar e afunilar nossa percepção da vida. Porque é isto exatamente a angústia: uma sensação ou sentimento de vazio, de incompletude, de insignificância, uma espécie de afunilamento, de perda de perspectiva, de indisposição com a vida. É quando o niilismo se instala no âmago do ser e a própria vida é vista como nada.
4 Espinosa usa o conceito de “conatus” para definir esta força de existir inerente a cada ser (que aumenta e diminui ao longo da existência em função dos encontros alegres ou tristes que fazemos). É por isso que Nietzsche afirma que os pessimistas e niilistas, ao julgarem a vida má e pesada, nada mais fazem do que revelar sua própria impotência e fraqueza diante dela.
(SCHöPKE, Regina. O Globo: 04/09/2010.)
1) Para sustentar seu ponto de vista, a autora recorre a todas as estratégias argumentativas a seguir, com EXCEÇÃO da seguinte:
a) apelo ao argumento de autoridade.
b) recorrência à ironia.
c) concessão a proposição divergente da tese sustentada.
d) exploração da figura do paradoxo.
e) uso da 1ª pessoa do plural como forma de aproximação com o leitor.
Gabarito: b
O livro não morrerá (fragmento)
Jean-Claude Carrière: Na última cúpula de Davos, em 2008, a propósito dos fenômenos que irão abalar a humanidade nos próximos 15 anos, um futurólogo consultado propunha deter-se apenas nos quatro principais, que lhe pareciam inexoráveis. O primeiro é um barril de petróleo a 500 dólares. O segundo diz respeito à água, fadada a tornar-se um produto comercial de troca exatamente como o petróleo. Teremos a cotação da água na Bolsa. A terceira previsão refere-se à África, que se tornará seguramente uma potência econômica nas próximas décadas, o que todos desejamos.
O quarto fenômeno, segundo esse profeta profissional, é o desaparecimento do livro.
Portanto, a questão é saber se a evaporação definitiva do livro, se ele de fato vier a desaparecer, pode ter consequências, para a humanidade, análogas às da escassez da água, por exemplo, ou de um petróleo inacessível.
Umberto Eco: O livro irá desaparecer em virtude do surgimento da Internet? Escrevi sobre o assunto na época, isto é, no momento em que a questão parecia pertinente. Agora, sempre que me pedem para eu me pronunciar, não faço senão reescrever o mesmo texto. Ninguém percebe isso, principalmente porque nada mais inédito do que foi publicado; e, depois, porque a opinião pública (ou pelo menos os jornalistas) tem sempre essa ideia fixa de que o livro vai desaparecer (ou então esses jornalistas que acham que seus leitores têm essa ideia fixa) e cada um formula incansavelmente a mesma indagação.
Na realidade, há muito pouca coisa a dizer sobre o assunto. Com a Internet, voltamos à era alfabética. Se um dia acreditamos ter entrado na civilização das imagens, eis que o computador nos reintroduz na galáxia de Gutemberg, e doravante todo mundo vê-se obrigado a ler. Para ler, é preciso um suporte. Esse suporte não pode ser apenas o computador, e seus olhos viram bolas de tênis. Tenho em casa óculos polaróides que protegem meus olhos contra os dados de uma leitura contínua na tela. A propósito, o computador depende da eletricidade e não pode ser lido numa banheira, tampouco deitado na cama. Logo, o livro se apresenta como uma ferramenta mais flexível.
Das duas, uma: ou o livro permanecerá o suporte da leitura, ou existirá alguma coisa similar ao que o livro nunca deixou de ser, mesmo antes da invenção da tipografia. As variações em torno do objeto livro não modificaram sua função, nem sua sintaxe, em mais de quinhentos anos. O livro é como a colher, o martelo, a roda ou a tesoura. Uma vez invetados, não podem ser aprimorados. Você não pode fazer uma colher melhor que uma colher. Designers tentam melhorar, por exemplo, o saca-rolhas, com sucessos bem modestos, e, por sinal a maioria nem funciona direito. Philippe Starck tentou inovar do lado dos espremedores de limão, mas o dele (para salvaguardar certa pureza estética) deixa passar os caroços.
O livro venceu seus desafios e não vemos como, para o mesmo uso, poderíamos fazer algo melhor que o próprio livro. Talvez ele evolua em seus componentes, talvez as páginas não sejam mais de papel. Mas ele permanecerá o que é.
(CARRIÈRE, Jean-Claude & ECO, Umberto. (trad. André Telles). Não contem com o fim do livro. Rio de Janeiro: Record, 2010, páginas 07-09)
4) Assinale o item que se indica corretamente a função sintática do termo grifado em "Na realidade, há muito pouca coisa a dizer sobre o assunto." (6º parágrafo)
a) sujeito;
b) objeto direto;
c) adjunto adnominal;
d) adjunto adverbial;
e) predicativo do sujeito.
Gabarito: d
Olá Tia Nastácia
Dia 28 de Novembro: Dia Nacional da Consciência Negra
Consciência é uma qualidade psíquica, um atributo do espírito. Grosso modo, poderíamos dizer que a consciência é a capacidade que cada um tem de perceber a relação entre si próprio e o ambiente em que vive. Ser consciente, portanto, não é propriamente perceber-se no mundo e, sim, 'ser no mundo'. O Dia Nacional da Consciência Negra foi sugerido pelo Movimento Negro em contradição ao 13 de maio e foi instituído pelo Projeto-Lei de número 10.639, no dia 9 de Janeiro de 2003, que também inclui no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira."
O 20 de Novembro foi indicado porque foi neste dia, no ano de 1695, que morreu Zumbi.Descendente de guerreiros angolanos, Zumbi foi o grande líder do Quilombo dos Palmares. Seu nome significa o guerreiro, a força do espírito presente. A troca da data da festividade foi significativa, pois Zumbi e Palmares são verdadeiros símbolos da luta dos negros pela liberdade. Sabemos que os negros contribuíram muito para a nossa história em todos os aspectos: políticos, sociais, econômicos, religiosos, literários, musicais, gastronômicos e tantos outros. É, portanto, não só necessária como imperiosa a valorização da cultura afro-brasileira em nossas escolas, para que o olhar sobre a nossa história não seja mirado através de lentes desfocadas.
É certo que a memória deste herói nacional envolve todos nós no sentido de se continuar lutando pela edificação de uma sociedade na qual todos tenham igualdade real de direitos e de oportunidades. E igualdade, com certeza, só conseguiremos, em sua plenitude, através da Educação, vertente única em que se podem buscar novos horizontes de socialização de bens e de cidadania. Sei que não estou dizendo nenhuma novidade, mas parece que o óbvio, exatamente por ser óbvio, fica à merce de se situar num plano secundário. De tanto que se ouve, não se ouve mais. Fica banal. Mas, mesmo assim, vou repetir: a única saída para transformar a realidade de pobreza e corrupção do homem é a Educação.
A Educação é a ancora que pode fincar a consciência humana num terreno fértil para se plantar e colher a modificação da realidade social e econômica do mundo. A Educação torna o homem conhecedor da existência das diversas culturas, das diversas formas de pensar, enfim, da diversidade do humano, e este homem, assim, preparado, passa, conscientemente, a respeitar a igualdade na diferença e a diferença na igualdade.
O que não podemos é perder o equilíbrio e a medida das coisas, transformando realidades complexas e plurais em um pensamento simplista e unilateral. Refiro-me, aqui, à polemica criada sobre a obra do escritor Monteiro Lobato. Monteiro Lobato foi um grande homem, um grande brasileiro e um dos maiores escritores - em todo o mundo - de histórias para crianças. O que não podemos deixar de ver é o contexto histórico social em que sua obra foi escrita, assim como não podemos ignorar a necessidade dos quilombos não podemos deixar de exaltar a luta armada de Zumbi, àquela época, contra o branco escravagista. Naquele Brasil colônia era assim que tinha que ser.
A memória que tenho da minha infância - e que guardo até hoje - de negros e negras está embalada pelo carinho, pela ternura e pela retidão da Tia Nastácia, amiga de Dona Benta e tratada tao respeitosamente por aquelas crianças e adultos que viviam num sítio - Pica-pau Amarelo - verdadeiro 'Paraíso Perdido'. Ainda ouço sua voz um pouco rouca, mas cheia de tons e matizes, de altos e baixos, de brandos e sussurros, contando e cantando histórias do folclore brasileiro no livro de Monteiro Lobato, "Histórias da Tia Nastácia".
Quem bom, tia Nastácia, que você existe até hoje e sempre dentro de mim! Tomara que você possa existir, também, hoje e sempre dentro do coração das crianças de todo o Brasil.
(OLIVEIRA, Marlene Salgado de. Jornal O Sao Gonçalo. 20/11/2010)
5) Com segura erudição, a ilustre educadora gonçalense, Professora Marlene Salgado de Oliveira, nos brinda com um texto repleto de informações e de notáveis conceitos de cidadania, de educação e de cultura literária brasileira. De acordo com a autora, é preciso que se cultivem e se preservem os valores abaixo, EXCETO:
a) a consciência, como capacidade que cada um tem de perceber a relação entre si próprio e o ambiente em que vive, conseguindo não propriamente perceber-se no mundo, mas sim 'ser no mundo .
b) a valorização da cultura afro-brasileira nas escolas, para que o olhar sobre a nossa história não seja mirado através de lentes desfocadas.
c) a luta pela edificação de uma sociedade na qual todos tenham igualdade real de direitos e de oportunidades.
d) a educação como âncora que pode fincar a consciência humana num terreno fértil para se plantar e colher a modificação da realidade social e econômica do mundo.
e) a manutenção do equilíbrio e da medida das coisas, transformando realidades complexas e plurais em um pensamento simplista e unilateral.
Gabarito: e
Olá Tia Nastácia
Dia 28 de Novembro: Dia Nacional da Consciência Negra
Consciência é uma qualidade psíquica, um atributo do espírito. Grosso modo, poderíamos dizer que a consciência é a capacidade que cada um tem de perceber a relação entre si próprio e o ambiente em que vive. Ser consciente, portanto, não é propriamente perceber-se no mundo e, sim, 'ser no mundo'. O Dia Nacional da Consciência Negra foi sugerido pelo Movimento Negro em contradição ao 13 de maio e foi instituído pelo Projeto-Lei de número 10.639, no dia 9 de Janeiro de 2003, que também inclui no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira."
O 20 de Novembro foi indicado porque foi neste dia, no ano de 1695, que morreu Zumbi.Descendente de guerreiros angolanos, Zumbi foi o grande líder do Quilombo dos Palmares. Seu nome significa o guerreiro, a força do espírito presente. A troca da data da festividade foi significativa, pois Zumbi e Palmares são verdadeiros símbolos da luta dos negros pela liberdade. Sabemos que os negros contribuíram muito para a nossa história em todos os aspectos: políticos, sociais, econômicos, religiosos, literários, musicais, gastronômicos e tantos outros. É, portanto, não só necessária como imperiosa a valorização da cultura afro-brasileira em nossas escolas, para que o olhar sobre a nossa história não seja mirado através de lentes desfocadas.
É certo que a memória deste herói nacional envolve todos nós no sentido de se continuar lutando pela edificação de uma sociedade na qual todos tenham igualdade real de direitos e de oportunidades. E igualdade, com certeza, só conseguiremos, em sua plenitude, através da Educação, vertente única em que se podem buscar novos horizontes de socialização de bens e de cidadania. Sei que não estou dizendo nenhuma novidade, mas parece que o óbvio, exatamente por ser óbvio, fica à merce de se situar num plano secundário. De tanto que se ouve, não se ouve mais. Fica banal. Mas, mesmo assim, vou repetir: a única saída para transformar a realidade de pobreza e corrupção do homem é a Educação.
A Educação é a ancora que pode fincar a consciência humana num terreno fértil para se plantar e colher a modificação da realidade social e econômica do mundo. A Educação torna o homem conhecedor da existência das diversas culturas, das diversas formas de pensar, enfim, da diversidade do humano, e este homem, assim, preparado, passa, conscientemente, a respeitar a igualdade na diferença e a diferença na igualdade.
O que não podemos é perder o equilíbrio e a medida das coisas, transformando realidades complexas e plurais em um pensamento simplista e unilateral. Refiro-me, aqui, à polemica criada sobre a obra do escritor Monteiro Lobato. Monteiro Lobato foi um grande homem, um grande brasileiro e um dos maiores escritores - em todo o mundo - de histórias para crianças. O que não podemos deixar de ver é o contexto histórico social em que sua obra foi escrita, assim como não podemos ignorar a necessidade dos quilombos não podemos deixar de exaltar a luta armada de Zumbi, àquela época, contra o branco escravagista. Naquele Brasil colônia era assim que tinha que ser.
A memória que tenho da minha infância - e que guardo até hoje - de negros e negras está embalada pelo carinho, pela ternura e pela retidão da Tia Nastácia, amiga de Dona Benta e tratada tao respeitosamente por aquelas crianças e adultos que viviam num sítio - Pica-pau Amarelo - verdadeiro 'Paraíso Perdido'. Ainda ouço sua voz um pouco rouca, mas cheia de tons e matizes, de altos e baixos, de brandos e sussurros, contando e cantando histórias do folclore brasileiro no livro de Monteiro Lobato, "Histórias da Tia Nastácia".
Quem bom, tia Nastácia, que você existe até hoje e sempre dentro de mim! Tomara que você possa existir, também, hoje e sempre dentro do coração das crianças de todo o Brasil.
(OLIVEIRA, Marlene Salgado de. Jornal O Sao Gonçalo. 20/11/2010)
6) A figura de Tia Nastácia, personagem do insigne escritor brasileiro Monteiro Lobato, surge no texto como uma lembrança extremamente positiva para a autora, em razão, principalmente:
a) da recente polêmica criada em torno da obra de Monteiro Lobato, um dos maiores contadores de histórias para crianças em todo o mundo.
b) de a infância da autora ter sido embalada pelo carinho, ternura e retidão da negra Tia Nastácia.
c) do tratamento respeitoso que as crianças e adultos do Sítio do Pica-pau Amarelo dispensavam a Tia Nastácia.
d) do fato de Tia Nastácia ter sido uma estudiosa do folclore brasileiro, notabilizando-se por cantar as histórias com voz rouca, mas cheia de tons e matizes, de altos e baixos, de brados e sussurros.
e) de a imagem de Tia Nastácia ainda existir fortemente no coração da autora e das crianças de todo o Brasil.
Gabarito: b
Olá Tia Nastácia
Dia 28 de Novembro: Dia Nacional da Consciência Negra
Consciência é uma qualidade psíquica, um atributo do espírito. Grosso modo, poderíamos dizer que a consciência é a capacidade que cada um tem de perceber a relação entre si próprio e o ambiente em que vive. Ser consciente, portanto, não é propriamente perceber-se no mundo e, sim, 'ser no mundo'. O Dia Nacional da Consciência Negra foi sugerido pelo Movimento Negro em contradição ao 13 de maio e foi instituído pelo Projeto-Lei de número 10.639, no dia 9 de Janeiro de 2003, que também inclui no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira."
O 20 de Novembro foi indicado porque foi neste dia, no ano de 1695, que morreu Zumbi.Descendente de guerreiros angolanos, Zumbi foi o grande líder do Quilombo dos Palmares. Seu nome significa o guerreiro, a força do espírito presente. A troca da data da festividade foi significativa, pois Zumbi e Palmares são verdadeiros símbolos da luta dos negros pela liberdade. Sabemos que os negros contribuíram muito para a nossa história em todos os aspectos: políticos, sociais, econômicos, religiosos, literários, musicais, gastronômicos e tantos outros. É, portanto, não só necessária como imperiosa a valorização da cultura afro-brasileira em nossas escolas, para que o olhar sobre a nossa história não seja mirado através de lentes desfocadas.
É certo que a memória deste herói nacional envolve todos nós no sentido de se continuar lutando pela edificação de uma sociedade na qual todos tenham igualdade real de direitos e de oportunidades. E igualdade, com certeza, só conseguiremos, em sua plenitude, através da Educação, vertente única em que se podem buscar novos horizontes de socialização de bens e de cidadania. Sei que não estou dizendo nenhuma novidade, mas parece que o óbvio, exatamente por ser óbvio, fica à merce de se situar num plano secundário. De tanto que se ouve, não se ouve mais. Fica banal. Mas, mesmo assim, vou repetir: a única saída para transformar a realidade de pobreza e corrupção do homem é a Educação.
A Educação é a ancora que pode fincar a consciência humana num terreno fértil para se plantar e colher a modificação da realidade social e econômica do mundo. A Educação torna o homem conhecedor da existência das diversas culturas, das diversas formas de pensar, enfim, da diversidade do humano, e este homem, assim, preparado, passa, conscientemente, a respeitar a igualdade na diferença e a diferença na igualdade.
O que não podemos é perder o equilíbrio e a medida das coisas, transformando realidades complexas e plurais em um pensamento simplista e unilateral. Refiro-me, aqui, à polemica criada sobre a obra do escritor Monteiro Lobato. Monteiro Lobato foi um grande homem, um grande brasileiro e um dos maiores escritores - em todo o mundo - de histórias para crianças. O que não podemos deixar de ver é o contexto histórico social em que sua obra foi escrita, assim como não podemos ignorar a necessidade dos quilombos não podemos deixar de exaltar a luta armada de Zumbi, àquela época, contra o branco escravagista. Naquele Brasil colônia era assim que tinha que ser.
A memória que tenho da minha infância - e que guardo até hoje - de negros e negras está embalada pelo carinho, pela ternura e pela retidão da Tia Nastácia, amiga de Dona Benta e tratada tao respeitosamente por aquelas crianças e adultos que viviam num sítio - Pica-pau Amarelo - verdadeiro 'Paraíso Perdido'. Ainda ouço sua voz um pouco rouca, mas cheia de tons e matizes, de altos e baixos, de brandos e sussurros, contando e cantando histórias do folclore brasileiro no livro de Monteiro Lobato, "Histórias da Tia Nastácia".
Quem bom, tia Nastácia, que você existe até hoje e sempre dentro de mim! Tomara que você possa existir, também, hoje e sempre dentro do coração das crianças de todo o Brasil.
(OLIVEIRA, Marlene Salgado de. Jornal O Sao Gonçalo. 20/11/2010)
7) A respeito da educação, a autora manifesta os pensamentos abaixo, COM EXCEÇÃO do que está expresso em:
a) única saída para transformar a realidade caracterizada pela pobreza e corrupção dos homens, transformando-os em cidadãos ricos e honestos.
b) ação que torna o homem conhecedor da existência das diversas culturas, das diversas formas de pensar, enfim, da diversidade do humano.
c) processo por meio do qual se poderá obter a igualdade real de direitos e de oportunidades em sua plenitude.
d) vertente única em que se podem buscar novos horizontes de socialização de bens e de cidadania.
e) formação que prepara o homem para, conscientemente, respeitar a iguald
Olá Tia Nastácia
Dia 28 de Novembro: Dia Nacional da Consciência Negra
Consciência é uma qualidade psíquica, um atributo do espírito. Grosso modo, poderíamos dizer que a consciência é a capacidade que cada um tem de perceber a relação entre si próprio e o ambiente em que vive. Ser consciente, portanto, não é propriamente perceber-se no mundo e, sim, 'ser no mundo'. O Dia Nacional da Consciência Negra foi sugerido pelo Movimento Negro em contradição ao 13 de maio e foi instituído pelo Projeto-Lei de número 10.639, no dia 9 de Janeiro de 2003, que também inclui no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira."
O 20 de Novembro foi indicado porque foi neste dia, no ano de 1695, que morreu Zumbi.Descendente de guerreiros angolanos, Zumbi foi o grande líder do Quilombo dos Palmares. Seu nome significa o guerreiro, a força do espírito presente. A troca da data da festividade foi significativa, pois Zumbi e Palmares são verdadeiros símbolos da luta dos negros pela liberdade. Sabemos que os negros contribuíram muito para a nossa história em todos os aspectos: políticos, sociais, econômicos, religiosos, literários, musicais, gastronômicos e tantos outros. É, portanto, não só necessária como imperiosa a valorização da cultura afro-brasileira em nossas escolas, para que o olhar sobre a nossa história não seja mirado através de lentes desfocadas.
É certo que a memória deste herói nacional envolve todos nós no sentido de se continuar lutando pela edificação de uma sociedade na qual todos tenham igualdade real de direitos e de oportunidades. E igualdade, com certeza, só conseguiremos, em sua plenitude, através da Educação, vertente única em que se podem buscar novos horizontes de socialização de bens e de cidadania. Sei que não estou dizendo nenhuma novidade, mas parece que o óbvio, exatamente por ser óbvio, fica à merce de se situar num plano secundário. De tanto que se ouve, não se ouve mais. Fica banal. Mas, mesmo assim, vou repetir: a única saída para transformar a realidade de pobreza e corrupção do homem é a Educação.
A Educação é a ancora que pode fincar a consciência humana num terreno fértil para se plantar e colher a modificação da realidade social e econômica do mundo. A Educação torna o homem conhecedor da existência das diversas culturas, das diversas formas de pensar, enfim, da diversidade do humano, e este homem, assim, preparado, passa, conscientemente, a respeitar a igualdade na diferença e a diferença na igualdade.
O que não podemos é perder o equilíbrio e a medida das coisas, transformando realidades complexas e plurais em um pensamento simplista e unilateral. Refiro-me, aqui, à polemica criada sobre a obra do escritor Monteiro Lobato. Monteiro Lobato foi um grande homem, um grande brasileiro e um dos maiores escritores - em todo o mundo - de histórias para crianças. O que não podemos deixar de ver é o contexto histórico social em que sua obra foi escrita, assim como não podemos ignorar a necessidade dos quilombos não podemos deixar de exaltar a luta armada de Zumbi, àquela época, contra o branco escravagista. Naquele Brasil colônia era assim que tinha que ser.
A memória que tenho da minha infância - e que guardo até hoje - de negros e negras está embalada pelo carinho, pela ternura e pela retidão da Tia Nastácia, amiga de Dona Benta e tratada tao respeitosamente por aquelas crianças e adultos que viviam num sítio - Pica-pau Amarelo - verdadeiro 'Paraíso Perdido'. Ainda ouço sua voz um pouco rouca, mas cheia de tons e matizes, de altos e baixos, de brandos e sussurros, contando e cantando histórias do folclore brasileiro no livro de Monteiro Lobato, "Histórias da Tia Nastácia".
Quem bom, tia Nastácia, que você existe até hoje e sempre dentro de mim! Tomara que você possa existir, também, hoje e sempre dentro do coração das crianças de todo o Brasil.
(OLIVEIRA, Marlene Salgado de. Jornal O Sao Gonçalo. 20/11/2010)
8) As vírgulas empregadas no período “E igualdade, com certeza, só conseguiremos, em sua plenitude, através da Educação, vertente única em que se podem buscar novos horizontes de socialização de bens e de cidadania” (3º parágrafo) justificam-se pelas seguintes razões:
a) as duas primeiras, para separar vocativo; a terceira e quarta, para separar termo intercalado; e a quinta, para separar aposto.
b) as quatro primeiras, para separar termos intercalados; a quinta, para separar aposto.
c) as quatro primeiras, para separar vocativo; a quinta, para separar adjunto adverbial.
d) as duas primeiras e a terceira e quarta, para separar aposto; a quinta, para separar adjunto adverbial.
e) as duas primeiras, para separar vocativo; as outras três, para separar aposto.
9) Na oração "Meu amigo anda muito distraído", o verbo destacado classifica-se como:
a) verbo transitivo direto
b) verbo transitivo indireto
c) verbo bitransitivo
d) verbo intransitivo
e) verbo de ligação
Gabarito: e 9 ao 12 Explicação pelo Professor Noslen
10) Assinale a alternativa que apresenta uma análise errada do termo em destaque:
Maria Raimunda deu ao compadre vinte filhos, mas desses vinte só conheci uns seis - os outros todos morreram meninos. O afilhado de meu pai, Sebastião, morreu de morte horrível engasgado com um peixe vivo. (Raquel de Queiroz)
a) ao compadre - objeto indireto
b) vinte filhos - objeto direto
c) uns seis - objeto direto
d) de morte horrível - objeto indireto
e) com um peixe vivo - adjunto adverbial
Gabarito: d 9 ao 12 Explicação pelo Professor Noslen
11) A única frase em que o verbo dar se complementa com objeto direto e objeto indireto ao mesmo tempo é:
a) Deu uma resposta iluminadora ao receber o convite.
b) Deu uma resposta seca, mas adequada à situação.
c) Deu com um velho conhecido no meio da multidão.
d) Deu com os burros n'água, ao fazer tão mau negócio.
e) Deu sinal verde ao diretor que propunha renegociar.
Gabarito: e 9 ao 12 Explicação pelo Professor Noslen
12) Identifique a única alternativa cuja classificação da transitividade do verbo está incorreta:
a) Ela participou de uma série. (transitivo indireto)
b) Neide apresentou-me a seus pais (bi-transitivo)
c) A costureira pagou a conta? (transitivo direto)
d) Pagou a conta à costureira? (bi-transitivo)
e) As feras rugiam em suas jaulas. (transitivo indireto)
Gabarito: e 9 ao 12 Explicação pelo Professor Noslen
13) Em "a poeira dos pés daquele que mandou enforcar!" O termo destacado indica, sintaticamente, a mesma função pelo termo grifado em:
"A citação foi retirada da obra As Bruxas de Salém, de Arthur Miller, que também foi tema de filme, lançado em 1996."
a) "que também foi tema de filme, lançado em 1996."
b) "o Direito da Literatura, que trata dos direitos do autor ou de uma obra [...]"
c) ''A Literatura surge como uma metáfora que o Direito usa para tentar articular uma boa solução [...]"
d) "decisão judicial a favor da autora que reclamava de atentado à honra."
Gabarito: c Explicação pela Professora Eliane Vieira
14) Em todas as alternativas, o termo sublinhado exerce a função de sujeito, exceto:
a) Quem sabe que será capaz a mulher de seu sobrinho?
b) Raramente, se entrevê o céu nesse aglomerado de edifícios.
c) Amanheceu um dia lindo, e por isso todos correm às piscinas.
d) Era somente uma velha, jogada num catre preto de solteiros.
e) É preciso que haja muita compreensão para com os amigos.
Gabarito: d
15) Em "Eu era enfim, senhores, uma graça de alienado", os termos da oração grifados são respectivamente, do ponto de vista sintático.
a) adjunto adnominal, vocativo, predicativo do sujeito.
b) adjunto adverbial, aposto, predicativo do sujeito.
c) adjunto adverbial, vocativo, predicativo do sujeito.
d) adjunto adverbial, vocativo, objeto direto.
e) adjunto adnomial, aposto, predicativo do sujeito.
Gabarito: c
17) Assinale a frase cujo predicado é verbo-nominal:
a) "Que segredos, amiga minha, também são gente."
b) "... eles não se vexam dos cabelos brancos."
c) "... boa vontade, curiosidade, chama-lhe o que quiseres."
d) "Fiquemos com este outro verbo."
e) "... o assunto não teria nobreza nem interesse."
18) Todos os itens abaixo apresentam o pronome relativo com função de objeto direto, exceto:
a) "Aurélia não se deixava inebriar pelo culto que lhe rendiam."
b) "Está fadigada de ontem? Perguntou a viúva com a expressão de afetada ternura que exigia o seu cargo."
c) "... com a riqueza que lhe deixou. Seu avô, sozinha no mundo, por força que havia de ser enganada."
d) "... O Lemos não estava de todo restabelecido do atordoamento que sofrera."
e) "Não o entendiam assim aquelas três criaturas, que se desviam pelo ente querido."
19) Na oração"Pássaro e lesma, o homem oscila entre o desejo de voar e o desejo de arrastar."
Gustavo Corção empregou a vírgula:
a) por tratar-se de antíteses
b) para indicar a elipse de um termo.
c) para separar vocativo.
d) para separar uma oração adjetiva de valor restritivo.
e) para separar aposto.
Gabarito: e
2 É claro que nem todos entendem a alegria desse modo. Para muitos, ela é apenas um ímpeto passageiro, uma sensação fugaz de contentamento e júbilo, algo que apenas contrasta com a dor, geralmente considerada mais permanente e profunda. Porém, para filósofos como Nietzsche e, sobretudo, Espinosa, ela é um sentimento vital, afirmativo, que se confunde com a própria potência de existir. Neste caso, ela pode ser definida como uma disposição favorável com relação à vida. Eis porque o homem alegre é sempre alegre, mesmo quando está triste (ao contrário do homem angustiado, que sempre é angustiado mesmo quando tem motivos para estar alegre).
3 Em poucas palavras, é preciso que se entenda que sem alegrias o corpo vai adoecendo e a paralisia das ações torna-se inexorável. É a ocasião certa para a angústia se instalar e afunilar nossa percepção da vida. Porque é isto exatamente a angústia: uma sensação ou sentimento de vazio, de incompletude, de insignificância, uma espécie de afunilamento, de perda de perspectiva, de indisposição com a vida. É quando o niilismo se instala no âmago do ser e a própria vida é vista como nada.
4 Espinosa usa o conceito de “conatus” para definir esta força de existir inerente a cada ser (que aumenta e diminui ao longo da existência em função dos encontros alegres ou tristes que fazemos). É por isso que Nietzsche afirma que os pessimistas e niilistas, ao julgarem a vida má e pesada, nada mais fazem do que revelar sua própria impotência e fraqueza diante dela.
(SCHöPKE, Regina. O Globo: 04/09/2010.)
1) Para sustentar seu ponto de vista, a autora recorre a todas as estratégias argumentativas a seguir, com EXCEÇÃO da seguinte:
a) apelo ao argumento de autoridade.
b) recorrência à ironia.
c) concessão a proposição divergente da tese sustentada.
d) exploração da figura do paradoxo.
e) uso da 1ª pessoa do plural como forma de aproximação com o leitor.
Gabarito: b
O livro não morrerá (fragmento)
Jean-Claude Carrière: Na última cúpula de Davos, em 2008, a propósito dos fenômenos que irão abalar a humanidade nos próximos 15 anos, um futurólogo consultado propunha deter-se apenas nos quatro principais, que lhe pareciam inexoráveis. O primeiro é um barril de petróleo a 500 dólares. O segundo diz respeito à água, fadada a tornar-se um produto comercial de troca exatamente como o petróleo. Teremos a cotação da água na Bolsa. A terceira previsão refere-se à África, que se tornará seguramente uma potência econômica nas próximas décadas, o que todos desejamos.
O quarto fenômeno, segundo esse profeta profissional, é o desaparecimento do livro.
Portanto, a questão é saber se a evaporação definitiva do livro, se ele de fato vier a desaparecer, pode ter consequências, para a humanidade, análogas às da escassez da água, por exemplo, ou de um petróleo inacessível.
Umberto Eco: O livro irá desaparecer em virtude do surgimento da Internet? Escrevi sobre o assunto na época, isto é, no momento em que a questão parecia pertinente. Agora, sempre que me pedem para eu me pronunciar, não faço senão reescrever o mesmo texto. Ninguém percebe isso, principalmente porque nada mais inédito do que foi publicado; e, depois, porque a opinião pública (ou pelo menos os jornalistas) tem sempre essa ideia fixa de que o livro vai desaparecer (ou então esses jornalistas que acham que seus leitores têm essa ideia fixa) e cada um formula incansavelmente a mesma indagação.
Na realidade, há muito pouca coisa a dizer sobre o assunto. Com a Internet, voltamos à era alfabética. Se um dia acreditamos ter entrado na civilização das imagens, eis que o computador nos reintroduz na galáxia de Gutemberg, e doravante todo mundo vê-se obrigado a ler. Para ler, é preciso um suporte. Esse suporte não pode ser apenas o computador, e seus olhos viram bolas de tênis. Tenho em casa óculos polaróides que protegem meus olhos contra os dados de uma leitura contínua na tela. A propósito, o computador depende da eletricidade e não pode ser lido numa banheira, tampouco deitado na cama. Logo, o livro se apresenta como uma ferramenta mais flexível.
Das duas, uma: ou o livro permanecerá o suporte da leitura, ou existirá alguma coisa similar ao que o livro nunca deixou de ser, mesmo antes da invenção da tipografia. As variações em torno do objeto livro não modificaram sua função, nem sua sintaxe, em mais de quinhentos anos. O livro é como a colher, o martelo, a roda ou a tesoura. Uma vez invetados, não podem ser aprimorados. Você não pode fazer uma colher melhor que uma colher. Designers tentam melhorar, por exemplo, o saca-rolhas, com sucessos bem modestos, e, por sinal a maioria nem funciona direito. Philippe Starck tentou inovar do lado dos espremedores de limão, mas o dele (para salvaguardar certa pureza estética) deixa passar os caroços.
O livro venceu seus desafios e não vemos como, para o mesmo uso, poderíamos fazer algo melhor que o próprio livro. Talvez ele evolua em seus componentes, talvez as páginas não sejam mais de papel. Mas ele permanecerá o que é.
(CARRIÈRE, Jean-Claude & ECO, Umberto. (trad. André Telles). Não contem com o fim do livro. Rio de Janeiro: Record, 2010, páginas 07-09)
2) A tese fundamental do texto em questão a seguir é a seguinte:
a) o livro será substituído por outro objeto cuja tecnologia será mais apurada;
b) o livro só será substituído se o computador cair em desuso;
c) o livro não será substituído a não ser por algum outro similar suporte de leitura;
d) o livro não será substituído não ser por um computador mais arrojado;
e) o livro será substituído por um artefato que vier salvaguardar certa pureza estética.
Gabarito: c
O livro não morrerá (fragmento)
Jean-Claude Carrière: Na última cúpula de Davos, em 2008, a propósito dos fenômenos que irão abalar a humanidade nos próximos 15 anos, um futurólogo consultado propunha deter-se apenas nos quatro principais, que lhe pareciam inexoráveis. O primeiro é um barril de petróleo a 500 dólares. O segundo diz respeito à água, fadada a tornar-se um produto comercial de troca exatamente como o petróleo. Teremos a cotação da água na Bolsa. A terceira previsão refere-se à África, que se tornará seguramente uma potência econômica nas próximas décadas, o que todos desejamos.
O quarto fenômeno, segundo esse profeta profissional, é o desaparecimento do livro.
Portanto, a questão é saber se a evaporação definitiva do livro, se ele de fato vier a desaparecer, pode ter consequências, para a humanidade, análogas às da escassez da água, por exemplo, ou de um petróleo inacessível.
Umberto Eco: O livro irá desaparecer em virtude do surgimento da Internet? Escrevi sobre o assunto na época, isto é, no momento em que a questão parecia pertinente. Agora, sempre que me pedem para eu me pronunciar, não faço senão reescrever o mesmo texto. Ninguém percebe isso, principalmente porque nada mais inédito do que foi publicado; e, depois, porque a opinião pública (ou pelo menos os jornalistas) tem sempre essa ideia fixa de que o livro vai desaparecer (ou então esses jornalistas que acham que seus leitores têm essa ideia fixa) e cada um formula incansavelmente a mesma indagação.
Na realidade, há muito pouca coisa a dizer sobre o assunto. Com a Internet, voltamos à era alfabética. Se um dia acreditamos ter entrado na civilização das imagens, eis que o computador nos reintroduz na galáxia de Gutemberg, e doravante todo mundo vê-se obrigado a ler. Para ler, é preciso um suporte. Esse suporte não pode ser apenas o computador, e seus olhos viram bolas de tênis. Tenho em casa óculos polaróides que protegem meus olhos contra os dados de uma leitura contínua na tela. A propósito, o computador depende da eletricidade e não pode ser lido numa banheira, tampouco deitado na cama. Logo, o livro se apresenta como uma ferramenta mais flexível.
Das duas, uma: ou o livro permanecerá o suporte da leitura, ou existirá alguma coisa similar ao que o livro nunca deixou de ser, mesmo antes da invenção da tipografia. As variações em torno do objeto livro não modificaram sua função, nem sua sintaxe, em mais de quinhentos anos. O livro é como a colher, o martelo, a roda ou a tesoura. Uma vez invetados, não podem ser aprimorados. Você não pode fazer uma colher melhor que uma colher. Designers tentam melhorar, por exemplo, o saca-rolhas, com sucessos bem modestos, e, por sinal a maioria nem funciona direito. Philippe Starck tentou inovar do lado dos espremedores de limão, mas o dele (para salvaguardar certa pureza estética) deixa passar os caroços.
O livro venceu seus desafios e não vemos como, para o mesmo uso, poderíamos fazer algo melhor que o próprio livro. Talvez ele evolua em seus componentes, talvez as páginas não sejam mais de papel. Mas ele permanecerá o que é.
(CARRIÈRE, Jean-Claude & ECO, Umberto. (trad. André Telles). Não contem com o fim do livro. Rio de Janeiro: Record, 2010, páginas 07-09)
3) Ao final da leitura do texto, é possível afirmar o seguinte sobre as ideias veiculadas por Umberto Eco:
a) ele toma uma posição confusa diante da questão do debate sobre a possibilidade do desaparecimento do livro;
b) ele toma uma posição clichê diante da questão do debate sobre a possibilidade do desaparecimento do livro;
c) ele toma uma posição inesperada, incomum diante da questão do debate sobre a possibilidade do desaparecimento do livro;
d) ele acaba por não tomar uma posição definitiva diante da questão do debate sobre a possibilidade do desaparecimento do livo;
e) ele se contradiz frente aos próprios argumentos.
Gabarito: c
O livro não morrerá (fragmento)
Jean-Claude Carrière: Na última cúpula de Davos, em 2008, a propósito dos fenômenos que irão abalar a humanidade nos próximos 15 anos, um futurólogo consultado propunha deter-se apenas nos quatro principais, que lhe pareciam inexoráveis. O primeiro é um barril de petróleo a 500 dólares. O segundo diz respeito à água, fadada a tornar-se um produto comercial de troca exatamente como o petróleo. Teremos a cotação da água na Bolsa. A terceira previsão refere-se à África, que se tornará seguramente uma potência econômica nas próximas décadas, o que todos desejamos.
O quarto fenômeno, segundo esse profeta profissional, é o desaparecimento do livro.
Portanto, a questão é saber se a evaporação definitiva do livro, se ele de fato vier a desaparecer, pode ter consequências, para a humanidade, análogas às da escassez da água, por exemplo, ou de um petróleo inacessível.
Umberto Eco: O livro irá desaparecer em virtude do surgimento da Internet? Escrevi sobre o assunto na época, isto é, no momento em que a questão parecia pertinente. Agora, sempre que me pedem para eu me pronunciar, não faço senão reescrever o mesmo texto. Ninguém percebe isso, principalmente porque nada mais inédito do que foi publicado; e, depois, porque a opinião pública (ou pelo menos os jornalistas) tem sempre essa ideia fixa de que o livro vai desaparecer (ou então esses jornalistas que acham que seus leitores têm essa ideia fixa) e cada um formula incansavelmente a mesma indagação.
Na realidade, há muito pouca coisa a dizer sobre o assunto. Com a Internet, voltamos à era alfabética. Se um dia acreditamos ter entrado na civilização das imagens, eis que o computador nos reintroduz na galáxia de Gutemberg, e doravante todo mundo vê-se obrigado a ler. Para ler, é preciso um suporte. Esse suporte não pode ser apenas o computador, e seus olhos viram bolas de tênis. Tenho em casa óculos polaróides que protegem meus olhos contra os dados de uma leitura contínua na tela. A propósito, o computador depende da eletricidade e não pode ser lido numa banheira, tampouco deitado na cama. Logo, o livro se apresenta como uma ferramenta mais flexível.
Das duas, uma: ou o livro permanecerá o suporte da leitura, ou existirá alguma coisa similar ao que o livro nunca deixou de ser, mesmo antes da invenção da tipografia. As variações em torno do objeto livro não modificaram sua função, nem sua sintaxe, em mais de quinhentos anos. O livro é como a colher, o martelo, a roda ou a tesoura. Uma vez invetados, não podem ser aprimorados. Você não pode fazer uma colher melhor que uma colher. Designers tentam melhorar, por exemplo, o saca-rolhas, com sucessos bem modestos, e, por sinal a maioria nem funciona direito. Philippe Starck tentou inovar do lado dos espremedores de limão, mas o dele (para salvaguardar certa pureza estética) deixa passar os caroços.
O livro venceu seus desafios e não vemos como, para o mesmo uso, poderíamos fazer algo melhor que o próprio livro. Talvez ele evolua em seus componentes, talvez as páginas não sejam mais de papel. Mas ele permanecerá o que é.
(CARRIÈRE, Jean-Claude & ECO, Umberto. (trad. André Telles). Não contem com o fim do livro. Rio de Janeiro: Record, 2010, páginas 07-09)
4) Assinale o item que se indica corretamente a função sintática do termo grifado em "Na realidade, há muito pouca coisa a dizer sobre o assunto." (6º parágrafo)
a) sujeito;
b) objeto direto;
c) adjunto adnominal;
d) adjunto adverbial;
e) predicativo do sujeito.
Gabarito: d
Olá Tia Nastácia
Dia 28 de Novembro: Dia Nacional da Consciência Negra
Consciência é uma qualidade psíquica, um atributo do espírito. Grosso modo, poderíamos dizer que a consciência é a capacidade que cada um tem de perceber a relação entre si próprio e o ambiente em que vive. Ser consciente, portanto, não é propriamente perceber-se no mundo e, sim, 'ser no mundo'. O Dia Nacional da Consciência Negra foi sugerido pelo Movimento Negro em contradição ao 13 de maio e foi instituído pelo Projeto-Lei de número 10.639, no dia 9 de Janeiro de 2003, que também inclui no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira."
O 20 de Novembro foi indicado porque foi neste dia, no ano de 1695, que morreu Zumbi.Descendente de guerreiros angolanos, Zumbi foi o grande líder do Quilombo dos Palmares. Seu nome significa o guerreiro, a força do espírito presente. A troca da data da festividade foi significativa, pois Zumbi e Palmares são verdadeiros símbolos da luta dos negros pela liberdade. Sabemos que os negros contribuíram muito para a nossa história em todos os aspectos: políticos, sociais, econômicos, religiosos, literários, musicais, gastronômicos e tantos outros. É, portanto, não só necessária como imperiosa a valorização da cultura afro-brasileira em nossas escolas, para que o olhar sobre a nossa história não seja mirado através de lentes desfocadas.
É certo que a memória deste herói nacional envolve todos nós no sentido de se continuar lutando pela edificação de uma sociedade na qual todos tenham igualdade real de direitos e de oportunidades. E igualdade, com certeza, só conseguiremos, em sua plenitude, através da Educação, vertente única em que se podem buscar novos horizontes de socialização de bens e de cidadania. Sei que não estou dizendo nenhuma novidade, mas parece que o óbvio, exatamente por ser óbvio, fica à merce de se situar num plano secundário. De tanto que se ouve, não se ouve mais. Fica banal. Mas, mesmo assim, vou repetir: a única saída para transformar a realidade de pobreza e corrupção do homem é a Educação.
A Educação é a ancora que pode fincar a consciência humana num terreno fértil para se plantar e colher a modificação da realidade social e econômica do mundo. A Educação torna o homem conhecedor da existência das diversas culturas, das diversas formas de pensar, enfim, da diversidade do humano, e este homem, assim, preparado, passa, conscientemente, a respeitar a igualdade na diferença e a diferença na igualdade.
O que não podemos é perder o equilíbrio e a medida das coisas, transformando realidades complexas e plurais em um pensamento simplista e unilateral. Refiro-me, aqui, à polemica criada sobre a obra do escritor Monteiro Lobato. Monteiro Lobato foi um grande homem, um grande brasileiro e um dos maiores escritores - em todo o mundo - de histórias para crianças. O que não podemos deixar de ver é o contexto histórico social em que sua obra foi escrita, assim como não podemos ignorar a necessidade dos quilombos não podemos deixar de exaltar a luta armada de Zumbi, àquela época, contra o branco escravagista. Naquele Brasil colônia era assim que tinha que ser.
A memória que tenho da minha infância - e que guardo até hoje - de negros e negras está embalada pelo carinho, pela ternura e pela retidão da Tia Nastácia, amiga de Dona Benta e tratada tao respeitosamente por aquelas crianças e adultos que viviam num sítio - Pica-pau Amarelo - verdadeiro 'Paraíso Perdido'. Ainda ouço sua voz um pouco rouca, mas cheia de tons e matizes, de altos e baixos, de brandos e sussurros, contando e cantando histórias do folclore brasileiro no livro de Monteiro Lobato, "Histórias da Tia Nastácia".
Quem bom, tia Nastácia, que você existe até hoje e sempre dentro de mim! Tomara que você possa existir, também, hoje e sempre dentro do coração das crianças de todo o Brasil.
(OLIVEIRA, Marlene Salgado de. Jornal O Sao Gonçalo. 20/11/2010)
5) Com segura erudição, a ilustre educadora gonçalense, Professora Marlene Salgado de Oliveira, nos brinda com um texto repleto de informações e de notáveis conceitos de cidadania, de educação e de cultura literária brasileira. De acordo com a autora, é preciso que se cultivem e se preservem os valores abaixo, EXCETO:
a) a consciência, como capacidade que cada um tem de perceber a relação entre si próprio e o ambiente em que vive, conseguindo não propriamente perceber-se no mundo, mas sim 'ser no mundo .
b) a valorização da cultura afro-brasileira nas escolas, para que o olhar sobre a nossa história não seja mirado através de lentes desfocadas.
c) a luta pela edificação de uma sociedade na qual todos tenham igualdade real de direitos e de oportunidades.
d) a educação como âncora que pode fincar a consciência humana num terreno fértil para se plantar e colher a modificação da realidade social e econômica do mundo.
e) a manutenção do equilíbrio e da medida das coisas, transformando realidades complexas e plurais em um pensamento simplista e unilateral.
Gabarito: e
Olá Tia Nastácia
Dia 28 de Novembro: Dia Nacional da Consciência Negra
Consciência é uma qualidade psíquica, um atributo do espírito. Grosso modo, poderíamos dizer que a consciência é a capacidade que cada um tem de perceber a relação entre si próprio e o ambiente em que vive. Ser consciente, portanto, não é propriamente perceber-se no mundo e, sim, 'ser no mundo'. O Dia Nacional da Consciência Negra foi sugerido pelo Movimento Negro em contradição ao 13 de maio e foi instituído pelo Projeto-Lei de número 10.639, no dia 9 de Janeiro de 2003, que também inclui no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira."
O 20 de Novembro foi indicado porque foi neste dia, no ano de 1695, que morreu Zumbi.Descendente de guerreiros angolanos, Zumbi foi o grande líder do Quilombo dos Palmares. Seu nome significa o guerreiro, a força do espírito presente. A troca da data da festividade foi significativa, pois Zumbi e Palmares são verdadeiros símbolos da luta dos negros pela liberdade. Sabemos que os negros contribuíram muito para a nossa história em todos os aspectos: políticos, sociais, econômicos, religiosos, literários, musicais, gastronômicos e tantos outros. É, portanto, não só necessária como imperiosa a valorização da cultura afro-brasileira em nossas escolas, para que o olhar sobre a nossa história não seja mirado através de lentes desfocadas.
É certo que a memória deste herói nacional envolve todos nós no sentido de se continuar lutando pela edificação de uma sociedade na qual todos tenham igualdade real de direitos e de oportunidades. E igualdade, com certeza, só conseguiremos, em sua plenitude, através da Educação, vertente única em que se podem buscar novos horizontes de socialização de bens e de cidadania. Sei que não estou dizendo nenhuma novidade, mas parece que o óbvio, exatamente por ser óbvio, fica à merce de se situar num plano secundário. De tanto que se ouve, não se ouve mais. Fica banal. Mas, mesmo assim, vou repetir: a única saída para transformar a realidade de pobreza e corrupção do homem é a Educação.
A Educação é a ancora que pode fincar a consciência humana num terreno fértil para se plantar e colher a modificação da realidade social e econômica do mundo. A Educação torna o homem conhecedor da existência das diversas culturas, das diversas formas de pensar, enfim, da diversidade do humano, e este homem, assim, preparado, passa, conscientemente, a respeitar a igualdade na diferença e a diferença na igualdade.
O que não podemos é perder o equilíbrio e a medida das coisas, transformando realidades complexas e plurais em um pensamento simplista e unilateral. Refiro-me, aqui, à polemica criada sobre a obra do escritor Monteiro Lobato. Monteiro Lobato foi um grande homem, um grande brasileiro e um dos maiores escritores - em todo o mundo - de histórias para crianças. O que não podemos deixar de ver é o contexto histórico social em que sua obra foi escrita, assim como não podemos ignorar a necessidade dos quilombos não podemos deixar de exaltar a luta armada de Zumbi, àquela época, contra o branco escravagista. Naquele Brasil colônia era assim que tinha que ser.
A memória que tenho da minha infância - e que guardo até hoje - de negros e negras está embalada pelo carinho, pela ternura e pela retidão da Tia Nastácia, amiga de Dona Benta e tratada tao respeitosamente por aquelas crianças e adultos que viviam num sítio - Pica-pau Amarelo - verdadeiro 'Paraíso Perdido'. Ainda ouço sua voz um pouco rouca, mas cheia de tons e matizes, de altos e baixos, de brandos e sussurros, contando e cantando histórias do folclore brasileiro no livro de Monteiro Lobato, "Histórias da Tia Nastácia".
Quem bom, tia Nastácia, que você existe até hoje e sempre dentro de mim! Tomara que você possa existir, também, hoje e sempre dentro do coração das crianças de todo o Brasil.
(OLIVEIRA, Marlene Salgado de. Jornal O Sao Gonçalo. 20/11/2010)
6) A figura de Tia Nastácia, personagem do insigne escritor brasileiro Monteiro Lobato, surge no texto como uma lembrança extremamente positiva para a autora, em razão, principalmente:
a) da recente polêmica criada em torno da obra de Monteiro Lobato, um dos maiores contadores de histórias para crianças em todo o mundo.
b) de a infância da autora ter sido embalada pelo carinho, ternura e retidão da negra Tia Nastácia.
c) do tratamento respeitoso que as crianças e adultos do Sítio do Pica-pau Amarelo dispensavam a Tia Nastácia.
d) do fato de Tia Nastácia ter sido uma estudiosa do folclore brasileiro, notabilizando-se por cantar as histórias com voz rouca, mas cheia de tons e matizes, de altos e baixos, de brados e sussurros.
e) de a imagem de Tia Nastácia ainda existir fortemente no coração da autora e das crianças de todo o Brasil.
Gabarito: b
Olá Tia Nastácia
Dia 28 de Novembro: Dia Nacional da Consciência Negra
Consciência é uma qualidade psíquica, um atributo do espírito. Grosso modo, poderíamos dizer que a consciência é a capacidade que cada um tem de perceber a relação entre si próprio e o ambiente em que vive. Ser consciente, portanto, não é propriamente perceber-se no mundo e, sim, 'ser no mundo'. O Dia Nacional da Consciência Negra foi sugerido pelo Movimento Negro em contradição ao 13 de maio e foi instituído pelo Projeto-Lei de número 10.639, no dia 9 de Janeiro de 2003, que também inclui no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira."
O 20 de Novembro foi indicado porque foi neste dia, no ano de 1695, que morreu Zumbi.Descendente de guerreiros angolanos, Zumbi foi o grande líder do Quilombo dos Palmares. Seu nome significa o guerreiro, a força do espírito presente. A troca da data da festividade foi significativa, pois Zumbi e Palmares são verdadeiros símbolos da luta dos negros pela liberdade. Sabemos que os negros contribuíram muito para a nossa história em todos os aspectos: políticos, sociais, econômicos, religiosos, literários, musicais, gastronômicos e tantos outros. É, portanto, não só necessária como imperiosa a valorização da cultura afro-brasileira em nossas escolas, para que o olhar sobre a nossa história não seja mirado através de lentes desfocadas.
É certo que a memória deste herói nacional envolve todos nós no sentido de se continuar lutando pela edificação de uma sociedade na qual todos tenham igualdade real de direitos e de oportunidades. E igualdade, com certeza, só conseguiremos, em sua plenitude, através da Educação, vertente única em que se podem buscar novos horizontes de socialização de bens e de cidadania. Sei que não estou dizendo nenhuma novidade, mas parece que o óbvio, exatamente por ser óbvio, fica à merce de se situar num plano secundário. De tanto que se ouve, não se ouve mais. Fica banal. Mas, mesmo assim, vou repetir: a única saída para transformar a realidade de pobreza e corrupção do homem é a Educação.
A Educação é a ancora que pode fincar a consciência humana num terreno fértil para se plantar e colher a modificação da realidade social e econômica do mundo. A Educação torna o homem conhecedor da existência das diversas culturas, das diversas formas de pensar, enfim, da diversidade do humano, e este homem, assim, preparado, passa, conscientemente, a respeitar a igualdade na diferença e a diferença na igualdade.
O que não podemos é perder o equilíbrio e a medida das coisas, transformando realidades complexas e plurais em um pensamento simplista e unilateral. Refiro-me, aqui, à polemica criada sobre a obra do escritor Monteiro Lobato. Monteiro Lobato foi um grande homem, um grande brasileiro e um dos maiores escritores - em todo o mundo - de histórias para crianças. O que não podemos deixar de ver é o contexto histórico social em que sua obra foi escrita, assim como não podemos ignorar a necessidade dos quilombos não podemos deixar de exaltar a luta armada de Zumbi, àquela época, contra o branco escravagista. Naquele Brasil colônia era assim que tinha que ser.
A memória que tenho da minha infância - e que guardo até hoje - de negros e negras está embalada pelo carinho, pela ternura e pela retidão da Tia Nastácia, amiga de Dona Benta e tratada tao respeitosamente por aquelas crianças e adultos que viviam num sítio - Pica-pau Amarelo - verdadeiro 'Paraíso Perdido'. Ainda ouço sua voz um pouco rouca, mas cheia de tons e matizes, de altos e baixos, de brandos e sussurros, contando e cantando histórias do folclore brasileiro no livro de Monteiro Lobato, "Histórias da Tia Nastácia".
Quem bom, tia Nastácia, que você existe até hoje e sempre dentro de mim! Tomara que você possa existir, também, hoje e sempre dentro do coração das crianças de todo o Brasil.
(OLIVEIRA, Marlene Salgado de. Jornal O Sao Gonçalo. 20/11/2010)
7) A respeito da educação, a autora manifesta os pensamentos abaixo, COM EXCEÇÃO do que está expresso em:
a) única saída para transformar a realidade caracterizada pela pobreza e corrupção dos homens, transformando-os em cidadãos ricos e honestos.
b) ação que torna o homem conhecedor da existência das diversas culturas, das diversas formas de pensar, enfim, da diversidade do humano.
c) processo por meio do qual se poderá obter a igualdade real de direitos e de oportunidades em sua plenitude.
d) vertente única em que se podem buscar novos horizontes de socialização de bens e de cidadania.
e) formação que prepara o homem para, conscientemente, respeitar a iguald
Gabarito: a
Olá Tia Nastácia
Dia 28 de Novembro: Dia Nacional da Consciência Negra
Consciência é uma qualidade psíquica, um atributo do espírito. Grosso modo, poderíamos dizer que a consciência é a capacidade que cada um tem de perceber a relação entre si próprio e o ambiente em que vive. Ser consciente, portanto, não é propriamente perceber-se no mundo e, sim, 'ser no mundo'. O Dia Nacional da Consciência Negra foi sugerido pelo Movimento Negro em contradição ao 13 de maio e foi instituído pelo Projeto-Lei de número 10.639, no dia 9 de Janeiro de 2003, que também inclui no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira."
O 20 de Novembro foi indicado porque foi neste dia, no ano de 1695, que morreu Zumbi.Descendente de guerreiros angolanos, Zumbi foi o grande líder do Quilombo dos Palmares. Seu nome significa o guerreiro, a força do espírito presente. A troca da data da festividade foi significativa, pois Zumbi e Palmares são verdadeiros símbolos da luta dos negros pela liberdade. Sabemos que os negros contribuíram muito para a nossa história em todos os aspectos: políticos, sociais, econômicos, religiosos, literários, musicais, gastronômicos e tantos outros. É, portanto, não só necessária como imperiosa a valorização da cultura afro-brasileira em nossas escolas, para que o olhar sobre a nossa história não seja mirado através de lentes desfocadas.
É certo que a memória deste herói nacional envolve todos nós no sentido de se continuar lutando pela edificação de uma sociedade na qual todos tenham igualdade real de direitos e de oportunidades. E igualdade, com certeza, só conseguiremos, em sua plenitude, através da Educação, vertente única em que se podem buscar novos horizontes de socialização de bens e de cidadania. Sei que não estou dizendo nenhuma novidade, mas parece que o óbvio, exatamente por ser óbvio, fica à merce de se situar num plano secundário. De tanto que se ouve, não se ouve mais. Fica banal. Mas, mesmo assim, vou repetir: a única saída para transformar a realidade de pobreza e corrupção do homem é a Educação.
A Educação é a ancora que pode fincar a consciência humana num terreno fértil para se plantar e colher a modificação da realidade social e econômica do mundo. A Educação torna o homem conhecedor da existência das diversas culturas, das diversas formas de pensar, enfim, da diversidade do humano, e este homem, assim, preparado, passa, conscientemente, a respeitar a igualdade na diferença e a diferença na igualdade.
O que não podemos é perder o equilíbrio e a medida das coisas, transformando realidades complexas e plurais em um pensamento simplista e unilateral. Refiro-me, aqui, à polemica criada sobre a obra do escritor Monteiro Lobato. Monteiro Lobato foi um grande homem, um grande brasileiro e um dos maiores escritores - em todo o mundo - de histórias para crianças. O que não podemos deixar de ver é o contexto histórico social em que sua obra foi escrita, assim como não podemos ignorar a necessidade dos quilombos não podemos deixar de exaltar a luta armada de Zumbi, àquela época, contra o branco escravagista. Naquele Brasil colônia era assim que tinha que ser.
A memória que tenho da minha infância - e que guardo até hoje - de negros e negras está embalada pelo carinho, pela ternura e pela retidão da Tia Nastácia, amiga de Dona Benta e tratada tao respeitosamente por aquelas crianças e adultos que viviam num sítio - Pica-pau Amarelo - verdadeiro 'Paraíso Perdido'. Ainda ouço sua voz um pouco rouca, mas cheia de tons e matizes, de altos e baixos, de brandos e sussurros, contando e cantando histórias do folclore brasileiro no livro de Monteiro Lobato, "Histórias da Tia Nastácia".
Quem bom, tia Nastácia, que você existe até hoje e sempre dentro de mim! Tomara que você possa existir, também, hoje e sempre dentro do coração das crianças de todo o Brasil.
(OLIVEIRA, Marlene Salgado de. Jornal O Sao Gonçalo. 20/11/2010)
8) As vírgulas empregadas no período “E igualdade, com certeza, só conseguiremos, em sua plenitude, através da Educação, vertente única em que se podem buscar novos horizontes de socialização de bens e de cidadania” (3º parágrafo) justificam-se pelas seguintes razões:
a) as duas primeiras, para separar vocativo; a terceira e quarta, para separar termo intercalado; e a quinta, para separar aposto.
b) as quatro primeiras, para separar termos intercalados; a quinta, para separar aposto.
c) as quatro primeiras, para separar vocativo; a quinta, para separar adjunto adverbial.
d) as duas primeiras e a terceira e quarta, para separar aposto; a quinta, para separar adjunto adverbial.
e) as duas primeiras, para separar vocativo; as outras três, para separar aposto.
Gabarito: b
a) verbo transitivo direto
b) verbo transitivo indireto
c) verbo bitransitivo
d) verbo intransitivo
e) verbo de ligação
Gabarito: e 9 ao 12 Explicação pelo Professor Noslen
10) Assinale a alternativa que apresenta uma análise errada do termo em destaque:
Maria Raimunda deu ao compadre vinte filhos, mas desses vinte só conheci uns seis - os outros todos morreram meninos. O afilhado de meu pai, Sebastião, morreu de morte horrível engasgado com um peixe vivo. (Raquel de Queiroz)
a) ao compadre - objeto indireto
b) vinte filhos - objeto direto
c) uns seis - objeto direto
d) de morte horrível - objeto indireto
e) com um peixe vivo - adjunto adverbial
Gabarito: d 9 ao 12 Explicação pelo Professor Noslen
a) Deu uma resposta iluminadora ao receber o convite.
b) Deu uma resposta seca, mas adequada à situação.
c) Deu com um velho conhecido no meio da multidão.
d) Deu com os burros n'água, ao fazer tão mau negócio.
e) Deu sinal verde ao diretor que propunha renegociar.
Gabarito: e 9 ao 12 Explicação pelo Professor Noslen
12) Identifique a única alternativa cuja classificação da transitividade do verbo está incorreta:
a) Ela participou de uma série. (transitivo indireto)
b) Neide apresentou-me a seus pais (bi-transitivo)
c) A costureira pagou a conta? (transitivo direto)
d) Pagou a conta à costureira? (bi-transitivo)
e) As feras rugiam em suas jaulas. (transitivo indireto)
Gabarito: e 9 ao 12 Explicação pelo Professor Noslen
13) Em "a poeira dos pés daquele que mandou enforcar!" O termo destacado indica, sintaticamente, a mesma função pelo termo grifado em:
"A citação foi retirada da obra As Bruxas de Salém, de Arthur Miller, que também foi tema de filme, lançado em 1996."
a) "que também foi tema de filme, lançado em 1996."
b) "o Direito da Literatura, que trata dos direitos do autor ou de uma obra [...]"
c) ''A Literatura surge como uma metáfora que o Direito usa para tentar articular uma boa solução [...]"
d) "decisão judicial a favor da autora que reclamava de atentado à honra."
Gabarito: c Explicação pela Professora Eliane Vieira
14) Em todas as alternativas, o termo sublinhado exerce a função de sujeito, exceto:
a) Quem sabe que será capaz a mulher de seu sobrinho?
b) Raramente, se entrevê o céu nesse aglomerado de edifícios.
c) Amanheceu um dia lindo, e por isso todos correm às piscinas.
d) Era somente uma velha, jogada num catre preto de solteiros.
e) É preciso que haja muita compreensão para com os amigos.
Gabarito: d
15) Em "Eu era enfim, senhores, uma graça de alienado", os termos da oração grifados são respectivamente, do ponto de vista sintático.
a) adjunto adnominal, vocativo, predicativo do sujeito.
b) adjunto adverbial, aposto, predicativo do sujeito.
c) adjunto adverbial, vocativo, predicativo do sujeito.
d) adjunto adverbial, vocativo, objeto direto.
e) adjunto adnomial, aposto, predicativo do sujeito.
Gabarito: c
16) "O homem está imerso num mundo ao qual percebe..." A palavra sublinhada é:
a) objeto direto preposicionado
b) objeto indireto
c) adjunto adverbial
d) agente da passiva
e) adjunto adnominal
Gabarito: a
a) "Que segredos, amiga minha, também são gente."
b) "... eles não se vexam dos cabelos brancos."
c) "... boa vontade, curiosidade, chama-lhe o que quiseres."
d) "Fiquemos com este outro verbo."
e) "... o assunto não teria nobreza nem interesse."
Gabarito: c
18) Todos os itens abaixo apresentam o pronome relativo com função de objeto direto, exceto:
a) "Aurélia não se deixava inebriar pelo culto que lhe rendiam."
b) "Está fadigada de ontem? Perguntou a viúva com a expressão de afetada ternura que exigia o seu cargo."
c) "... com a riqueza que lhe deixou. Seu avô, sozinha no mundo, por força que havia de ser enganada."
d) "... O Lemos não estava de todo restabelecido do atordoamento que sofrera."
e) "Não o entendiam assim aquelas três criaturas, que se desviam pelo ente querido."
Gabarito: e
19) Na oração"Pássaro e lesma, o homem oscila entre o desejo de voar e o desejo de arrastar."
Gustavo Corção empregou a vírgula:
a) por tratar-se de antíteses
b) para indicar a elipse de um termo.
c) para separar vocativo.
d) para separar uma oração adjetiva de valor restritivo.
e) para separar aposto.
Gabarito: e
https://www.youtube.com/watch?v=HqckMobph0o
Fontes: Prefeitura de São Gonçalo - 2012 - Coseac UFF | Prefeitura de Teresópolis - 2011 - BioRio | Prefeitura de São Gonçalo - 2011 - Coseac UFF | Professor Noslen | Aulas de Português - Prof ª Eliane Vieira. | Nirvana Atômico
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